segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Por que a inteligência fascina tantas pessoas?


O livro "Inteligência e Aprendizagem: desafios mentais já foi vendido milhares de vezes desde sua 1ª edição em 2012. Atualmente, a Editora Multifoco lançou a 3ª edição. Na Amazon chega a vender mais de 1000 e-books mensais, demonstrando que a inteligência e a capacidade de aprendizagem com facilidade ou dificuldade ainda fascina muitas pessoas. O livro discuti questões como: O que é inteligência? Podemos aumentá-la? Pessoas com alto QI são mais bem sucedidas? Ômega 3 faz bem para o cérebro? Temos uma ou mais inteligências? Einstein foi mal aluno? O que é neurogênese? Tamanho do cérebro determina a inteligência? Os testes de QI conseguem medir a inteligência humana? Como funciona nosso cérebro para processar informações? Como aprendemos? Estas e muitas outras dúvidas sobre a inteligência e capacidade de aprender são respondidas pelo autor. O livro é uma fascinante viagem pela nossa capacidade de usar o cérebro. Não é de se estranhar tamanho sucesso de venda, pois nossa inteligência possui forte correlação com o sucesso profissional. Devemos lembrar que há muitos fatores atuantes no êxito e no fracasso momentâneo ou duradouro, por exemplo condições sociais em que nascemos, mas a inteligência é sem dúvida dominante. Você concorda? Leia o livro e tire suas próprias conclusões.
Vandi Dogado, autor do best seller O Templo de Aiakos 

Fonte: http://www.vandidogado.com.br/2014/10/por-que-inteligencia-fascina-tantas.html

7 universidades brasileiras que oferecem cursos online grátis

Como muita gente sabe, existem diversas universidades pelo mundo que estão disponibilizando cursos e aulas gratuitamente na Internet. Mas hoje não vamos falar destas instituições e sim das 7universidades brasileiras que oferecem cursos online grátis. Se você gostaria de ampliar seus conhecimentos com professores de algumas das melhores universidades do Brasil, esta é uma excelente oportunidade para quem não tem a chance de estudar em instituições conceituadas. Confira a lista!
1 – USP (Universidade de São Paulo)A USP oferece seus cursos e aulas em três diferente plataformas, são elas: UNIVESP TV, e-Aulas eVeduca.
2 – UNB (Universidade de Brasília)A UNB disponibilizou gratuitamente um curso de graduação a distância através do portal Veduca.
3 – PUC – RJ (Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro)As aulas estão disponíveis de graça no portal Condigital.
4 – UNICAMP (Universidade Estadual de Campinas)Basta escolher um dos 5 sites a seguir para acessar o conteúdo dos cursos e aulas da Unicamp:UNIVESP TV,  OCW UNICAMPGGTE UNICAMPe-UNICAMP e Câmera Web.
5 – FGV (Fundação Getulio Vargas)Os cursos gratuitos estão disponíveis no site da FGV Online.
6 – UNESP (Universidade Estadual Paulista)São mais de 70 cursos online grátis oferecidos através do portal UNESP ABERTA.
7 – UFF (Universidade Federal Fluminense)Visite o site Videoaulas UFF para ter acesso de graça as aulas da instituição.
Esperamos que tenha gostado. Ajude a divulgar esta lista e assim atingir mais pessoas que querem aprender.
Fonte: http://canaldoensino.com.br/blog/7-universidades-brasileiras-que-oferecem-cursos-online-gratis

Como tornar-se um profissional de alta performance?

Descubra quais são os dois requisitos básicos para tornar-se um profissional diferenciado no mercado
Como tornar-se um profissional de alta performance

Você acredita que qualquer pessoa pode tornar-se um profissional de alta performance? Podemos definir alta performance como manter uma produtividade acima da média em alguma atividade. No esporte, podemos dizer que um atleta atua em alta performance quando permanece no topo do ranking. Em vendas, dizemos que um profissional tem alta performance quando vende sempre acima da meta, mesmo que esta meta seja elevada. Há de se questionar, no entanto, se todas as pessoas podem ter alta performance em uma atividade específica. Qualquer pessoa pode ser um vendedor de alta performance? Qualquer pessoa pode ser um corredor de alta performance? Qualquer pessoa pode ser um gerente de alta performance?
Todos nós nascemos com alguns dons, que chamamos de talentos. Alguns de nós passam a vida inteira sem descobrir seus verdadeiros talentos, outros identificam e investem nos seus talentos, tornando-se pessoas extremamente diferenciadas. O que isto tem a ver com a alta performance? O que você acha: para tornar-se um Leonel Messi, um Cristiano Ronaldo ou um Neymar Junior é preciso ter nascido com o talento do futebol? Somente o talento destes jogadores garantiu o sucesso? Para tornarem-se os atletas que são hoje você acredita que eles investiram no aprimoramento dos seus talentos ou no desenvolvimento das suas fraquezas? Você acredita que todos podem tornar-se campeões de vendas?
Quero trazer para vocês uma visão que tenho trabalhado nas empresas e que é compartilhada com inúmeros profissionais da área de desenvolvimento pessoal e amplamente apoiada em pesquisas. Somente podemos ter profissionais de alta performance permanente se desenvolvermos os talentos destes profissionais. O máximo que iremos conseguir de um profissional sem o talento necessário, é que ele tenha um desempenho mediano, mesmo assim, com muito investimento no seu desenvolvimento e empenho e dedicação dele. Na maioria das vezes, é preciso desenvolver alguns de seus pontos fracos para torná-lo melhor em sua atividade, mas é complementar, nunca uma exigência principal. Um jogador de futebol não precisa ser excelente comunicador para conceder ótimas entrevistas, mas é importante desenvolver sua comunicação para não comprometer a sua imagem. Quantas vezes você já presenciou a um erro comum nas empresas, a promoção de um técnico excepcional a um cargo de gestão?
Para tornar-se um profissional diferenciado no mercado, alcançando níveis de produtividade acima da média, é preciso ter dois requisitos básicos: paixão pelo que faz e ser, senão, o melhor, no mínimo um dos melhores no que faz. Quando você sente paixão pelo que faz, seus talentos estão sendo colocados em prática. Quando seus talentos são colocados em prática, seu trabalho passa a ser prazeroso e você nem vê as horas passar. Quanto mais você investe na qualificação destes talentos, mais fortalecido estes ficam e mais diferenciado você se torna e seus talentos passam a ser seus pontos fortes. Quando estes pontos fortes geram resultados positivos em alguma atividade e promovem o desenvolvimento corporativo ou da sociedade, você passa a ser mais valorizados e recebendo recompensas financeiras superiores. É o ciclo virtuoso do desenvolvimento e do crescimento.
Conheço muitas pessoas que, desconhecendo seus talentos, acabam investindo no desenvolvimento de competências que agregam pouco no seu crescimento pessoal e profissional, resultando em desempenhos medíocres, ou seja, não destacando-se nas suas atividades profissionais. O pior é que estas pessoas ficam acomodadas na zona de conforto a vida inteira, contentando-se com uma vida razoável.
Se você quer ser uma pessoa plenamente realizada, desenvolvendo atividades prazerosas e, ainda por cima, sendo muito bem remunerada por isto, identifique  seus talentos, invista na qualificação deles e transforme-os nos seus pontos fortes. Não espere mais para ser feliz, a hora é agora!
Fonte: http://dtcom.com.br/site/index.php/como-tornar-se-um-profissional-de-alta-performance/

