domingo, 27 de julho de 2025

Linguagem como forma de construção e expressão de identidade no mundo atual

 Vamos começar essa conversa lembrando que a linguagem manifesta-se em todas as atividades humanas e, que a língua (uso da linguagem) é fruto de um processo de construção histórica e social. Ela é um sistema social, um código (letras, sons, sinais) desenvolvido e utilizado para a transmissão de pensamentos, sentimentos, ideias, o que possibilita as interações entre os indivíduos. O caráter social da língua é facilmente percebido quando levamos em conta que ela existe antes mesmo de nós nascermos. Cada um de nós já encontra a língua formada e em funcionamento, pronta para ser usada. (Betania, 2010)

O ser humano, como sabemos, é um ser cultural e social. Ao nascer, ele já nasce numa cultura instituída, num contexto sócio-histórico, numa sociedade, na qual se fala uma determinada língua. Desta forma, a língua permite que o indivíduo seja inserido na sociedade e na cultura, seja aceito pelo seu grupo social e desempenhe seu papel sócio-histórico, permitindo que ele se constitua como sujeito, inserindo-o nos seus diversos papeis sociais.

Existem vários tipos de linguagem, seja ela falada, escrita, através do desenho, de sinais, de imagens, sons, de vídeo, etc...

 Segundo Geraldi (2011), a linguagem é um dentre os inúmeros mecanismos que nos tornam o que somos. Ela é um elemento essencial para a construção de nossas identidades, pois nascemos e habitamos um mundo regido pela linguagem, sendo esta adquirida e internalizada na relação entre os indivíduos, nas interações sociais.

 Vemos, então, que a identidade do sujeito é construída por meio da língua, da linguagem e da cultura; assim, língua, linguagem, cultura e identidade são conceitos intrinsicamente ligados.

Segundo Geraldi (2011), falar “é construir uma representação do mundo para si e para os outros”, sendo a linguagem constitutiva dos sujeitos que a falam. Desta forma, a linguagem nos torna o que somos.

 Da mesma forma que Hall (2006) nos fala que a identidade está em constante formação e transformação, portanto, a fixação da identidade não é uma possibilidade. Consideramos então, que a identidade do indivíduo é o resultado de um processo histórico-social, dinâmico, mutável, em contínua construção e transformação ao  longo da vida,

Estamos vivendo em um mundo no qual os rápidos avanços tecnológicos propiciam às pessoas facilidades de comunicação, principalmente devido ao uso da internet, o que  permite às mesmas deslocarem-se rapidamente, interagindo com varias pessoas ao mesmo tempo, em espaços distintos. Isto reflete nas questões da identidade, da diferença e alteridade, do “outro”, da diversidade cultural, da “construção/desconstrução” da identidade dos indivíduos. 

Canclini (2005) nos fala do fenômeno da globalização e da ambivalência do mundo no atual panorama cultural mundial, de um lado com tendências de integração e, de outro lado, com a evidência da fragmentação. Apesar dos riscos de homogeneização, a globalização também oferece oportunidades para o surgimento de novas formas híbridas de identidade, demonstrando a resiliência e adaptabilidade das culturas diante das mudanças globais.  

Após um breve passeio em enunciados de alguns estudiosos, podemos entender que a linguagem se compõe e se expressa através de vários fatores na construção e reconstrução constantes de identidade, como a cultura e as interações sociais, principalmente. 

Que fatores você levaria em conta como mais relevante, principalmente, na construção de sua identidade atual? 

Fonte: https://ojs.focopublicacoes.com.br>article>download 

quarta-feira, 16 de julho de 2025

Comunicação assertiva: o que é? Como ter uma comunicação assertiva?

 

O que é comunicação assertiva?

Comunicação assertiva é a habilidade de se expressar com clareza, firmeza e respeito, sem agressividade e sem omissão. É encontrar o equilíbrio entre falar o que pensa e considerar o ponto de vista do outro.

No trabalho, na escola, na nossa vida diária essa habilidade é fundamental para manter relações saudáveis, evitar mal-entendidos e alinhar expectativas com colegas, alunos, amigos e familiares. 




o que faz a comunicação ser assertiva?

