O enorme esforço de persuasão que é necessário despender para criar a comunicação com o usuário através da palavra.
Por Bruno Rodrigues
Imagine uma sessão de hipnose. Na penumbra, estão um voluntário e você, o mágico. Na sua mão direita, um pêndulo balança incessantemente. Antes que um de vocês perceba, a experiência surte efeito.
Agora transponha a situação para as mídias sociais: você tem a missão de fisgar o usuário, que está ali de livre e espontânea vontade, e é no uso da palavra que você tem a ferramenta mais eficaz para a tarefa – seu ‘pêndulo digital’, portanto.
Entenda como ‘pêndulo’ o enorme esforço de persuasão que é necessário despender nas mídias sociais para criar a comunicação com o usuário através da palavra – e por isso é essencial saber conversar com os mais diferentes perfis.
E m resumo, todo o esforço de ‘hipnose’ corre o risco de ir por água abaixo se a persuasão não passar de intenção, ou seja, se você não souber fazer o ‘pêndulo’ se movimentar.
Mais uma vez, é bom lembrar: é a palavra que move a persuasão nestes ambientes.
Então, vamos à experiência: palavra como força motora para a persuasão; de um lado, está a informação; do outro, o relacionamento.
O ‘pêndulo’ se movimenta: a informação leva ao relacionamento; o relacionamento leva à informação; a informação leva ao relacionamento.
Um ponto leva ao outro, e quanto mais informação e relacionamento trocam figurinhas, mais a palavra toma força e a persuasão conquista o usuário.
Para lá, pra cá, com rapidez e eficiência.
Que fique claro: informação e relacionamento existem nos dois ambientes mais conhecidos das mídias sociais: redes e microblogs – o que não é novidade para ninguém.
Para que o movimento do ‘pêndulo’ não pare no meio, contudo, é preciso enxergar além do óbvio e perceber que, dependendo do ambiente, é informação *ou* relacionamento quem manda o ‘pêndulo’ de volta.
Em um dos ambientes a informação atrai a palavra, utiliza-a como veículo e manda o ‘pêndulo’ de volta. No outro, é o relacionamento quem usa a palavra e empurra o ‘pêndulo’ para a informação.
Mas em que extremo, em que ambiente manda a informação? E em qual deles o relacionamento dá as cartas?
* Nas redes sociais, o relacionamento leva à informação
É no contato mais próximo possível com uma marca que o usuário conhece seus produtos, serviços e a própria empresa, e nenhum ambiente é tão propício que uma rede. Mas só existe interesse se há informação; e só há informação se os ‘embaixadores’ da marca estão presentes na rede todo o tempo.
É a conversa que gera o interesse pela marca nestes ambientes; quanto mais contato, mais persuasão. Mas, atenção: informação perene e organizada mora em sites, e não em redes – o que não impede que elas *também* estejam lá, é claro. Papo e palavra levam à persuasão, que por sua vez leva à informação, seja onde ela estiver.
* Nos microblogs, a informação leva ao relacionamento
Poucos caracteres e uma precisão cirúrgica sobre o que dizer. Em um post de um microblog, quem faz contato é a informação. O usuário passa rápido, assimila o que quer e o que pode.
Continuidade não existe; a fidelidade só existe na teoria, lá trás, quando o usuário começou a seguir o perfil da marca. Por isso, não conte com encadeamento de ideias. Dê seu recado e continue o trabalho. Dê o que o usuário deseja ali, mesmo, e trabalhe pelo relacionamento. Sempre que possível, encaminhe-o para as redes, onde há mais informação e contato. E, mais uma vez, valorize o site, pois lá estão as informações mais profundas, e – que não caia no esquecimento – as tradicionais ferramentas de relacionamento.
Fonte: http://webinsider.uol.com.br/2011/09/20/o-dom-da-palavra-nas-midias-sociais/
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