Pós-graduação para docentes

Em 2012, 29% dos professores da educação básica tinham pós-graduação no País. O percentual consta no Anuário brasileiro da educação básica 2014, publicado pelo movimento Todos pela Educação e pela Editora Moderna, e foi apurado com base em dados do Censo Escolar e da Diretoria de Estatísticas Educacionais do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). A maior concentração de profissionais com a titulação está na rede federal de ensino, seguida das redes estadual, municipal e privada (veja gráfico). Por outro lado, a meta 16 do Plano Nacional de Educação (PNE) prevê que o Brasil deve formar, em nível de pós-graduação, 50% dos professores da educação básica até o último ano de vigência do plano. É um desafio que, para o professor Flávio Caetano da Silva, vice-coordenador do programa de pós-graduação em Educação da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), depende de mudança cultural. Para isso, ele acredita que as redes de ensino e os gestores escolares devem entender a formação continuada do professor como um princípio e, consequentemente, um direito, além de incentivarem a qualificação docente, com o intuito de contribuir para a melhoria da qualidade da educação.
Acompanhe a seguir os principais aspectos relacionados ao tema destacados pelo professor Flávio em entrevista à Gestão Educacional.
A responsabilidade do gestor
“O gestor educacional precisa, por princípio, apoiar e incentivar todo professor que deseja seguir em formação”, afirma o professor Flávio Caetano da Silva. Entretanto, ele alerta que é necessário dar ao docente mínimas condições para isso, como dispensa para que ele possa participar de aulas presenciais, redução da carga horária para que ele possa estudar, entre outras ações.
Está na lei
Flávio ressalta que há uma série de questões que estão sendo encaradas por conta da aprovação da Lei Nacional do Piso do Magistério (Lei n. 11.738/2008), que prevê a destinação de um terço da jornada de trabalho do professor a atividades extraclasse. No entanto, ele revela que a maioria dos municípios que tem visitado e consultado faz qualquer negócio para atender à lei, mas não oferece formação. “Às vezes, [a escola] dispensa o professor da sala de aula naquele horário, coloca um estagiário ou um docente substituto, e o professor vai para casa. Mas não há incentivo da rede para a formação”, adverte. Para ele, vincular parte da jornada docente a um programa de formação é o ideal.
As principais dificuldades
As condições de trabalho têm que ser favoráveis para o professor voltar a estudar. “Às vezes, ele está sobrecarregado [em relação à carga horária] e não tem espaço ou apoio”, ressalta Flávio. “E aí, para ele, o estudo vira um acréscimo [de atividade] feito na madrugada. Nenhum programa sério de formação continuada vai bem desse jeito”, atesta. Outra dificuldade apontada pelo professor é a de que, na área da educação, há grande quantidade de pessoas formada há tempos. “Elas estão há muito tempo longe da sala de aula, e muitas demoram para retomar aquele gosto e a disposição para estudar”, conta.
Incentivo
O professor mantém vivo o processo de aprendizado quando ele é desafiado em seu dia a dia pela gestão e pela coordenação pedagógica da escola. “Esses dois sujeitos devem questionar o professor, o tempo todo, em relação a que curso ele fará durante o ano, que condições ele precisa que a escola ofereça para que ele volte a estudar, se ele tem disponibilidade de livros, se tem acesso à biblioteca”, orienta Flávio. E completa: “Se esse processo fica à mercê da iniciativa de cada um, somente os mais interessados vão atrás”.
Alerta I
O professor Flávio alerta que os cursos chamados “enlatados” preocupam. Segundo ele, são cursos on-line, com todo o material pronto e a entrega de um certificado no fim. “Se o professor não for chamado para discutir artigos, livros e não ser desafiado de fato a estudar, vai ficar apenas com um certificado a mais e não estará em processo de formação”, considera. Quando se pensa na redução de custos a qualquer preço, é preocupante. “É quase que ‘apostilar’ um curso para por na mão do professor mais um certificado. É tapar o sol com a peneira”, adverte.
Alerta II
O professor Flávio também critica os cursos de pós-graduação lato sensu. “Não há acompanhamento e avaliação desses cursos. Assim, há muita oferta de cursos, presenciais ou on-line, de baixíssima qualidade. Eles se transformaram em ‘caça-níqueis’, sobretudo em instituições privadas, que muitas vezes têm pouco compromisso com a qualidade do ensino, porque estão mais preocupadas em preencher turmas e lotar salas”, observa. E acrescenta: “Esses cursos com qualidade bastante duvidosa se proliferaram no Brasil. Isso preocupa porque, em médio prazo, vamos ter muitos professores com título de especialização, mas com pouco aprofundamento teórico e prático”.
Formação na escola
A formação continuada na escola não só é possível, mas desejável, na opinião do professor Flávio. “A formação dentro da escola é uma saída muito boa”, ressalta. Entre as vantagens, estão o estímulo aos e a facilidade para os professores para participarem. “Quando se forma o princípio de que a formação precisa continuar, isso gera uma política de continuação”, enfatiza. Além do professor, o diretor e a equipe pedagógica devem estar em processo de formação.
 Fonte: http://www.gestaoeducacional.com.br/index.php/especiais/negocio-educacao/920-pos-graduacao-para-docentes

