quinta-feira, 29 de novembro de 2012
Grump e a reforma ortográfica
O cartunista Orlandeli disponbiblizou em seu blog um pequeno e-book com quadrinhos, com seu personagem Grump, sobre a reforma ortográfica. São tiras bem humoradas sobre o tema.
Fonte: http://blog.midiaseducacao.com/2012/11/grump-e-reforma-ortografica.html
segunda-feira, 26 de novembro de 2012
A AULA COMO ACONTECIMENTO - livro
Remetendo à aprendizagem e ao processo de ensino, circunscrevo aquela ao ambiente escolar, independentemente do nível de ensino: por isso os exemplos e os comentários percorrem diferentes momentos da escolarização, sem qualquer preocupação em definir de antemão uma seriação dos problemas a serem enfrentados pelo aprendiz e pelo professor. Uma reflexão útil num momento de escolarização não deixa de ser útil em outras circunstâncias. De fato, não acredito que em termos de linguagem um caminho único possa ser defendido, porque na língua tudo é complexo: aprende-se a língua num processo de vai e vem contínuo; as reflexões podem ser mais ou menos aprofundadas, dependendo crucialmente dos objetivos mais imediatos da construção de compreensões ou da elaboração de textos dentro das suas condições discursivas de produção.
Na produção de todos estes textos
sempre tive um interlocutor privilegiado: o professor. Aliás, quase
todos eles resultam de encontro com professores, cujas
contribuições, com perguntas, críticas e comentários foram retomadas
em textos posteriores: alguns dos temas ou focos mais precisos são
palavras alheias tornadas próprias pelo esquecimento da origem.
Como salientam vários textos de Bakhtin, em termos de linguagem não
há palavra própria, porque todas as palavras são patrimônio comum,
cada uma delas sobrecarregada de vozes e sentidos. Mas é com elas
que construímos compreensões,rearranjando os já ditos para fazer
surgir o novo: em linguagem, a repetição é já outro enunciado. Que
o diga, por exemplo, o Dom Quixote de Pierre Menard (Borges):
repetindo Cervantes, não diz o mesmo que Cervantes disse.
Os principais pontos de
partida que orientam os textos e que podem constituir o quadro de
pressupostos assumidos previamente, nem sempre explicitados, podem
ser enumerados em enunciados simples:
1. A linguagem é uma
atividade, e as línguas, produtos desta atividade, não são sistemas
fechados e acabados. Porque usadas, as línguas estão sempre em
construção.
2. A escola é um lugar de
aprendizagem e o ensino a ela se subordina, por isso este não pode
definir suas seqüências, fixar um currículo (um caminho) e determinar
desde sua organização o que e o quando algo deve ser aprendido. Quem
está aprendendo é um sujeito falante, produtor de compreensões, com
ritmos, interesses e história.
3. A linguagem não se presta
apenas à comunicação. É nas interações com os outros que ela se
materializa, não só a si mesma, mas também aos sujeitos que por ela se
constituem, internalizando formas de compreensão do mundo,
construindo sistemas ântropo-culturais de referência e fazendo
com que sejamos o que somos: sujeitos sociais, ideológicos,
históricos, em processo de constituição contínua.
Tentando radicalizar estes três
pressupostos (ou princípios), os textos refletem minhas posições a
propósito das relações de poder que se desvelam na sociedade quer pela
discriminação lingüística, quer pela imposição de normas, cujos
sentidos vão muito além das necessárias fixações provisórias das
formas. A introdução do conceito de erro ou a defesa de um purismo
lingüístico, que às vezes beira ao ridículo, não são inocentes. Revelam
outras relações sociais.
A defesa intransigente do direito à
expressão não significa assumir um papel de testemunha desta expressão.
Defendo que o professor, como um outro do aluno, torne-se deste um
co-enunciador, um co-autor de textos, aumentando a experiência
lingüística do aluno pelo convívio com a experiência do professor e dos
autores trazidos à roda de conversa que é cada aula de língua materna.