  • Clareza na mensagem: ir direto ao ponto, sem enrolar e sem deixar dúvidas.
  • Respeito nas palavras e no tom: firmeza não precisa ser sinônimo de dureza.
  • Escuta ativa: saber ouvir é uma parte importante da conversa.
  • Consistência entre o que se diz e como se diz: tom de voz, postura e expressão contam muito.

Quando esses elementos se combinam – clareza, respeito, escuta e coerência – a comunicação deixa de ser apenas troca de informações e passa a ser uma ferramenta de alinhamento, confiança e conexão.

É por isso que a comunicação assertiva tem ganhado tanto destaque em todos os ambientes por onde passamos nos últimos anos. Hoje, tudo muda rápido e as relações acontecem em vários canais, o que torna essa habilidade uma necessidade.


Qual a importância da comunicação assertiva?

A comunicação assertiva vai além de falar bem. Ela impacta diretamente nos resultados de uma equipe, na qualidade das entregas e até na saúde emocional das pessoas.

Saber se comunicar de forma clara e respeitosa influencia o clima de trabalho, estudo e convivência entre amigos e familiares. 


Como ter uma comunicação assertiva?

Ter uma comunicação assertiva não é algo que acontece da noite para o dia, mas é totalmente possível de desenvolver com prática e intenção.

A seguir, veja cinco atitudes que ajudam a colocar a comunicação assertiva em prática, de forma real e aplicável no dia a dia.

1 – Pratique a clareza ao se expressar

Ser claro ao se comunicar não é apenas evitar palavras difíceis ou frases longas. É garantir que a outra pessoa realmente entendeu a mensagem. Muitas vezes, acreditamos que fomos objetivos, mas deixamos espaço para interpretações.

Uma boa prática é confirmar se o que foi dito está claro para o outro: “Ficou claro pra você?” ou “Quer que eu explique de outro jeito?” ou ¨o que você entendeu do que eu disse agora¨? 

Vale a pena revisar rapidamente o que foi falado antes de encerrar a conversa. A clareza reduz retrabalho, melhora a produtividade e fortalece a confiança entre as pessoas envolvidas.

2 – Use um tom firme, mas respeitoso

Firmeza não tem a ver com falar alto ou impor ideias, mas sim transmitir segurança e responsabilidade sobre o que está sendo dito.

Uma pessoa assertiva não ataca nem se omite: ela se posiciona com respeito. Um caminho eficiente é usar a linguagem do impacto. Por exemplo, em vez de “você errou”, prefira “quando isso acontece, tenho que reorganizar tudo e isso afeta meus relacionamentos”.

Dessa forma, a conversa continua produtiva e o outro não se sente culpado ou atacado. Firmeza respeitosa gera abertura para o diálogo.

3 – Desenvolva a escuta ativa

Ouvir de verdade é uma das habilidades mais poderosas, mas também uma das mais negligenciadas.

Escuta ativa vai além de ficar em silêncio enquanto o outro fala. Envolve ter atenção plenapresença e interesse real. Significa ouvir sem interromper, sem preparar a resposta enquanto o outro ainda está falando.

Um bom hábito é fazer perguntas que aprofundem o entendimento, como “o que você quis dizer com isso?” ou “esse é o ponto mais importante pra você?”.

Quando alguém percebe que está sendo ouvido com atenção, a tendência é que se comunique de forma mais clara também.

4 – Aprenda a dizer “não” com empatia

Dizer “não” com empatia é um dos maiores desafios da comunicação assertiva, mas  também é um dos mais transformadores. Isso porque dizer “não” não significa ser indelicado ou egoísta. Significa saber reconhecer os próprios limites.

Em vez de recusar algo de forma seca ou justificar demais, procure ser direto e cuidadoso ao mesmo tempo: “Gostaria de ajudar, mas neste momento não consigo assumir essa demanda. Podemos encontrar outra solução juntos?”.

Ser honesto com suas capacidades e disponibilidade evita acúmulo de tarefas, frustração e desgaste nas relações.

5 – Alinhe discurso e linguagem corporal

A comunicação vai muito além das palavras. Seu tom de voz, postura, expressões faciais e até o ritmo da sua fala transmitem mensagens que podem reforçar ou contradizer  o que está sendo dito.