domingo, 12 de outubro de 2014

Caminhos da linguagem: uma visão transdisciplinar - lançamento de livro

A ideia de escrever este livro surgiu durante o Curso de Mestrado em Letras da terceira turma do PPG Letras UniRitter, Porto Alegre. A intenção inicial era convidar os colegas dessa turma, após defesa, para integrarem uma coletânea de artigos em que cada mestre escrevesse sobre seu assunto da dissertação, pois não nos parecia coerente que após um árduo trabalho de leituras, pesquisas e análises nosso trabalho virasse um livro de um único volume que, possivelmente, ficaria guardado em uma gaveta.

Caminhos da linguagem: uma visão transdisciplinar, o tema abordado por cada escritor surgiu a partir de inquietações observadas ao longo da experiência profissional, e em alguns casos, pessoal, vivenciada pelo autor. A singularidade deste trabalho está na diversidade profissional dos autores que compõem a obra. São profissionais da área educacional, pedagógica, jurídica, psicológica e militar, mas que estão unidos por um fio condutor único – o estudo da linguagem. E foi desta pluralidade que resultou esta obra, uma visão transdisciplinar mediada pela linguagem.

SUMÁRIO:

COPPETTI, Lígia. Influência Cultural na Linguagem utilizada
pelos participantes em um Ambiente Virtual de Aprendizagem

COVATTI e SILVA, Katiane. Análise Crítica do Discurso: Um olhar
crítico sobre o discurso e seus padrões de acesso

FRAGA, Dinorá & PREDIGER, Angélica. A TELA: aspectos
topológicos na construção de textos verbais e não verbais

GUIMARÃES, Dirce Maria. Sobre a Mediação Docente nos
primeiros anos do Ensino Fundamental

JARDON, Manuel. A Intersubjetividade para Bakhtin e Benveniste

LEFEBVRE, Rosane. Mecanismos Reveladores da Autoria no
Trabalho com Gênero “narrativa pessoal”

MELLO, Maíra. Ações e Interações no Ensino‐Aprendizagem de
Línguas em uma Escola Regular

PIRES, Vera & KNOLL, Graziela. Dialogismo e Comunicação: um
diálogo entre Bakhtin e Jakobson e suas contribuições para os
estudos da linguagem

RAMOS, Jairo Eduardo. O Gênero Discursivo na Esfera Militar do
Exército Brasileiro

SILVEIRA, Amelina. Como a Cultura Brasileira é mostrada em
Materiais Didáticos de Língua Português para Estrangeiros

SILVEIRA, Regina & ALVES, Eva. O Mito do Silêncio e as
Narrativas

AUTÓGRAFOS

QUARTA, 05 DE NOVEMBRO . MEMORIAL DO RS - TÉRREO . 18H

CAMINHOS DA LINGUAGEM: UMA VISÃO TRANSDICIPLINAR


Ligia Sayão Lobato Coppetti
Rosane Lefebvre
Pedro e João Editores
Vendas: Banca da AGEI (Associação Gaúcha dos Escritores Independentes)
Valor: R$27,00 (já com desconto da Feira)
ou encomenda pelo e-mail: ligia.coppetti@gmail.com

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Redes Sociais na escola: 10 ideias para professores

Redes Sociais na escolaNão há como negar que a Internet está inserida na rotina de crianças e adolescentes ao redor do mundo. E esse envolvimento é ainda maior quando se trata de redes sociais, cujo alcance se expandiu muito nos últimos anos com a popularização dos smartphones. Mas quando se trata de mídias sociais em sala de aula, o assunto ainda é tabu e muitos professores abominam a ideia. Mas é hora de virar o jogo! Veja nossas 10 ideias para fazer das redes sociais na escola um aliado para suas aulas!

Redes por todas as partes

De acordo com uma pesquisa realizada em 2013  pelo Conectaí, em uma parceria com o youPIX e o IBOPE Media, cerca de 95% dos jovens brasileiros entre 15 e 33 anos se consideram viciados em tecnologia. Entre os portugueses,  97% dos jovens entre 9 e 16 anos possuem perfil nas redes sociais e 86% acessam a internet diariamente. Ao invés de combater, a hora é de explorar. Como diria o educador e filósofo Paulo Freire:
“Onde quer que haja mulheres e homens, há sempre o que fazer, há sempre o que ensinar, há sempre o que aprender”.
Então aprenda como usar e, principalmente, como ensinar usando as redes sociais na escola.

10 ideias e motivos para usar Redes Sociais na escola

1. Além do Google

Notícias e fatos históricos são divulgados e compartilhados nas redes sociais antes mesmo de saírem nos meios tradicionais. Pedir aos alunos que acompanhem alguma notícia com o uso de # (símbolo conhecido como ‘hashtag’) e depoimentos de internautas é uma boa forma de mantê-los atualizados dentro da temática tratada. #ficaadica

2. Entrevistas

As redes sociais, devido ao seu amplo alcance, são uma boa ferramenta para encontrar fontes e especialistas para entrevistas, assim como para realizar pesquisas com o público.

3. Criação Colaborativa

Alunos e professores podem criar conteúdo nas redes e convidar outras pessoas com o mesmo interesse a interagir, opinar e colaborar de diversas formas aumentando a qualidade do projeto.

