segunda-feira, 18 de abril de 2011

Data do Dia Nacional do Livro Infantil é homenagem a Monteiro Lobato



da Livraria da Folha
http://www1.folha.uol.com.br/livrariadafolha/721905-data-do-dia-nacional-do-livro-infantil-e-homenagem-a-monteiro-lobato.shtml

Quem não conhece a imagem da boneca Emília, retalhos de tecido a constituir o corpo, cabelos vermelhos e boca desenhada? O criador da personagem mais célebre da literatura infantojuvenil, Monteiro Lobato (1882-1948), empresta à data de seu aniversário, 18 de abril, para a comemoração do Dia Nacional do Livro Infantil.

O dia foi escolhido pelo presidente Fernando Henrique Cardoso, em 2002, e instituído pela Unesco (United Nations Educational, Scientific and Cultural Organization) do Brasil.

Os personagens de Monteiro Lobato, sobretudo os do "Sítio do Picapau Amarelo", povoam o imaginário de crianças de diversas gerações brasileiras. "A Menina do Narizinho Arrebitado", lançado originalmente em 1920, foi o primeiro livro desta que é a mais conhecida criação do escritor.

Até 1948, data de sua morte, publicou em anualmente títulos dedicados às crianças e outros tantos ao público adulto, como "A Onda Verde", de 1921, e "América", de 1932.

Há livros interessantes para quem quer conhecer a fundo a controversa biografia de Lobato. Em "Monteiro Lobato", da editora Senac, três pesquisadores tentam dar conta das múltiplas facetas de Lobato, que, além de escritor, foi fazendeiro, advogado, diplomata, tradutor e editor.

Outros dois estudiosos enfrentam o mesmo desafio: Nereide Santa Rosa com "Monteiro Lobato", pela editora Callis, e Cassiano Nunes, que publicou o seu "Monteiro Lobato" pela editora Contramponto.

Para os que estão interessados em conhecer e compreender melhor as obras infantis de Lobato há um título imperdível, vencedor do Prêmio Jabuti 2009 de melhor livro na categoria não-ficção: "Monteiro Lobato Livro a Livro". Organizado pelos pesquisadores Marisa Lajolo e João Luís Ceccantini, a obra examina o percurso literário a partir de textos de professores sobre cada uma das obras infantis do escritor.

A observação da trajetória de Lobato retrata um comportamento bastante regular e sistemático: ele gostava de reescrever suas histórias, preocupado de modo especial com a linguagem. Não por acaso, o componente de sua literatura que mais o aproxima dos pequenos leitores.