Por fim, é preciso acrescentar
que este livro tem como seus antecedentes O Texto na Sala de
Aula (Editora Ática), Portos de Passagem (Editora Martins Fontes)
e Linguagem e Ensino (Editora Mercado de Letras), dos quais é uma
continuidade, com retomadas que pretendem aprofundar questões já
tratadas ou enfrentar questões não focadas nos livros anteriores.
Como cada um dos textos foi escrito de forma independente,
algumas repetições permaneceram para dar unidade e completude à
argumentação.
Informações Adicionais
Autor | João Wanderley Geraldi |
Ano de Publicação | 2010 |
Páginas | 208 |
Tamanho | 16x23 |
ISBN | 978-85-7993-021-8 |
Fonte: http://www.pedroejoaoeditores.com.br/estudos-da-linguagem/a-aula-como-acontecimento.html
PARA UMA FILOSOFIA DO ATO RESPONSÁVEL - livro
Um termo chave em todo trabalho de Bakhtin é edinstvennji, singular, irrepetível, excepcional, incomparável, sui generis.
Diferentemente
da direção tomada pela modernidade, que construiu um indivíduo egoísta,
a construção da unicidade singular em Bakhtin exige a alteridade e o
compromisso com o outro; uma singularidade em ligação com a vida do
universo inteiro, que inclui na sua finitude o sentido do infinito.
É
possível conhecer o singular? Que compromissos é possível assumir desde o
lugar único que cada ser ocupa? Estas questões são centrais neste
trabalho, e tocam diretamente a vida de cada um, afirmando a diferença
singular, e um compromisso ético sem-álibi algum.
Quando
Para uma filosofia do ato responsável, escrito no início da década de
1920, veio a público pela primeira vez, em 1986, causou certa
perplexidade entre os leitores de Bakhtin: a linguagem ocupava lugar
pequeno no texto, a grande metáfora do diálogo não era mencionada, não
havia igualmente qualquer referência ao riso e à cultura carnavalesca e o
único exemplo do texto era um poema lírico que, segundo o entendimento
de alguns, era um gênero desprezado por Bakhtin.
Aparentemente,
era um outro Bakhtin o autor do texto. Era um filósofo que se mostrava;
e não o crítico da literatura e da cultura, o estudioso de Dostoiévski e
Rabelais ou o teórico do romance com quem seus leitores estavam
acostumados.
O
avançar das leituras e releituras e o trabalho de vários autores
mostraram os vínculos estreitos de Por uma Filosofia do Ato Responsável
com os outros textos de Bakhtin. Houve, sem dúvida, desdobramentos e
refinamentos do conceitual bakhtiniano ao longo das cinco décadas de sua
produção. Por uma Filosofia do ato responsável contém (em gérmen, é
verdade, considerando seu caráter de rascunho fragmentário) as
coordenadas que sustentarão boa parte do edifício posterior: a
eventicidade (o irrepetível), o sempre inconcluso (o que está sempre por
ser alcançado), o antirracionalismo (o antissistêmico), o agir (o
interagir) e, acima de tudo, o axiológico (o vínculo valorativo).
Autor | Mikhail Bakhtin |
Ano de Publicação | 2010 |
Páginas | 160 |
Tamanho | 12x21 |
ISBN | 978-85-79930-09-6 |
Fonte: http://www.pedroejoaoeditores.com.br/estudos-da-linguagem/para-uma-filosofia-do-ato-responsavel.html
segunda-feira, 19 de novembro de 2012
Sugestões de estudos úteis à leitura de “Para uma filosofia do ato”
Clique sobre os atalhos para ver o texto:
Fonte: http://netlli.wordpress.com/2011/09/30/sugestoes-de-estudos-uteis-a-leitura-de-para-uma-filosofia-do-ato/
O que define um bom currículo?
"Olhar o currículo é mergulhar no próprio sistema da educação, que é um sistema complexo. Envolve pai, aluno, envolve responsabilidade social, todos os aspectos que dizem respeito à própria vida da escola", afirma Katia Smole, Coordenadora Geral do Mathema, no vida acima, em que ela faz uma conferência sobre a temática do currículo. Ela esclarece a complexidade da questão, observando as dimensões explícitas e implícitas do currículo. Como estão as mídias são tratadas no currículo de sua escola, professor?