4. Grupos Online

Quando toda uma turma está envolvida em um mesmo tema, é possível criar grupos de estudo e discussão e incluir pessoas de relevância, como especialistas, que contribuam com a troca de conteúdos e informações, motivando os alunos.

5. Apresentações

Criar um banco de apresentações e vídeos online sobre temas variados que ajude a fomentar a troca de informações e referências entre os alunos. Pode-se também pedir aos alunos  que disponibilizem suas apresentações a outras turmas.

6. Caderno Digital

Alunos podem criar Notas Online para compilar textos e resumos, imagens e vídeos sobre o mesmo tema, organizando os conteúdos e acessando-os de qualquer lugar, bastando que tenham acesso à internet.

7. Conectar informações

Redes Sociais na escolaMapas Mentais ajudam a conectar ideias, organizar a linha de raciocínio e visualizar histórias e brainstorms. É uma ferramenta e tanto para pesquisas complexas, onde acontecimentos se entrelaçam. Diferente de tópicos em apresentações de slides, por exemplo, no mapa mental você consegue ver todas as ligações entre as ideias em uma única página.

8. Debates do virtual para o real

Iniciar debates nas redes sociais com alunos e estimulá-los a pesquisar informações para embasar suas respostas em um debate real na sala de aula, pode ser uma forma de enriquecer as discussões.

9. Senso crítico

É possível encontrar muita informação nas redes, e isso é uma forma de estimular seus alunos a ter senso crítico, tolerância com opiniões contrárias e discernimento na hora de usar um conteúdo como verdadeiro.

10. Estudar, revisar, testar e compartilhar

ExamTime é um excelente exemplo de como é possível usar redes sociais na escola. Na plataformaExamTime é possível criar, gratuitamente,  fichas de memorizaçãotestesmapas mentaisnotas on-line,grupos de estudo e ainda compartilhar tudo isso em outras plataformas ou com os colegas. Também é possível acessar a biblioteca virtual, que possui milhares de recursos criados por outros alunos e professores.

Não um vilão, mas aliado
Inserir mais tecnologia na sala de aula é uma das formas de engajar mais suas turmas. Pesquisas indicam que alunos gostariam de aulas mais instigantes, com exemplos dentro de seus contextos sociais, pois assim eles trabalham em pesquisas escolares de uma forma muito mais tecnológica, indo além do óbvio.
Não restam dúvidas de que inserir redes sociais na escola é um ótimo caminho na melhora do ensino e estímulo dos alunos.
Fonte: https://www.examtime.com/pt-BR/blog/redes-sociais-na-escola/

10 dicas para escrever e publicar um artigo científico

Escrever e publicar um artigo científico pode não ser uma tarefa fácil. A elaboração de qualquer pesquisa exige precisão e domínio sobre o assunto. No entanto, muitas vezes os estudantes ficam em dúvida sobre a maneira correta de elaborar o seu trabalho. Por onde começar? Como definir o tema da pesquisa? Qual linguagem utilizar no texto? Esses são apenas alguns dos questionamentos que surgem.
As pessoas costumam ter dúvidas e errar porque não sabem ciências, ou não aprenderam de maneira correta, avalia Gilson Volpato, professor de redação científica, da Unesp (Universidade Estadual Paulista). “Muitos professores transformam essa disciplina em um conjunto de regras”, aponta, ao afirmar que os alunos precisam entender o que estão fazendo. Inclusive, para ajudar alunos, professores e pesquisadores a escreverem uma pesquisa acadêmica, Volpato criou o Clube SOS Ciência, que tira dúvidas on-line sobre redação científica (leia matéria no Porvir).
crédito: nito / Fotolia.com

