quinta-feira, 27 de junho de 2013

Leve os infográficos para dentro da sala de aula


Leve os infográficos para dentro da sala de aula

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Vícios de Linguagem na apresentação do seu trabalho

Por Patricia Rodrigues

Na apresentação do seu trabalho, tome cuidado com os vícios de linguagem mais comuns, que prejudicam a mensagem e demonstram pouco conhecimento da língua materna. 

Os vícios de linguagem são palavras ou frases escritas de forma contrária à norma culta da língua portuguesa provocadas por descuido, desconhecimento ou descaso por parte de quem fala. O "erro" torna-se "vício" a partir do momento que é frequente ou comum na expressão de uma ou mais pessoas.

Pleonasmo/redundância

É um vício de linguagem usado para dar ênfase em um texto, ou seja, trata-se da repetição inútil e desnecessária de algum termo ou ideia na frase. Por exemplo: Estou organizando uma torcida organizada. Subir pra cima. Descer pra baixo. Anexar tudo junto. Há dez anos atrás. Novidade inédita.

Cacófatos

São expressões com som desagradável provocado pela combinação de duas palavras e que soa estranha; é a associação das palavras dá ideia de um sentido diferente, em geral ridícula e, algumas vezes, indecorosa: uma mão (um mamão), boca dela (cadela) etc.

Para se evitar cacófatos, substitua a palavra por um sinônimo ou mude a estrutura da frase.

Gerundismo

O gerundismo é uma locução verbal na qual o verbo principal apresenta-se no gerúndio. No português brasileiro, a sua utilização é recente, sendo considerado por muitos como vício de linguagem.


O gerúndio não é ruim, ele pode ser usado para expressar uma ideia, uma ação em curso, que ocorre no momento de outra. É corretamente usado quando se pretende exprimir uma ação, um determinado processo que terá certa duração ou estará em curso.


A expressão vou estar reservando dá ideia de um futuro em andamento, no lugar de vou reservar, ou ainda, reservarei, que narra algo que vai ocorrer a partir do momento da fala. Porém, usado erradamente eles deixam as frases longas e enfraquecem o texto. 

segunda-feira, 24 de junho de 2013

A imagem do professor na mídia e a carreira docente

Por Richard Romancini

Há algumas semanas, a imprensa divulgou resultados de uma pesquisa mostrando o baixo interesse de estudantes de licenciaturas da USP pelo magistério. Esta investigação é antecedida por outros estudos que enfocam temática similar, como o trabalho de Paula Louzano et al. (Quem quer ser professor? Atratividade, seleção e formação docente no BrasilEstudos em avaliação educacional, n. 47, p. 543-568, 2010) e o de Bernadete Gatti e colaboradoras (A atratividade da carreira docente no Brasil. Estudos e pesquisas educacionais, n. 1, p. 139-209, maio 2010).
 
Em paralelo, alguns estudos sobre a imagem do professor na mídia têm sido realizados, como os do livro organizado por Adilson Citelli (Educomunicação: Imagens do professor na mídia. São Paulo: Paulinas, 2012).
 
Existem intersecções entre os temas “imagem do professor na mídia” e “atratividade da docência” que vale a pena explorar, notando, ainda, que a principal justificativa dos estudos sobre o último ponto está relacionada à importância dos professores na qualidade da educação. Exemplo muito citado é o da Finlândia, país no topo das avaliações do PISA desde 2000 e cuja seleção de docentes é feita dentre os 10% de alunos com desempenho mais elevado nas universidades.
 
A situação brasileira, conforme mostram as pesquisas, é diversa. Fenômeno notável é a escassez de professores, particularmente no ensino médio e das áreas de exatas. Os dados sobre a formação dos professores mostram avanços, como o aumento do índice de professores de ensino fundamental com diploma de ensino superior (20% em 1991, e 60% em 2006), que não se traduziram, porém, em melhor aproveitamento escolar dos alunos. Há uma tendência de mudança no perfil dos estudantes das licenciaturas, com mais alunos oriundos de famílias das classes populares, com formação em escolas públicas, até a graduação, e instituições privadas neste nível.
 