Fonte: http://blog.midiaseducacao.com/2012/11/o-que-define-um-bom-curriculo.html
Paulo Freire: Pedagogia da Esperança
O vídeo acima, realizado por estudantes da Universidad Nacional da Colômbia, procura apresentar as ideias principais do livro Pedagogia da Esperança, de Paulo Freire.
Fonte: http://blog.midiaseducacao.com/2012/11/paulo-freire-pedagogia-da-esperanca.html
sexta-feira, 9 de novembro de 2012
58º FEIRA DO LIVRO PORTO ALEGRE
Ao chegar à 58ª edição, a Feira do Livro de Porto Alegre ocupa novamente a Praça da Alfândega e o Cais do Porto (Área Infantil e Juvenil), com a expectativa de receber mais de 1,7 milhão de visitantes.
"espaço reservado na agenda dos gaúchos a cada primavera"
Ao longo dos 17 dias de evento, o público pode participar das diversas atividades oferecidas para todas as faixas etárias. São centenas de sessões de autógrafos e de programações culturais, tendo como norte o livro, a leitura e a literatura. No decorrer da Feira, ocorrem debates, mesas-redondas, seminários, encontros com autores, oficinas, leituras, contações de histórias e programações artísticas inteiramente gratuitas em um ambiente democrático, participativo e inclusivo.
Dando continuidade à novidade apresentada em 2011, nesta edição os dias temáticos estão divididos da seguinte forma: Bibliotecas (26/10), Jorge Amado (27/10), Bem Viver (28/10), Cuba (29/10), Viagem (30/10), Poesia (31/10), Imagem e Literatura (1º/11), América Latina (2/11), HQ (3/11), Literatura Fantástica (4/11), Rio Grande do Sul (5/11), História (6/11), Humor (7/11), Música (8/11), Cultura Popular (9/11), Novos Leitores (10/11) e Consciência Planetária (11/11). Diariamente, está prevista pelo menos uma atividade temática na programação.
HISTÓRICO
Foi sob o slogan “Se o povo não vem à livraria, vamos levar a livraria ao povo” que nasceu a Feira do Livro de Porto Alegre, em 1955. A partir do esforço de um grupo de livreiros, mobilizados pelo jornalista Say Marques, que havia visitado uma feira semelhante na Cinelândia, no Rio de Janeiro, 14 barracas foram instaladas na então denominada Praça Senador Florêncio, hoje Praça da Alfândega. Foi a primeira vez que os livros ocuparam o espaço embaixo dos jacarandás floridos, no coração da capital gaúcha.
A ideia de vender livros ao ar livre era justamente para quebrar o tabu de que a livraria era um lugar de elite. Os livreiros queriam popularizar o livro e incentivar a leitura, e, aos poucos, o objetivo foi alcançado. Logo na segunda edição, em 1956, surgiram as sessões de autógrafos. A iniciativa que começou de maneira informal, para aproximar escritores e leitores, se transformou em uma das principais atrações.
No decorrer dos anos, muitas tradições se mantiveram, outras se renovaram, a Feira ampliou os seus limites, consolidou a sua programação cultural e modernizou-se. Hoje, é reconhecida nacional e internacionalmente como o maior evento do gênero a céu aberto nas Américas.
Em 2006, a Feira do Livro recebeu a Medalha da Ordem do Mérito Cultural, concedida pela Presidência da República.
Em 2010, foi registrada como patrimônio imaterial da cidade de Porto Alegre pela Secretaria Municipal de Cultura.
Programação deSTA sexta-feira:
MESAS-REDONDAS E
AS PALAVRAS NOS RITMOS DA PERIFERIA: O RAP, O FUNK E O PAGODE.
Oficina aberta de inserção rítmica em frases, poem(...)DEBATES
A LITERATURA E A PERIFERIA
Paulo Lins conversa com o público na Feira do Livr(...)HORA DO EDUCADOR
AGENDAMENTO ESCOLAR
O AUTOR NO PALCO.