Quando o corpo não acompanha o discurso, a mensagem perde credibilidade. Isso também vale no ambiente digital: em reuniões online, manter o olhar atentoevitar interrupções e usar pausas estratégicas ajuda a transmitir segurança e respeito.

Coerência entre fala e comportamento é fundamental.


Outro ponto a ser observado é a falta de informação em um diálogo. Algumas vezes podemos ter uma ideia formada e não transmitir a outra pessoa de forma completa. Pensamos num todo, mas na hora de falar comunicamos apenas uma parte (tendo a ideia - errônea- de que ele vai nos entender a intenção total). Isso acaba por impossibilitar a outra pessoa de entender o contexto. Devemos então, formar nosso pensamento de maneira a que o outro nos comprenda. Precisamos saber que ele não tem a mesma linha de raciocinio, e as mesmas experiencias de vida nossas. Somos todos pessoas distintas, temos personalidades e histórias diferentes, o que é natural.  


A falta de atenção ou interesse da outra pessoa no momento do diálogo também são fatores importantes. Este aspecto mostra o quanto a empatia deve ser levada em conta. Conhecer a outra pessoa envolvida, ao menos de forma relativa, é um fator que vai colaborar para que ela seja facilitada e assertiva. E, quando a empatia é lembrada e as diferenças individuais existentes, não pode ser deixado de lado o respeito mútuo. Por isso o desenvolvimento do conhecimento de si próprio, do outro devem ser sempre cultivados, para uma comunicação efetiva.   


Google nos lembra de que para uma comunicação seja clara deve ser desenvolvida a ¨ habilidade de expressar pensamentos, sentimentos e necessidades de forma direta, honesta e respeitosa, buscando evitar mal-entendidos e conflitos, ao mesmo tempo em que se mantém a consideração pelos outros¨. 



Após esse breve texto, convido vocês leitores a trazer quais as dificuldades de comunicação que são mais frequentes no seu cotidiano, seja na vida pessoal e/ou profissional. Com que atitudes vocês costumam lidar com elas ? Juntos podemos achar uma saída. 


Fonte: https://blogposdigital.mackenzie.br/carreira-e-mercado/comunicacao-assertiva/

         

quarta-feira, 9 de julho de 2025

De volta as postagens sobre a importância da linguagem nas nossas vidas...

 O objetivo da nova fase desse espaço é construir um espaço de discussão e troca de ideias sobre a importância da linguagem e da comunicação em nossas vidas. Com a colaboração, num trabalho conjunto, convido a quem quiser participar dessa jornada. 

             Aceito sugestões sobre temas e focos onde possamos desenvolver essa escrita.
             O Google nos indica um caminho. Podemos começar por aqui. A partir dessa sugestão dele podemos começar nossa conversa. O que vcs acham? Me pareceu interessante... São pontos importantes para usar nosso foco com o objetivo de melhorar nossa comunicação com as pessoas mais próximas, seja na familia ou entre amigos. 




A linguagem, em suas diversas formas, é um facilitador crucial nos relacionamentos interpessoais, permitindo a comunicação, a expressão de sentimentos e a construção de conexões significativas. Ela atua como mediadora entre as pessoas, possibilitando a troca de informações, ideias e emoções, fortalecendo os laços e promovendo a compreensão mútua. 
Como a linguagem facilita os relacionamentos:
  • Comunicação:
    A linguagem verbal e não verbal permite que as pessoas expressem suas necessidades, desejos e sentimentos, além de ouvir e compreender as necessidades e sentimentos do outro. 
  • Construção de confiança:
    A comunicação aberta e honesta, baseada na linguagem adequada, contribui para a construção de confiança e segurança nos relacionamentos. 
  • Resolução de conflitos:
    A linguagem pode ser usada para expressar descontentamentos, negociar soluções e encontrar pontos em comum, auxiliando na resolução de conflitos de forma construtiva. 
  • Expressão de afeto e apoio:
    A linguagem, seja por meio de palavras, gestos ou atos de serviço, permite expressar amor, carinho e apoio, fortalecendo os vínculos emocionais. 
  • Criação de intimidade:
    A linguagem compartilhada, seja através de conversas profundas, experiências compartilhadas ou expressões de carinho, contribui para a criação de um senso de intimidade e conexão mais profunda. 