Um aspecto constatado sobre a percepção dos estudantes – e provavelmente da sociedade como um todo – é que a docência possui uma remuneração baixa, com condições de trabalho ruins e com reconhecimento social menor do que sua importância.
Os sinais de “crise” da profissão docente ultrapassam as fronteiras brasileiras, o que, se não atenua os problemas locais, ao menos indica que há fatores relacionados com mudanças estruturais num âmbito global que a afetam. Um exemplo dessa situação é que, nos Estados Unidos, 30% dos novos docentes desistem da profissão, após três anos, e estes são justamente os que tiveram melhor desempenho acadêmico prévio.
 
Do ponto vista social e também das subjetividades individuais, o modo como a mídia apresenta uma profissão influencia a percepção sobre esta. Assim, pode ser considerado um dos aspectos que afetam as representações sociais que incidem sobre a atratividade maior ou menos de uma carreira e a escolha de certo projeto profissional. 
Representações do professor
 
A discussão teórica feita por Adilson Citelli, na introdução do livro mencionado, esclarece que as formações discursivas produzidas pelos meios de comunicação evidenciam determinadas imagens que orientam processos de representação. As representações, por sua vez, envolvem as relações entre os planos da significação, da realidade e as imagens decorrentes; possuem vínculos com a realidade, porém, correspondem a um nível de construção e não de reprodução estrita do mundo. Esse aspecto é submetido a estratégias de disfarce, no discurso midiático.
 
"A professora" - obra do artista J. Borges,  xilogravurista e cordelista brasileiro.
 
O autor avança, notando que duas grandes categorias narrativas tendem a representar a figura do professor: uma representação comprovadora e outra de predicação. A primeira é composta, tanto por registros e discursos negativos (falta de preparo dos professores, violência escolar, greves, etc.), quanto pela menção a experiências de sucesso. No âmbito do jornalismo essas representações têm em comum o fato de relegarem a educação e o professor às editorias de polícia ou economia. Na representação predicativa, o discurso não apenas indica sucessos e fracassos, mas também encaminha alternativas. Estas são observadas, nos estudos de caso do trabalho, principalmente a partir dos tecnocratas e administradores, sendo o professor, bem como suas entidades e órgãos de classe, uma exceção dentre os produtores desse tipo de discurso/representação. 
 
Observa-se, quanto à representação comprovadora, um cruzamento entre o campo midiático e os efeitos da imagem do professor nas falas de alunos do ensino médio pesquisados sobre a profissão docente. Assim como os meios de comunicação tendem a ressaltar a importância da educação, mas dão à mesma um tratamento aligeirado, os estudantes são quase unânimes em falar da relevância dos professores, porém, enxergam a docência, na maioria das vezes, como uma profissão indesejada. Aqui, transparece a contradição existente na imagem que a sociedade brasileira constrói sobre a profissão docente: “ao mesmo tempo em que ela é louvável, o professor é desvalorizado, social e profissionalmente, e, muitas vezes, culpabilizado pelo fracasso do sistema escolar”, conforme observam Gatti e colaboradoras. 
 
Não por acaso, essas autoras destacam, entre o conjunto de proposições derivadas de sua pesquisa quanto à atratividade da carreira docente, a “necessidade de intervenções midiáticas e outros movimentos que resgatem no imaginário social a valorização do professor e do ensino público”.
 
O tipo de “intervenção midiática” fica em aberto, no entanto, é certo que os dados das pesquisas apontam para a urgência de imaginar positivamente – no plano das práticas e representações – os professores. Buscar outras vozes para elaborar uma nova representação social da identidade e imagem dos professores, incluindo a dos docentes – pouco ouvidas e divulgadas pelos meios, como mostra o trabalho de Citelli – também será tarefa importante. A própria mídia poderá ser enriquecida nesse processo.
 