Com base na conversa com o professor, o Porvir reuniu algumas sugestões para auxiliar na redação e publicação de um artigo científico. No entanto, conforme destacou Volpato, é preciso lembrar que não existe receita para a elaboração de uma boa pesquisa. Cada projeto possui as suas particularidades.
Confira algumas dicas:
1. Leia sobre o que já feito
Antes de começar um projeto de pesquisa, é importante checar diversas conteúdos da área para conhecer tudo o que já foi falado sobre o tema. Uma das sugestões apresentadas pelo professor Volpato é ler artigos de boas revistas internacionais.  Além disso, é preciso fazer um levantamento de publicações que podem ser utilizadas para dar base ao seu projeto.
2. Pense no nível que a sua pesquisa irá atingir
Antes de fazer um projeto é preciso identificar o nível de ciência que se pretende atingir. Identifique algumas publicações científicas que estariam no patamar da sua pesquisa. Você pretende atingir uma Science, com abrangência em diversas áreas de conhecimento, ou deseja focar em uma publicação especializada? Se a sua resposta for publicar em um veículo científico de grande abrangência, será necessário pensar e elaborar a sua pesquisa de forma que ela seja compreensível para o maior número de pessoas possível, incluindo outras áreas de conhecimento.
3. Apresente uma novidade
Não existe uma boa pesquisa sem algo novo ou relevante. “Os pesquisadores têm dificuldade de aceitar que o tema da sua pesquisa não apresenta uma novidade”, conta Volpato. Segundo ele, após ler sobre o que já foi desenvolvido dentro do tema, é necessário encontrar uma nova abordagem. Uma pesquisa muito repetitiva não pode apresentar grandes contribuições científicas.
4. Saiba a hora certa para começar a escrever
Muitas pessoas começam a escrever o seu artigo na hora errada. Segundo Volpato, para manter a unidade do texto é importante ter uma ideia completa do trabalho. Não comece a adiantar algumas partes do seu artigo sem ter concluído a pesquisa, analisado e interpretado dados.  Antes de começar a escrever, o professor afirma que é necessário já ter em mente a resposta para algumas perguntas: 1) Como surgiu a pesquisa? 2) Onde você chegou? 3) Como chegou nesse caminho e o que me faz aceitar a sua história? 4) O que isso muda na ciência? 5) Por que as pessoas se interessariam por isso?
5. Tenha em mente o tipo de revista que você gostaria de publicar
Após ter uma visão geral do trabalho, respondendo as perguntas anteriores, comece a pensar na revista que você deseja ter o seu trabalho divulgado. Leia diversos artigos e tente observar o formato que eles seguem. “É bom conhecer o jeitão da revista”, apontou Volpato. Pense nessa estrutura quando estiver escrevendo.
6. Mantenha a lógica no texto
Na hora de escrever é preciso observar se as ideias da pesquisa não estão se contradizendo. De acordo com o pesquisador, muitas pessoas acabam cometendo erros nesse item. Introdução, desenvolvimento e conclusão devem estar muito bem alinhados e relacionados. Todas as partes devem apresentar coerência e lógica. Releia o texto e veja se ele consegue manter uma unidade. Não use freses sem sentido.
7. Encontre a medida certa
O tamanho do texto não quer dizer qualidade. “Nenhuma palavra a mais, nenhuma palavra a menos. A gente tem que saber sintetizar”, apontou Volpato. Segundo ele, as pessoas tendem a achar que os trabalhos mais longos são os melhores. No entanto, o número de páginas não é sinônimo de qualidade. É  importante apresentar todos os argumentos de maneira clara e objetiva. Para o professor e pesquisador, a elaboração de um artigo deve ser semelhante a de um prédio. “Ele precisa ser vistoso, importante, sólido e econômico”, defendeu.
8. Seja claro e evite palavras que dificultam o entendimento  
Nada de prosopopéia para acalentar bovinos (ou seja, a famosa expressão “conversa para boi dormir”). Tente tornar a sua pesquisa mais acessível e troque as palavras de difícil entendimento. Segundo Volpato, a ciência tem um caráter transdisciplinar, porém, quando você escreve um artigo cheio de termos técnicos e palavras desconhecidas, a sua pesquisa tende a ficar restrita apenas para pessoas da área. “É importante pensar que você está escrevendo um texto para ser lido por diferentes públicos.”
9. Compartilhe o seu conhecimento
Após concluir um artigo é importante tentar a sua publicação em revistas de divulgação científica. Segundo o professor Volpato, a divulgação da pesquisa é tão importante quando a redação. É a partir da publicação que você poderá compartilhar o seu conhecimento com outros pesquisadores. Além disso, também terá a oportunidade de submeter o seu trabalho para avaliação de outros especialistas. Antes de enviar um artigo para análise, observe atentamente o formato exigido em cada publicação. Algumas revistas têm normas específicas que devem ser seguidas, incluindo padronização de estilo, quantidade de caracteres e outras referências.
10. Acompanhe os resultados
Não pense que a publicação do artigo é o último passo. Após divulgar a sua pesquisa, tente observar a repercussão do seu trabalho no mundo científico. Observe as contribuições acadêmicas da sua pesquisa. Ao visualizar quem está citando o seu artigo, procure entender quais reflexões estão sendo geradas a partir dele.
Fonte: http://porvir.org/porfazer/10-dicas-para-escrever-publicar-um-artigo-cientifico/20140910

Professor em ação

Escrito por Analice Bonatto.

