NADIA BETANIA
INTRODUÇÃO
Na sociedade em que vivemos a linguagem perpassa cada uma de nossas atividades individuais e coletivas, verbais e não verbais. As línguas se cruzam, se complementam e se modificam incessantemente, acompanhando o movimento de transformação do ser humano e suas formas de organização social. No presente artigo aborda-se a língua e a linguagem verificando-se no ato da fala estas qualificam-se no processo comunicativos do ser falante. A obra fora confeccionada na visão do estudioso Saussure, onde o mesmo será publicado via on line,para que possa contribuir com os acadêmicos,professores e outros interessados no campo da ciência em prol social.
1. LINGUAGEM E COMUNICAÇÃO
A língua é, portanto como afirma Saussure é um "sistema de signos", ou seja, um conjunto de unidades que estão organizadas, formando um todo. O signo como associação entre significantes (imagem acústica) e significado (conceito).
A linguagem verbal é por sua natureza comunicativa, faz com as pessoas se entendam e possam construir referenciais comuns entre si. Conjunto dos sons emitidos quando se fala tem uma ordem, uma gramática da língua.A língua, como vimos, é a linguagem que utiliza a palavra como sinal de comunicação.
O caráter social da língua é facilmente percebido quando levamos em conta que ela existe antes mesmo de nós nascermos. Cada um de nós já encontra a língua formada e em funcionamento, pronta para ser usada. E, mesmo quando a pessoa deixa de existir, a língua, subsistirá independentemente de nós. A língua pertence a todos os membros de uma comunidade; por isso faz parte do patrimônio social e cultural de cada coletividade.
Linguagem é um conjunto de sinais de que o homem se serve para comunicar-se. A comunicação humana é realizada de várias maneiras, por meios de apelos visuais, auditivos, linguagem corporal e principalmente pela linguagem verbal.
A linguagem não é só um sistema um instrumento utilizado para a comunicação ou veiculação de informações, mas principalmente, uma forma de mostrarmos socialmente aquilo que pensamos que somos o que entendemos do mundo, o que gostaríamos que os outros enxergassem em nós. Para Suassure (1969:26-28)
"Se na dicotomia sincronia versus diacrônica se estabelecem duas maneiras de estudar a língua, na dicotomia língua versus fala há a definição do conceito de língua. Porque a língua é coletiva e a fala e a é particular, portanto, a língua é um dado social e a fala é um dado individual. Além disso, a língua é sistemática e a fala é assistemática".
Baseado em um dos estudos de Saussure sobre a linguagem, destaca-se a relação intrínseca língua e fala. Na definição do lingüista genebrino, língua "é a parte social da linguagem que, em forma de sistema, engloba todas as possibilidades de sons existentes em uma comunidade". Passado desse principio, a língua se caracteriza como ato exterior ao individuo que, não pode criá-la nem modificá-la. De acordo com os lingüistas, a língua evolui de geração em geração.
A língua é uma construção de determinada sociedade e, portanto, um conjunto de escolhas que representam os valores, os modos de se ver, sentir e ser dos grupos sociais. O conjunto de regras de uma língua é estudada pela gramática.
A língua é exterior aos indivíduos, e por isso, este não podem criá-las ou modificá-las individualmente. Ela só existe em decorrência de espécie de contato coletivo que se estabeleceu entre as pessoas e ao quais todos aderiram. A língua portuguesa, por exemplo, pertence a todos que dela se utilizam. Embora popularmente a maioria das pessoas utilize as palavras linguagem, língua e fala para designar a mesma realidade, do ponto de vista lingüístico, esses termos não devem ser confundidos.
É claro que a distinção que se faz entre linguagem, língua e fala tem caráter meramente metodológico, uma vez que esses três conceitos revelam aspectos diferentes de um processo amplo, que o da comunicação humana. Isso, provavelmente, explique a razão por que a maioria das pessoas emprega essas três palavras para designar uma mesma realidade.
Linguagem é todo sistema de sinais convencionais que nos permite realizar atos de comunicação. Ao nosso redor pode-se observar vários tipos de linguagens, tais como, a linguagem dos surdos-mudos, dos sinais de trânsito,a linguagem que usamos,etc.
Além da linguagem verbal, cuja unidade básica é a palavra (escrita, falada), existe linguagens não-verbais que são aquelas que utilizamos para atos de comunicação outros sinais que não palavras, como a música, a dança, etc. Mais recentemente com o aparecimento da informática, surgiu também a linguagem digital, que permite armazenar e transmitir informações em meios eletrônicos.
1.2 As variedades lingüísticas
Cada um de nós começa aprender a língua em casa, em contato com a família e com as pessoas que nos cercam. Aos poucos vamos treinando nosso aparelho fonador (os lábios, a língua, os dentes, os maxilares, as cordas vocais) para produzir sons que transformam em palavras, frases e textos inteiros, e vamos nos apropriando ao vocabulário das leis combinatórias da língua,ate nos tornarmos bons usuários dessas ,seja pra falar e ouvir ,seja para escrever ou ler .
Em contato com outras pessoas na rua, na escola, no trabalho, observamos que nem todas falam como nos isso ocorre por diferentes razões: porque a pessoa vem de outra região, por ser mais velha ou mais jovem; possuir menor ou maior grau de escolaridade; por pertencer ao um grau de escolaridade; por pertencer ou classe social diferente. Essas diferenças no uso da língua constituintes as variedades lingüística.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Portanto a língua é um aspecto da linguagem. Trata-se de um sistema de natureza gramatical. Pertence a um grupo de indivíduos, formado por um conjunto de sinais (palavras) e por um conjunto de regras e combinações desta. É uma instituição social de caráter abstrato, exterior aos indivíduos que a utilizam, que somente concretiza através da fala e que é também um ato individual de vontade e inteligência.
No entanto, se compreendermos a língua como fruto de um processo de construção histórica e social, concluiremos que ela está em constante transformação;sem cristaliza-se em formas eternas, ela muda.Porque o ser humano é assim, mutante e criativo. As necessidades humanas se alteram, e com elas a língua que as representa e cria referenciais históricos.
Fonte: http://www.artigonal.com/ensino-superior-artigos/lingua-e-linguagem-3201224.html
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