P.S.: alguns dias após a conclusão deste texto, vi em minha linha de postagens do Facebook uma imagem incomum sobre a profissão docente (compatirlhada acima). Trata-se de uma xilogravura do artista e cordelista J. Borges. No trabalho, uma professora de olhar sério e singelo está rodeada de alunos e prováveis pais dos estudantes; à sua esquerda, há um quadro no qual está escrito: “A educação é a base de tudo”. Aparentemente, os jovens e a sociedade brasileira sabem disso, mas precisamos tirar implicações dessa compreensão.

sexta-feira, 21 de junho de 2013

8 ferramentas para detectar plágio em trabalhos acadêmicos

Para ajudar você a detectar o plágio e dar notas justas, separamos as plataformas especializadas nesse tipo de ação. Confira dicas e estratégias que evitam e identificam cópias.

imagen-relacionada
Crédito: Shutterstock.com
Sites e softwares ajudam a identificar cópias e outras fraudes em trabalhos acadêmicos
 O comércio de trabalhos acadêmicos não é novidade. Há mais de uma década surgem sites que oferecem, gratuitamente ou não, artigos e trabalhos prontos para que alunos não tenham o esforço de fazer suas própriasmonografias e outras tarefas. Os professores, porém, não ficam rendidos a esse tipo de ação e também têm a sua disposição sites e softwares que identificam cópias e outrasfraudes em trabalhos acadêmicos .


Para ajudar você a detectar o plágio e dar notas justas, separamos as plataformas especializadas nesse tipo de ação. Além disso, você também pode conferir as dicas de educadores para desenvolver trabalhos que evitam cópias. Confira a seguir. 



Estratégias de prevenção
  
Antes de utilizar programas que identificam as cópias, você pode empregar estratégias de trabalho que combatem esse ato. Um exemplo é a abordagem utilizada pelos professores do Colégio Singular, da unidade Santo André. A instituição só passou pela experiência do plágio uma vez. A diretora Maria Eunice Cardoso, conta que o trabalho plagiado foi feito por um aluno do curso técnico de informática que copiou o artigo de um professor da banca avaliadora.

Cardoso explica que a escola adota medidas preventivas para evitar essa situação. "Já que nem sempre é possível verificar (as cópias), nunca se pede o trabalho puro e simples. A escola oferece orientação, dizendo quais são as regras e consequências. Além de pedir uma parte descritiva no trabalho, que poderia ter cópia, é necessário que haja exposição, com opiniões e argumentos. Os trabalhos são interpretativos, não pedem apenas a informação".

Explicar para os alunos as consequências e características do plágio é muito importante . O fácil acesso aos trabalhos prontos faz com que o erro seja banalizado e o esforço pela nota seja desfavorecido. Se perceber que seus alunos estão com dificuldades de interpretação, falta de tempo por conta de um emprego ou qualquer outra circunstância que possa abrir margem para a cópia, opte pelo diálogo de prevenção e conscientização.

Detectores de plágio: 

Ferramentas que detectam plágio: 1 - Turnitin 
O site Turnitin oferece o programa de identificação de plágio em mais de 12 idiomas, inclusive o português e é usado por mais de 1 milhão de professores em todo mundo.

Ferramentas que detectam plágio: 2 - iThenticate
O site iThenticate é um dos mais populares para detectar e previnir plágios profissionais.

Ferramentas que detectam plágio: 3 - Plagiarism detect
Site Plagiarism detect que detecta plágio gratuitamente.

Ferramentas que detectam plágio: 4 - Plagius
O software Plagius consegue detectar cópias em arquivos de diversos formatos como Word, Pdf, OpenOffice, HTML e texto simples.

Ferramentas que detectam plágio: 5 - Ephorus
O software Ephorus pode ser usado temporariamente sem cobranças.

Ferramentas que detectam plágio: 6 - Farejador de Plágio
Site Farejador de Plágio em português que garante detectar cópias em trabalhos.

Ferramentas que detectam plágio: 7 - JPlag
O programa JPlag não rastreia conteúdos online, mas procura similaridades entre os trabalhos dos estudantes.

Ferramentas que detectam plágio: 8 - DOC Cop
Outra ferramenta que também detecta a cópia é o DOC Cop.

E você, como faz para evitar o plágio em trabalhos? Compartilhe suas estratégias, opiniões e ajude outros professores a evitar essas fraudes em sala de aulaDeixe sua mensagem no campo Comentários. 