Em qualquer área, cresce a demanda por profissionais que tenham a qualificação necessária para atender às necessidades do século 21; na educação, isso também acontece. Mas, diferentemente de outras profissões, muitas vezes os baixos salários e a desvalorização da carreira docente afastam a maioria dos profissionais que pensa em ir para a sala de aula. Recente pesquisa do professor José Marcelino de Rezende Pinto, da Universidade de São Paulo (USP), mostra que o número de formandos em licenciatura no país entre 1990 e 2010 seria suficiente (menos em Física) para atender à demanda atual por professores.
Além dos baixos salários e das más condições de trabalho, problemas na formação inicial, na fase de indução profissional e no trabalho permanente de formação continuada são responsáveis pelas deficiências do sistema de ensino.
Nesse cenário, ao ser questionada sobre o que é um bom professor, Sonia Perin, professora titular da Faculdade de Educação (FE) da USP, ressalta a complexidade da profissão: “Exigem muito dessa pessoa que é o professor; querem que ele resolva os erros, todos os problemas da sociedade. Mas é preciso ter parcerias com a sociedade”. De acordo com ela, se a escola é uma instituição da sociedade, é preciso ter responsabilidade em todos os seus níveis. Para Sonia, o professor precisa de uma boa formação de modo que, ao longo da vida, entenda o seu aluno – sujeito fundamental – e o sentido da escola. “O professor é bom quando as instituições e a sociedade são boas. Agora, dificuldades vão existir. Mas o principal é o professor ter a postura de inquiridor, de aprender a cada situação, de entender o que se passa com o seu grupo de alunos, com a escola. Para isso, ele precisa ter espírito investigativo. É preciso, na formação inicial, fazer da profissão uma pesquisa em ação”.
Formação inicial
Segundo Bernadete Gatti, pesquisadora sênior da Fundação Carlos Chagas (FCC), a questão da formação inicial do professor no Brasil é grave, pois os profissionais vão para a sala de aula sem saber dar aula. “Às vezes não conhecem nem o currículo da educação básica. As licenciaturas estão na UTI [Unidade de Terapia Intensiva]”. Ela avalia que, apesar de muitos jovens optarem pela carreira, eles não têm na universidade uma formação adequada. “Desde que a licenciatura nasceu, ela sempre foi um adendo genérico do bacharelado”, explica Bernadete, que é uma das coordenadoras da pesquisa da FCC sobre formação de professores para o ensino fundamental. Quando esse aluno vai para o mercado de trabalho com essas deficiências, gasta-se mais; há custo para formá-lo na graduação e, depois, para fazer a mesma formação na formação continuada, considera a pesquisadora: “A nossa formação continuada não é propriamente uma formação continuada – que deveria aprofundar conhecimentos –, ela é suprimento”. Para Bernadete, a falta de políticas que atuem na formação inicial é uma questão muito grave, porque não há mudança curricular na estrutura dos cursos de licenciatura. “Os países avançados e emergentes têm em suas universidades um centro de formação de professores, mas aqui não há uma concepção de formação de professor da educação básica. Você forma o biólogo, e não o professor de biologia. Nós temos uma fragmentação formativa com uma tinta de educação. É preciso mudar a formação inicial, a estrutura, onde ela se faz, a dinâmica de como se faz e os conteúdos curriculares. Senão, vamos continuar repetindo os mesmos erros, e quem já está atuando ou está ingressando na carreira terá de receber uma formação em serviço”, afirma.
Recém-chegados e sozinhos
O professor português António Nóvoa, um dos maiores especialistas em formação de professores, falou com a Profissão Mestre sobre a fase de indução profissional, ou seja, o início da atuação docente. Segundo Nóvoa, esses dois ou três primeiros anos iniciais, momento em que alguém é introduzido na profissão, são decisivos para o professor. “Há 50 anos sabemos que esses são os anos mais importantes; no entanto, as pessoas estão completamente desprotegidas e sozinhas”, afirma Nóvoa.
Elisangela Carolina Luciano, professora de Mogi Guaçu (SP), é um exemplo desse início solitário. Ela conta que, na década de 1990, morava em uma cidade do interior cuja economia era baseada na agricultura e não havia muita opção de emprego, principalmente para as mulheres. Assim, o caminho natural foi seguir para o curso de Magistério, até como uma maneira de fugir do destino de trabalhar na lavoura. A escolha consciente pela profissão veio ao final do curso, quando ela entrou na faculdade. No início da carreira, ela já sabia que professor novo fica com as salas mais complicadas, com os alunos que têm mais dificuldades. “É claro que uma sala assim devia ser dada ao professor mais experiente, mas quem ingressava já sabia que ia pegar as salas mais complexas”, conta Elisangela, que foi escolhida Educadora do Ano de 2013 (por meio do Prêmio Educador Nota10, da Fundação Victor Civita), por seu projeto de alfabetização, leitura e escrita. Segundo ela, o começo é difícil. “É um trabalho muito solitário. É o professor dentro da sala de aula com a porta fechada”. Elisangela ressalta que ainda não se tem a consciência de que o aluno não é do professor. “O aluno é da escola, por isso todos devem se comprometer com ele. Eu acho que o que vai fazer o grupo ter esse sentimento de pertencimento é o desenvolvimento de um projeto político-pedagógico confeccionado por todos, que contemple todas essas questões. Daí, com papéis bem definidos, mesmo se chegar à escola um novo professor, o grupo já se encarrega de incluí-lo”, afirma.
Sem isso, Elisangela acredita que o cotidiano do professor seja quase sempre o mesmo, com cada um desenvolvendo o seu trabalho individualmente. “Eu tenho, por exemplo, dificuldade em seguir o livro didático, o material apostilado, e de repetir o trabalho feito no ano anterior. Estou sempre inventando e pensando coisas novas. A minha prática se identifica muito com os alunos daquele ano. Eu preciso conhecê-los para desenvolver um trabalho ajustado a eles”, conta. Apesar de no início do ano os professores se reunirem com a rede de ensino para pensar o planejamento anual, não há uma reunião com os professores na escola para conhecer o grupo de alunos com o qual eles trabalharão. “No dia a dia da escola, não há espaço para essas discussões tão necessárias”, lamenta Elisangela.
Para a professora da USP Sonia Perin, os primeiros anos são os mais críticos. “Nas reuniões internacionais sobre formação de professores, uma das preocupações a respeito do trabalho docente é como ele é recebido. Dessa forma, o seu trabalho, nos primeiros anos na escola, e o apoio do grupo e da equipe são fundamentais para o processo de aprendizagem dos iniciantes”, explica. E isso já é realizado não mais pela instituição formadora – as universidades, as faculdades de educação, os institutos etc. –, mas sim pelas instituições empregadoras que são os sistemas de ensino. “Depende muito dessas instituições formadoras também”, acrescenta.
Sonia defende que a formação inicial do professor deve inclusive dar um caráter de professor inquiridor. Dessa forma, ao chegar à escola, o professor iniciante pode questionar o que está se passando nela e observá-la sob diferentes aspectos: o tipo de aluno, de escola e de comunidade. “Sempre que a pessoa chega à instituição, ela é um objeto de análise. E se o professor aprendeu a fazer investigação na formação inicial, isso já lhe dá condições melhores para enfrentar o início em sala de aula”, considera a professora. Em recente pesquisa desenvolvida por ela com alunos que estão no início da graduação e com os egressos até cinco anos, é possível constatar essa dificuldade para enfrentar a realidade escolar. Sonia conta que os alunos pesquisados que estavam no terceiro e no quarto ano da graduação, ou seja, se preparando para sair da faculdade, contavam que não se sentiam preparados, pois estavam com medo das questões práticas do dia a dia.
Diante de uma sala de aula
O momento em que entrou na profissão foi decisivo para o professor Gelson Weschenfelder. Ele conta que teve um início bem complicado: “Eu entrei como estagiário e, infelizmente, a graduação não me preparou para a sala de aula. Na época em que eu entrei na escola, a filosofia não era obrigatória, e eu não sabia ao certo o que trabalhar em sala de aula. Na terceira semana, os alunos fizeram um abaixo-assinado para me retirar da escola. Isso foi muito difícil. Daí eu comecei a pensar sobre a minha atitude e o que poderia fazer para introduzir algumas questões de filosofia”, conta. E completa: “Usei uma frase que norteia a vida de um super-herói: ‘grandes poderes trazem grandes responsabilidades’, doHomem-Aranha. E o bacana foi que a partir daí os alunos começaram a trazer teorias de filósofos, sociólogos”, conta Gelson, que é professor no Complexode Ensino Superior deCachoeirinha (Cesuca), no Rio Grande do Sul. Nesse momento, o professor conta que percebeu que os alunos queriam buscar algo, tinham esse anseio, mas faltava um tema que os despertasse para isso. Assim, de maneira original – por meio de temas que chamam a atenção dos jovens, como as HQs (histórias em quadrinhos), ele mudou sua forma de dar aulas e conquistou os alunos.
Hoje Weschenfelder é professor universitário, mas o começo da carreira nos ensinos fundamental e médio o motivou a pesquisar mais sobre o tema. “O início foi difícil, e depois precisei pesquisar mais sobre como trabalhar com o adolescente, mas isso motivou meu mestrado. Depois saíram algumas publicações, algumas até com os alunos do ensino médio. Hoje faço o doutorado graças àqueles alunos que me colocaram ‘contra a parede’”, explica.
Ele reconhece que o processo poderia ter sido mais simples e menos sofrido. “Infelizmente, eu vejo essa angústia em sala de aula. A educação não está preparada para esses jovens em sala de aula, por isso é preciso repensar a forma de olhar o aluno. Em diferentes escolas, pedi apoio a outros professores para trabalhar com projetos, mas houve muita resistência deles. Faltam muitas coisas à escola e o professor acaba tendo muitas outras funções, mas ele poderia promover essa mudança onde está inserido”, salienta.