Vamos começar? 

quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

Boas férias gente!


vamos descansar agora, alunos e professores!

Recarregar as baterias para voltar depois com força total!


Resultado de imagem para ferias escolares

quarta-feira, 2 de agosto de 2017

Volta às Aulas: 6 Dicas para Organizar a Sala de Aula

Em meio a loucura da volta as aulas, é fácil ficar sobrecarregada  com o planejamento, preparação das aulas logo no início do ano. Pois é, e você acaba de voltar das férias já precisando de novas….férias !
Ok, a esta altura você já deve ter participado da Semana Pedagógica, elaborado seu Plano de Ensino, iniciado seu Semanário ou Plano de Aulas, separado os livros didáticos e achar que já está pronta para a nova  turma que está chegando.

Volta às AulasQuer você seja um  professor experiente ou um novato, a volta às aulas sempre requer uma preparação extra,  então as dicas abaixo podem ajudá-la a organizar e planejar melhor o seu tempo.

Dica 1: Obtenha novas idéias  com  seus colegas de trabalho
Como primeira sugestão do que fazer, sugiro que você visite as salas de  aula de outros professores. Apenas trocar idéias na sala dos professores não é o suficiente. Podemos aprender com os nossos pares, observando o modo como organizam, planejam e  decoram suas salas de aula .
Ao visitar as salas dos colegas, não deixe de olhar e escutar. Aqui vai uma dica preciosa: permita que  o professor que você está visitando  forneça detalhes e conduza toda a conversa. A regra de ouro aqui  é: falar de menos e escutar mais. Desta conversa, ou dessa “ escuta” podemos obter uma idéia nova ou diferente, que pode acabar economizando tempo e energia nesta volta às aulas. Mesmo um novo professor pode ter uma forma diferente de fazer as coisas, que você pode achar útil.

Dica 2: Traçar um novo  layout  da Sala de Aula
Desenhe um mapa da sua sala de aula. Pense em como o layout pode ajudar a simplificar a sua rotina diária.  Faça as seguintes perguntas: Será que o  horário de aulas da turma, os Cartazes, o Quadro de Aviso, o Quadro de Aniversariantes do mês, Ajudante do Dia, o Relógio na parede, a Tabela Periódica, estão nos locais adequados?  Na volta às aulas será que é possível deixar esse ambiente mais acolhedor e organizado ?
Pense em como as carteiras dos seus alunos estão dispostas. Você prefere ter as carteiras  de frente para você ou  gostaria de ter as mesmas organizadas  em pequenos grupos, para que os alunos possam  trabalhar  melhor coletivamente ?

Dica 3: Faça os Pais trabalharem
Na volta às aulas há tarefas que podem facilmente serem delegadas aos Pais! Isso mesmo, pais felizes são pais ocupados. Por isso ocupe-os com trabalho voluntário . As cortinas da sua sala de aula precisa de reparos? O Quadro negro precisa de uma tinta nova? O armário para a guarda de material dos alunos precisa ser reforçado ? ou trocado? Você gostaria de um novo mural de madeira na sala de aula para  expor os trabalhos dos alunos? Nos Projetos que você pensa desenvolver para este ano vai precisar que as fantasias dos alunos sejam confeccionadas por uma costureira?
Então convoque a ajuda deles. Logo na volta às aulas faça um levantamento sobre o talento e/ou habilidade com  que cada Pai/Mãe poderá contribuir durante  o ano letivo e envolva-os nas tarefas, desta forma você os terá sempre ao seu lado como uma força colaboradora.