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Sobre la educación en un mundo líquido - Zygmunt Bauman- livro



Nacido en Poznan (Polonia) en 1925, Zygmunt Bauman tuvo que huir con su familia a la Unión Soviética cuando Polonia fue invadida en 1939 por los nazis. Participó en la Segunda Guerra Mundial como artillero y tomó parte en la batalla de Berlín en 1945. En 1954 comenzó su carrera académica en la Universidad de Varsovia. Purgado y desposeído de su nacionalidad en 1968, abandona Polonia. Tras enseñar en la Universidad de Tel Aviv en 1971 obtuvo una cátedra en Leeds. Desde entonces abandona el polaco y adopta el inglés como lengua escrita. 

Sobre la educación en un mundo líquido es el segundo libro de conversaciones publicado por Bauman. El primero fue un brillante y profundo diálogo con Keith Tester, catedrático de Teoría Social en la Universidad de Portsmouth (Polity Press, 2001). En esta ocasión es Ricardo Mazzeo, también dedicado a la docencia, la contraparte de esta serie de veinte entrevistas. Dichas conversaciones comenzaron con ocasión de la invitación recibida por Bauman para inaugurar un congreso celebrado en Rímini en 2009 bajo el título La calidad inclusiva de la escuela y finalizaron durante las conferencias que pronunció en Módena en septiembre de 2011. 

El marco temporal que circunscribe este conjunto de textos está marcado por el estallido de la burbuja económica y sus consecuencias. Miles y miles de jóvenes compartían, antes de la debacle, la creencia de que en lo alto de la pirámide social existía un hueco para ellos. Se creía que bastaba un título universitario para entrar en un sistema que prometía la felicidad a través del consumo. 

Desde los años 50 las expectativas sociales iban siempre al alza. En los tiempos malos que abuelos o padres debieron atravesar existían dificultades, pero a pesar de todo siempre se veía la luz al final del túnel. Para la generación de jóvenes que desde 2008 debe enfrentarse a la crisis, la luz está envuelta en tinieblas, no se vislumbra con claridad la salida.Educados en la idea de que podrían superar a sus padres por muy lejos que éstos hubieran llegado, la realidad les ha caído encima y deben enfrentarse a un mundo duro e inhóspito. Por otro lado, no han sido preparados para una economía de trabajos volátiles en el que el desempleo sobrevuela sus vidas. 

Los últimos treinta años registran una expansión gigantesca de la educación superior, un imparable crecimiento en el número de estudiantes y profesores. El título universitario era una promesa de trabajos atractivos. Sin embargo, la crisis y los recortes en los presupuesto educativos coinciden con un aumento tremendo de las matrículas universitarias, especialmente notorio en los estudios de postgrado. La promoción social a través de la educación, en opinión de Bauman, se ha quebrado. Los graduados tienen empleos muy por debajo de las expectativas generadas por sus títulos o, incluso, no tienen trabajo y continúan viviendo a la sombra de sus familias. Los afortunados que consiguen trabajar se ven envueltos en relaciones tensas o conflictivas con los jefes, los compañeros de trabajo o los clientes. 

En este penoso horizonte las nuevas tecnologías desempeñan un papel lleno de ambivalencia. Los ordenadores, las tabletas o los teléfonos inteligentes se introducen en casa, en los fines de semana o en las minivacaciones. Informan y nos conectan con los amigos o los seres queridos pero a la vez impiden la separación de la oficina, del trabajo o del jefe. Apenas queda excusa para no trabajar en sábado o domingo si hace falta completar un informe inacabado o el proyecto que debe entregarse el lunes. Con todo, el problema de fondo de la “crisis de la educación” no es instrumental. No se trata sólo de si la Universidad prepara mejor o peor para el futuro laboral de sus estudiantes. El desafío central para Bauman reside en que la esencia de la idea de educación, tal como estaba concebida a lo largo de la modernidad, se ha venido abajo. Se han puesto en tela de juicio los elementos constitutivos de la pedagogía tradicional. 