Matéria publicada na edição de outubro de 2014. Leia a matéria na íntegra na edição impressa.

Fonte: http://www.profissaomestre.com.br/index.php/reportagens/carreira-formacao/985-professor-em-acao

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Educador preparado para derrubar barreiras

Toca a campainha e a aula começa: na sala, os alunos, sentados em carteiras individuais, arrumadas em colunas, devem prestar atenção somente à voz do professor e ao conteúdo da disciplina, que ele organiza e esquematiza na lousa. Cada sala, aliás, agrupa geralmente alunos da mesma idade, que cursam o mesmo nível educacional, encerrada por quatro paredes; a porta de cada sala permanece a maior parte do tempo fechada, pois o assunto da aula é adequado apenas àquele grupo de alunos. Livros e cadernos de anotação não são compartilhados e as avaliações também são individuais. Os trabalhos, ainda que feitos em grupo, são entregues diretamente ao professor, que sozinho avalia o conteúdo e o esforço empreendido na pesquisa e na redação destes. Esse é o modelo de educação que os professores e todas as pessoas com 25 anos ou mais estão habituadas, pois foi nele que foram educados. Mas a escola do século XXI abre novos caminhos e propõe outros desafios.
Gestão Educacional acompanhou o I Fórum de Qualificação Docente, ocorrido durante o GEduc 2014, no qual gestores e educadores se reuniram para debater a qualificação de professores e o preparo para a utilização das novas tecnologias em sala de aula. O desafio da qualificação docente é imenso, ao se levar em conta as dimensões territoriais do País. Com 5.564 municípios e dezenas de milhares de escolas, cada qual com desafios particulares e inseridas em um contexto único, a tarefa de formar educadores para um ensino de melhor qualidade, sem desprezar as particularidades de cada região, cidade e escola, apresenta-se como trabalho interminável. Vencer as barreiras impostas pela distância que se observa entre aluno e professor, bem como entre escola e  comunidade onde ela está inserida, também é um enorme desafio, destacam os educadores ouvidos. Já o uso de novas tecnologias em sala de aula suscita diversos questionamentos: Como controlar o uso de tablets e iphones na escola, para que esses dispositivos sirvam como ferramenta didática, e não distração? E que lugar exerce a comunicação digital na alfabetização? Finalmente, qual o papel do professor diante da troca de informações no mundo digital: o de mediador ou o de censor? As respostas e as soluções para essas e outras questões não são óbvias ou definitivas, mas as perspectivas que se abrem nos debates apontam para uma escola mais aberta, cujo conhecimento é compartilhado, seja no mundo virtual ou com a comunidade onde está inserida.
Formação para a prática
Um dos maiores desafios que se impõe à qualificação docente ainda é a conciliação entre a didática aprendida na universidade e a aplicação prática desse conhecimento em sala de aula, o que exige habilidade de relacionamento e capacidade para compreender o ser humano que é o aluno. “As competências do educador têm uma dimensão técnica, pois ele precisa saber o que vai ensinar, além de uma dimensão pedagógica, pois é preciso saber o caminho que se vai percorrer. E o professor precisa conhecer seu aluno, saber que há uma relação entre pessoas, que esse sujeito é outro, o que constitui a dimensão estética do trabalho. A sensibilidade deve estar presente e ele tem que conhecer o contexto de seu trabalho, a comunidade, as políticas [públicas que afetam a comunidade]”, avalia Terezinha Rios, doutora em Educação e pesquisadora do Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Formação de Educadores (Gepefe) da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (FE/USP). Ela enfatiza que ainda há muita distância entre o aluno e o professor, bem como entre a escola e a comunidade onde está inserida.
Foi pensando em derrubar parte dessas barreiras que a Secretaria de Educação de Belo Horizonte (MG) elaborou um programa de qualificação docente que envolve toda a rede municipal paralelamente a uma política de ensino integral, em que no primeiro turno há as disciplinas do currículo regular, enquanto no segundo turno as escolas promovem o encontro entre os estudantes e a cidade. Sueli Maria Baliza Dias, secretária municipal de Educação de BH, conta como funciona o programa: “O aluno que fica dentro da escola tem a oportunidade de conviver com outras habilidades, e desenvolver competências o torna um sujeito mais completo. Em nosso programa, o aluno passa cerca de nove horas na escola, mas convive com toda a cidade, pois não fica confinado aos muros da instituição. Visita museus, parques, tem aulas de dança, de esportes. Temos 650 parceiros para esse programa da escola integrada”, conta. Outra iniciativa é o programa Férias na Escola, em que os alunos podem passar parte dos meses de férias participando de atividades da instituição, o que também abre as portas da escola para as famílias. “O que queremos na escola não é só que o aluno aprenda os conceitos primeiros de leitura, escrita e matemática. Queremos que se torne um cidadão, que consiga conviver com o mundo e melhorar esse mundo”, diz a secretária.
A qualificação dos professores da rede de Belo Horizonte anda lado a lado com o projeto de abertura da escola, pois segue o mesmo espírito inclusivo. Sueli argumenta que a formação docente, principalmente a continuada, não se dá de forma individualizada. Não é, segundo ela, escolha exclusiva do professor o caminho a trilhar em uma graduação ou pós-graduação, pois essa escolha deve passar pela escola e por suas políticas e pelo trabalho coletivo da rede de ensino. Ou seja, para garantir o sucesso de um programa de formação continuada para os professores, é preciso oferecer boas condições de trabalho, bons salários e um plano de carreira associados ao programa.