Dica 4: Compartilhando responsabilidades com os Alunos
Cuidar do ambiente, dos materiais e da organização do espaço escolar não é apenas tarefa do Professor. Na volta às aulas deixe isso claro delegando e compartilhando algumas tarefas com os alunos tais como: lixo no chão, lixo embaixo da carteira, arrumação das carteiras, organização dos materiais nos seus devidos lugares, etc.
Para isso basta você enumerar as tarefas  que ficarão afixadas como um “ Check List”, onde todos possam ver e serem lembrados. Assim logo ao entrar na sala repassar as tarefas do Check List, antes de sair para o Intervalo (Recreio) o que precisa ser feito  ou deixado em ordem ? E antes de ir embora, quais são as tarefas que precisam ser executadas antes de dar o sinal ? Arrumar as carteiras? Verificar se não há lixo no chão? Devolver livros para a Biblioteca?
Nas primeiras semanas da volta às aulas os alunos já conseguirão incorporar essas tarefas no dia a dia e as mesmas tornar-se-ão bons hábitos praticados ao longo do ano.
Como se diz no popular “ é de pequeno que se torce o pepino”, e é na volta ás aulas que as ações de organização escolar  devem ser implementadas no dia a dia dos alunos.

Dica 5: Prepare-se para Emergências
Você já sabe, ano novo, mas as situações….são velhas, ou seja, esteja preparada para as emergências. Na volta as aulas veja se a escola tem kit de primeiros socorros , tenha em mãos as informações de saúde, que sejam relevantes, dos seus alunos. Há algum aluno diabético na sua turma ? Há aluno com alguma condição de saúde que requer algum preparo e/ou atenção extra?  Há algum aluno que convulsiona? Você sabe o que fazer nesta situação? Você vai precisar aplicar insulina em algum aluno neste ano?

Dica 6: Planos de Aula Extra
Imprevistos acontecem com todo mundo, inclusive com você. Então vai acontecer de um dia qualquer você ter de faltar e então como ficam seus alunos? E suas aulas? Então pense em facilitar a vida do Professor que for substituir você .
Na volta às aulas, prepare Lições, Atividades, Aulas Extras e deixe em uma pasta com a Coordenadora ou no seu escaninho na Sala dos Professores. Isso facilita muito a vida de todos e não custa nada pensar cinco passos adiante.
Imprevisto não dá para prever….. (alguns até dá), agora o que dá para prevenir mesmo é deixar preparado algumas aulas extras.  Lembre-se de detalhar as suas aulas no seu Plano de Aulas e deixar anotações que sejam suficientemente claras e organizadas para que qualquer Professor possa compreender e executar o que foi planejado para aquele dia.
A volta às aulas não precisa ser extenuante, basta organizar esse momento para que todo o ano letivo transcorra de forma menos estressante e cansativo. Desejo que a sua volta às aulas seja magnífica e que seus alunos aprendam muito, e que os Pais dos seus alunos sejam de fato Pais participativos e apoiadores do seu trabalho.

Fonte: http://www.sosprofessor.com.br/blog/volta-as-aulas-6-dicas-para-organizar-sala-de-aula/

Volta às aulas – Integração dos Alunos


volta as aulas

ano letivo já começou nas escolas particulares e está para iniciar nas escolas públicas. O fato é que o mês de Fevereiro é focado em dois grandes objetivos: Integração dos Alunos e Avaliação Diagnóstica. Neste artigo vamos nos ater ao primeiro objetivo: Integração dos Alunos.
As crianças e jovens, ficam muito apreensivos no retorno das aulas, pois há um sem número de situações que terão que enfrentar, é um misto de expectativas boas e ao mesmo tempo um medo do desconhecido, afinal são novos Professores, novos amigos, nova escola, como serão recebidos? Será que vão gostar ? Inquietações estas que o Professor deve estar atento na volta às aulas.
Por isso, nem pense em já ir entrando na sala de aula enchendo o quadro negro de tarefas, pedindo trabalhos, marcando provas, cobrando isso, cobrando aquilo, enfim, você já será vista como a “ chata da hora” .
Lembre-se, as crianças e jovens, precisam inicialmente de um certo espaço para se expressarem, interagirem, conhecerem o “ novo território”, conhecer você, os novos amigos, a nova escola.  Afinal, eles ficaram praticamente quase dois meses de férias, fazendo um sem número de coisas e agora querem compartilhar, precisam disso. Então use esta necessidade de compartilhar ao seu favor, aproveitando para fazer com que todos possam se conhecer melhor e já criar laços de amizade.
Aqui vão algumas dicas simples, separadas por estágios:

– Educação Infantil:

Crianças pequenas choram no primeiro dia de aula, porém o período de adaptação  pode durar até uma semana. A mãe fica apreensiva e quer entrar junto, ou muitas vezes acaba levando a criança embora e no dia seguinte a criança chora para não ir para a escola e a mãe cede não levando. Isso faz com que a criança demore muito mais a se ambientar. Para evitar que esse período se alongue além do necessário, é preciso que a Professora e os funcionários de Apoio estejam devidamente orientados a entreter as crianças com muitos jogos e brincadeiras coletivas, afinal nenhuma criança resiste a hora de brincar.
Caso a mãe entre  na sala de aula no primeiro dia, deixe-a instruída a incentivar a criança a brincar com os coleguinhas, jamais deixá-la todo o tempo no colo pois isso a impede de interagir mais livremente com os novos amigos e com os brinquedos, e a levar a criança para a escola TODOS os dias.

– Educação Fundamental

Tanto no Fundamental I quanto no Fundamental II as crianças e jovens esperam que os amigos venham chamá-la para brincar ou conversar. Os mais “ descolados” tomam a iniciativa até porque já conhecem quase todo mundo, porém aqueles alunos que vieram de outras escolas sentem-se deslocados, apreensivos e inseguros de abordar esse monte de “estranhos”.
Ao Professor cabe a tarefa de criar várias atividades, sempre coletivas, em forma de gincanas, desafios, jogos, brincadeiras, para quebrar o gelo do grupo.
Outro modo muito eficaz é selecionar dois alunos, para serem os guias desses novos alunos dentro do ambiente escolar, ficando assim incumbidos de mostrar onde é a cantina, os banheiros, o laboratório, enfim todas as dependências da escola, além de ajudar a enturmá-lo no grupo. Assim, cada dois alunos antigos ficam incumbidos de um aluno  novo durante um dia, depois faz-se o revezamento passando esse aluno novo, para outra dupla de alunos antigos, até que os alunos novos tenham ficado com todos os alunos antigos.

– Ensino Médio

Já no Ensino Médio os alunos nesta fase precisam passar a mensagem de “força moral ”, e  “ independência” para o grupo então aqui será preciso que o Professor use de sensibilidade e sutileza para integrar os alunos novos, pois há uma grande resistência em não permitir “gente estranha” no grupo.
Para quebrar esse “ iceberg” levante em um bate papo, ou crie uma atividade em forma de brincadeira, onde cada um tenha que falar das coisas que mais gostam de fazer, assim você terá muitas informações rapidamente para criar um projeto coletivo onde todos tenham que participar e apresentar antes da aula terminar. Exemplo: criar uma música, fazer uma imitação, criar um traje engraçado, fazer uma performance em grupo.
Você também pode utilizar a estratégia citada acima de usar os alunos antigos como guias para ajudar a enturmar os alunos novos.

– EJA  (Educação de Jovens e Adultos)

O público de EJA, tem suas peculiaridades, pois já é um público adulto, que trabalha, muitos já são casados, tem filhos, família para alimentar e contas para pagar, geralmente reservam o período noturno para estudar, pois trabalham durante o dia.  Assim, a abordagem de interação precisa levar isso em conta.  Por isso investigue em um bate papo, ou por meio de uma atividade de quebra gelo, para que esses alunos falem mais sobre sua história, seus sonhos, e suas dificuldades enfrentadas no dia a dia. Desse modo todos acabam se “vendo” nas estórias do outro e isso possibilita a criação de um elo de camaradagem, amizade e cumplicidade.
Outra estratégia é, o grupo criar um portfólio sobre os sonhos e projetos de vida que almejam alcançar, e juntos discutirem como isso pode ser atingido. Ao realizar esta atividade todos começam a se sentir participantes do sonho do colega e isso os une muito, pois acabam compartilhando ao longo do ano todas as vitórias conquistadas.
Todos esses cuidados e esse olhar sensível no momento de planejar as atividades de  integração, mostra aos alunos o tipo de Professor que você é. E isso é também um exercício para que você também seja integrado ao grupo.
Como os alunos verão o Professor durante todo ano, e talvez durante toda a vida,  vai depender muito do tipo de abordagem que você terá nessas primeiras semanas de aula.

Fonte: http://www.sosprofessor.com.br/blog/volta-as-aulas-integracao-dos-alunos/