Encontro de escritores e ilustradores com alunos d(...)OFICINA LITERATURA DE CORDEL NA SALA
DE AULA. Oficina de Literatura de cordel na sala de aula, c(...)
Sala de Vídeo (14h)
quarta-feira, 7 de novembro de 2012
Concurso Cultural Educonex@o 2012
O concurso cultural Concurso Cultural Educonex@o 2012 – Participação Social teve sua inscrição prorrogada até o próximo dia 19. Clique na imagem para ir ao site com mais informações.
O Concurso Cultural Educonex@o 2012 – Participação Social convida grupos de alunos e seus professores a produzirem vídeos, de curtíssima duração, tendo como foco a participação do jovem na sociedade.
A ideia é que cada grupo desenvolva uma produção de audiovisual a partir do vídeo introdutório, disponível no site. Os vídeos enviados deverão estar relacionados com o tema.
A participação é gratuita, aberta a jovens estudantes com idades entre 14 e 19 anos, vinculados às instituições de ensino (escolas públicas ou privadas, ONGs, fundações, institutos). Devem ainda estar matriculados em escolas publicas ou privadas, no ano escolar de 2012. Cada grupo deve integrar até cinco alunos e um professor responsável.
segunda-feira, 5 de novembro de 2012
Palestra de António Nóvoa
Falando no SINPRO-SP, este sindicato está disponibilizando, como publicação digital, a palestra do educador português António Nóvoa, “Desafios do trabalho do professor no mundo contemporâneo”, ministrada em São Paulo, em 2006.
Durante sua fala, Nóvoa aponta para vários questionamentos importantes com respeito à educação, como, por exemplo, sobre o papel escola, defendendo que ela se concentre na aprendizagem.
Há
hoje [na escola] um excesso de missões. A sociedade foi lançando para
dentro da escola muitas tarefas – que foram aos poucos apropriadas pelos
professores com grande generosidade, com grande voluntarismo –, o que
tem levado em muitos casos a um excesso de dispersão, à dificuldade de
definir prioridades, como se tudo fosse importante. Muitas das nossas
escolas são instituições distraídas, dispersivas, incapazes de um foco,
de definir estratégias claras. E quando se enuncia cada uma dessas
missões ninguém ousa dizer que não são importantes. Mas a pergunta que
se deve fazer é: a escola pode fazer tudo? É preciso combater esse
‘transbordamento’. Tudo é importante, desde que não se esqueça que a
prioridade primeira dos docentes é a aprendizagem dos alunos. [...] É preciso insistir na idéia de centrar o foco na aprendizagem e que essa aprendizagem implica em alunos e conhecimentos. Ela não se faz sem pessoas e uma referência às suas subjetividades, sem referências aos seus contextos sociais, suas sociabilidades. Mas ela também não se faz sem conhecimentos e sem a aprendizagem desses conhecimentos, sem o domínio das ferramentas do saber que são essenciais para as sociedades do século XXI, que todos querem ver definidas como sociedades do conhecimento. [...] A escola centrada na aprendizagem tem que saber fazer, inevitavelmente, três coisas, entre muitas outras. A primeira foi o grande debate francês dos últimos dois anos, baseado na ideia de um patamar comum de conhecimentos. [...] Falar de um patamar comum de conhecimentos é também falar de um compromisso ético dos professores, compromisso ético com esse sucesso. E os professores muitas vezes, infelizmente, não tiveram esse compromisso ético. Ainda hoje em Portugal, a profissão de professor muitas vezes reconhece como os melhores aqueles que reprovam mais alunos. Cabe falar também da importância dos resultados escolares. Não há patamar comum de conhecimento se não houver a avaliação dos resultados escolares. Uma escola centrada na aprendizagem é aquela que o professor dá a melhor atenção aos resultados escolares dos alunos.” |
Fonte: http://blog.midiaseducacao.com/2012/11/palestra-de-antonio-novoa.html |
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