La naturaleza cambiante y sujeta a mutaciones imprevisibles, de la sociedad actual descoloca los viejos principios del aprendizaje. Principios que fueron concebidos para un mundo perdurable en el que la memoria era un activo positivo. Ya en el siglo XXI la memoria es vista como algo inútil, potencialmente incapacitante o, incluso, engañosa. El “mundo líquido” que presenta Bauman se caracteriza por su volatilidad, por el cambio instantáneo. En un mundo desregularizado e imprevisible los objetivos de la educación ortodoxa tienen un encaje lleno de dificultades. Los hábitos consagrados, las costumbres arraigadas, los marcos cognitivos sólidos o el elogio de valores estables, se convierten en impedimentos. El mercado del conocimiento ya no pide lealtad a largo plazo, vínculos duraderos o compromisos irrompibles. En el mercado abierto y desregulado puede ocurrir cualquier cosa y el éxito puede ser una derivada que nada tenga que ver con el esfuerzo educativo y que quizá no vuelva a repetirse. Grandes estrellas del firmamento mediático como Steve Jobs, Jack Dorsey, el inventor de Twitter, o Damien Hirst, ídolo del BritArt, han pasado por la experiencia del abandono escolar. 

En la sociedad de la información, el conocimiento se presenta en forma de cascada de datos e informaciones que con demasiada frecuencia son fragmentarios e inconexos. Cuando la cantidad de información tiende a aumentar y se distribuye a una velocidad cada vez mayor, la creación de secuencias narrativas se vuelve, como afirma Bauman, cada vez más difícil. La “cultura líquida moderna” ya no es una cultura de aprendizaje, es, sobre todo, una “cultura del desapego, de la discontinuidad y del olvido”. 

Sobre la educación en un mundo líquido es un brillante texto que encaja en lo que a lo largo de la última década Bauman ha definido como el tránsito a la postmodernidad, un tiempo en el que las personas han dejado de creer en las grandes promesas hechas por las modernas ideologías. Vivimos una “modernidad líquida”, entendida ésta como una “sociedad de consumidores individualizada y sin regulaciones”. Una sociedad en la que, pese a los muchos motivos de preocupación, no cabe caer para Bauman en la desesperación. Como en toda conversación el diálogo abandona y vuelve al hilo conductor. De ahí que el turno de palabras entre Bauman y Mazzeo se deslice hacia hechos que por su relevancia marcan el tiempo de la actualidad. La Primavera árabe o los movimientos que han florecido espontáneos al calor del descontento social y de Internet estos últimos años son pespuntes que dan color e interés a un texto que el lector quisiera con más páginas. 


quarta-feira, 19 de junho de 2013

Um pouco da Unicamp para você

Quer assistir vídeos, buscar imagens ou selecionar animações de temas como Pedagogia, História, Matemática, Língua Portuguesa e Educação Física? A Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) oferece vários arquivos para download no portal E-Unicamp (http://www.ggte.unicamp.br/e-unicamp/public/).

Há, por exemplo, um vídeo sobre o internetês (http://cameraweb.ccuec.unicamp.br/video/YKGSRORRDWSO/), a linguagem que se prolifera na rede mundial de computadores. Nele, você pode conhecer mais sobre as grafias das palavras e o uso de emoticons, por exemplo. Uma animação mostra a simetria nas asas das borboletas. E imagens retratam partes do corpo humano, o mapa da cultura popular no Brasil, a divisão étnica na África e muito mais. 



Os materiais são criados pelos professores da universidade e são de acesso livre. Você pode usá-los para incrementar as suas aulas ou para estudar algum tema. Passe por lá. 



quinta-feira, 13 de junho de 2013

E-books na escola pública




O Programa Clique Ligue, da TVT (emissora criada pelo Sindicato dos Metalúrgicos do ABC), promoveu um debate sobre os livros digitais no ensino público, com a participação de Roger dos Santos, gerente da empresa Aymará Educação, Tadeu Terra, diretor da Pearson Brasil e Gislene Azevedo, presidente da Abrale - Associação Brasileira dos Autores de Livros Educativos. Esta especialista observa que acreditar que substituir o livro impresso pelo livro digital irá resolver os problemas da educação brasileira é enganoso. Não basta dar o material digital, diz ela, é preciso usá-lo em propostas pedagógicas consistentes, bem como preparar o professor e os próprios alunos para o uso dos novos suportes. O programa mostra outras discussões importantes, por exemplo, quanto aos parâmetros dos atuais editais do MEC sobre os e-books, ao longo de suas três partes, acima.