Na rede municipal de Belo Horizonte, o programa de qualificação docente inclui formação externa – por meio de convênios com universidades para cursos de pós-graduaçãostricto e lato sensu – e formação interna, com encontros semanais com professores que discutem temáticas variadas. A formação interna é realizada de acordo com a carga horária do professor, que na rede da capital mineira é de 22 horas e 30 minutos semanais.
Terezinha Rios concorda que a qualificação do professor, bem como o planejamento de aula, devem ser remunerados. “Fiz um trabalho na Secretaria Municipal de São Bernardo do Campo [SP], onde há o projeto de o professor dispor de um terço de sua carga horária para aprimoramento”, conta. Medidas como um regime de dedicação exclusiva a uma única escola são essenciais para o sucesso de um programa abrangente de formação continuada, segundo a pesquisadora. Outra medida importante é diminuir o número de profissionais na área de educação em regime temporário. “A própria denominação 'temporário' já indica a situação precária de trabalho”, lembra Terezinha. “Algo muito importante para qualquer profissional é a segurança, a possibilidade de ter um contrato que assegure a continuidade do trabalho”, completa. Ou seja, é muito mais fácil dedicar-se a uma pós-graduação quando se tem segurança e horários definidos de trabalho.
O governo federal, por meio do Ministério da Educação (MEC), tem um programa de formação continuada para professores da educação infantil e dos ensinos fundamental e médio que inclui cursos curtos, a distância, de graduação (licenciatura) e de pós-graduação. Além dos programas de formação para professores, há também os para gestores. O e-Proinfo, por exemplo, é um ambiente virtual colaborativo de aprendizagem que permite a concepção, a administração e o desenvolvimento de cursos a distância, complemento a cursos presenciais, projetos de pesquisa, projetos colaborativos e diversas outras formas de apoio ao ensino a distância e aos processos de aprendizagem.
A importância do EaD
Segundo a secretária Sueli, hoje há 450 mil alunos cursando licenciatura na modalidade de ensino a distância entre os cerca de 1,4 milhão de estudantes de licenciatura nas universidades do País. E a opção não vale somente para aqueles que lecionam ou vivem em lugares distantes das universidades. Um exemplo é o curso de licenciatura em Ciências da USP, que forma professores de Ciências para o ensino fundamental. A graduação funciona na modalidade semipresencial, com aulas e trabalhos virtuais, além de uma aula presencial por semana, aos sábados. Boa parte dos alunos são professores atuantes da rede de ensino paulistana, que buscam melhor formação e moram na capital paulista. Os modelos semipresencial ou a distância oferecem a vantagem de economizar tempo de deslocamento para quem trabalha 40 horas semanais ou mais, como é o caso de muitos professores e gestores educacionais. Segundo dados da Prova Brasil 2011, 26% dos professores que responderam ao questionário afirmaram ministrar 40 horas-aula semanais e 23% afirmaram ministrar mais de 40 horas-aula semanais.
Terezinha concorda que as principais dificuldades da formação continuada são a própria organização do trabalho do professor, dos horários, e a disponibilidade de tempo para que ele possa participar de eventos ou outras atividades organizadas na escola. “O EaD acaba sendo visto como vilão da história por quem acha que o bom é o ‘olho no olho’,  a modalidade presencial. Quando me perguntam o que acho do ensino a distância, respondo perguntando a que distância está do aluno o professor em sala de aula. Acho que temos de nos dispor a usar o que está à nossa disposição, principalmente tendo em vista nossos limites”, afirma ela.
Por que e como avaliar
Além da qualificação docente, a avaliação do professor é outra questão ligada ao desempenho. Leila Rentroia Ianonne é especialista em avaliar o desempenho de professores e alerta para o perigo que oferece uma avaliação enviesada e maliciosa aplicada aos educadores. “A avaliação tem caráter técnico, mas envolve questões éticas e políticas”, afirma.  “Quem avalia deve saber que está em uma posição privilegiada, observando o outro, e isso pressupõe uma competência relacional extremamente elaborada. Quem avalia o professor deve sempre saber o que se quer com aquela avaliação e ter em mente que o professor é um intelectual cujo maior desejo é ser respeitado”, afirma Leila. Segundo ela, nunca se deve mascarar a intencionalidade da avaliação.
Leila ainda acredita que somente aplicar a avaliação, sem o empenho de entender o diagnóstico que ela oferece a respeito do trabalho da escola como instituição, não traz muitas vantagens. “A avaliação é importante para que a instituição encontre respostas para muitas das perguntas que a assolam”, afirma. Isso porque toda avaliação é um processo de forte conteúdo técnico, pois indaga sobre valores e significados sociais. “E não pode funcionar no improviso”. Todo processo avaliativo consome recursos, tempo, dinheiro, planejamento e envolve dimensões éticas e políticas do trabalho do professor e dos gestores. “Só vale a pena quando a escola sabe exatamente o quer com a avaliação”, afirma a especialista. 


Fonte: http://www.gestaoeducacional.com.br/index.php/reportagens/recursos-humanos-lideranca/744-educador-preparado-para-derrubar-barreiras