Entenda como a PNL pode ajudá-lo a se comunicar melhor com
seus alunos. Descubra como você envia mensagens inconscientes
aos seus alunos. O que são mensagens não-verbais e como elas
afetam a qualidade da sua comunicação.
Nós colhemos muito mais informações da linguagem corporal e do tom de voz de uma pessoa do que das palavras que ela diz. As mensagens que nós enviamos por meio da nossa postura corporal, tom de voz, gestos e expressões correspondem ao que chamamos comunicação não-verbal.
Para a PNL (programação neurolinguística), a comunicação é tão não-verbal e inconsciente quanto é verbal e consciente. Ou seja, nas nossas interações com as pessoas, passamos muita informação por outros meios além das palavras. Essas informações são captadas pelas pessoas que, a partir delas, criam suas representações internas e reagem a elas.
Segundo o pesquisador da Universidade da Califórnia, Albert Mehrabian, 55% das informações que as pessoas recolhem de você são obtidas de sua linguagem corporal, 38% do tom de sua voz e apenas 7% das palavras que você diz.
Com os alunos não acontece diferente. Durante uma aula, as informações visuais e cinestésicas se sobrepõem às verbais. Os alunos recolhem muito mais informações da postura e do gestual do professor do que propriamente do conteúdo de suas palavras.
"O que você é fala tão alto, que não consigo ouvir o que você está dizendo." (Ralph Waldo Emerson)
Embora essas porcentagens mudem dependendo da situação, é importante que tenhamos consciência de que estamos fornecendo informações aos nossos alunos o tempo todo, sobre o que pensamos a respeito deles, quem somos, nosso trabalho, a escola, o assunto tratado.
Quando as mensagens verbais e não-verbais são contraditórias, confundimos nossos alunos que, normalmente, dão mais peso aos sinais não-verbais que às mensagens verbais.
Dependendo do estilo de aprendizagem do aluno (visual, auditivo ou cinestésico) mensagens contraditórias podem criar distrações ou má interpretação da mensagem, com prejuízos ao processo de ensino-aprendizagem.
É o caso de uma professora que, ao ser questionada pelos alunos sobre o assunto que estava ensinando, assumia a postura de braços cruzados e dava um jeito de se colocar atrás da mesa quando lhes respondia a questão. Aquela postura era entendida inconscientemente pelos alunos como insegurança, falta de precisão no conhecimento e medo de se expor. Com o tempo, os alunos pararam de fazer perguntas e as aulas tornaram-se monólogos entediantes que só poderiam ter gerado um resultado: o nível de aprendizagem da turma caiu cerca de 60%.
Esse caso é apenas um dos inúmeros exemplos que revelam como a linguagem não-verbal afeta as reações dos alunos em relação ao professor e interferem grandemente nos índices de aprendizagem.
Os 4 princípios da Comunicação
Segundo os pesquisadores de linguagem corporal Pierre Weil e Roland Tompakow, há quatro princípios básicos que devemos levar em conta sempre que estivermos nos comunicando com alguém:
1) Os componentes verbais e não-verbais da comunicação podem estar em acordo ou desacordo;
2) É possível discernir quais componentes da mensagem um indivíduo decide conscientemente exteriorizar e quais deles o indivíduo decide consciente ou inconscientemente ocultar;
3) A percepção e a reação que o receptor tem de todos os componentes da mensagem pode ocorrer de forma consciente ou inconsciente.
4) Quando há acordo entre os componentes verbais e não-verbais de uma mensagem, fica confirmada a crença do emissor na verdade que está exteriorizando. Quando há discordância entre os elementos verbais e não-verbais de uma mensagem, fica revelada a oposição reprimida do emissor à ideia que está sendo exteriorizada.
Considere essas quatro regras básicas da gramática da comunicação quando estiver falando aos seus alunos. Preste atenção nos seus gestos, na postura do corpo, na entonação da voz e demais sinais não-verbais que está emitindo. E se eles estão em acordo ou desacordo com os conceitos e valores que pretende ensinar.
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