http://blog.midiaseducacao.com/2013/06/e-books-na-escola-publica.html

terça-feira, 4 de junho de 2013

O brasileiro não lê

A história de uma frase feita, e uma sugestão para quem insiste em repeti-la

Por DANILO VENTICINQUE
Danilo Venticinque é editor de livros de ÉPOCA. Conta com a revolução dos e-books para economizar espaço na estante e colocar as leituras em dia. Escreve às terças-feiras sobre os poucos lançamentos que consegue ler, entre os muitos que compra por impulso (Foto: Sidinei Lopes/ÉPOCA)
O brasileiro não lê. Ao menos é isso que eu tenho escutado. Por obrigação profissional e por obsessão nas horas vagas, costumo conversar muito sobre livros. Com uma frequência incômoda, não importa qual é a formação de quem fala comigo, essa frase se repete. Amigos, taxistas, colegas jornalistas, escritores e até executivos de editoras já me disseram que o brasileiro não lê.
Quando temos dificuldade para entender uma frase, uma boa técnica de aprendizado é repeti-la várias vezes. Um dos meus primeiros professores de inglês me ensinou isso. Nunca pensei que fosse usar esse truque com uma frase em português. Mas, depois de ouvir tantas vezes que o brasileiro não lê, e de discordar tanto dos que dizem isso, resolvi tentar fazer esse exercício. Talvez enfim eu os entenda. Ou talvez eu me faça entender. 
O brasileiro não lê, mas a quantidade de livros produzidos no Brasil só cresceu nos últimos anos. Na pesquisa mais recente da Câmara Brasileira do Livro, a produção anual se aproximava dos 500 milhões de exemplares. Seriam aproximadamente 2,5 livros para cada brasileiro, se o brasileiro lesse. 
O brasileiro não lê, mas o país é o nono maior mercado editorial do mundo, com um faturamento de R$ 6,2 bilhões. Editoras estrangeiras têm desembarcado no país para investir na publicação de livros para os brasileiros que não leem. Uma das primeiras foi a gigante espanhola Planeta, em 2003. Naquela época, imagino, os brasileiros já não liam. Outras editoras vieram depois, no mesmo movimento incompreensível.  
O brasileiro não lê, mas desde 2004 o preço médio do livro caiu 40%, descontada a inflação. Entre os motivos para a queda estão o aumento nas tiragens, o lançamento de edições mais populares e a chegada dos livros a um novo público. Um mistério, já que o brasileiro não lê. 
O brasileiro não lê – e os poucos que leem, é claro, são os brasileiros ricos. Mas a coleção de livros de bolso da L&PM, conhecida por suas edições baratas de clássicos da literatura, vendeu mais de 30 milhões de exemplares desde 2002. Com seu sucesso, os livros conquistaram pontos de venda alternativos, como padarias, lojas de conveniência, farmácias e até açougues. As editoras têm feito um esforço irracional para levar seu acervo a mais brasileiros que não leem. Algumas já incluíram livros nos catálogos de venda porta-a-porta de grandes empresas de cosméticos. Não é preciso nem sair de casa para praticar o hábito de não ler.   
O brasileiro não lê, mas vez ou outra aparecem best-sellers por aqui. Esse é o nome dado aos autores cujos livros muitos brasileiros compram e, evidentemente, não leem. Uma delas, a carioca Thalita Rebouças, já vendeu mais de um milhão de exemplares. Seus textos são escritos para crianças e adolescentes – que, como todos sabemos, trocaram os livros pelos tablets e só querem saber de games. Outro exemplo é Eduardo Spohr, que se tornou um fenômeno editorial com seus romances de fantasia. Ele é o símbolo de uma geração de novos autores do gênero, que escrevem para centenas de milhares de jovens brasileiros que não leem. 
O brasileiro não lê – e, mesmo se lesse, só leria bobagens. Mas, há poucos meses, um poeta estava entre os mais vendidos do país. Em algumas livrarias, a antologia Toda poesia, de Paulo Leminski (1944-1989), chegou ao primeiro lugar. Ultrapassou a trilogia Cinquenta tons de cinza, até então a favorita dos brasileiros (e brasileiras) que não leem. 
Na semana passada, mais de 40 mil brasileiros (que não leem) eram esperados no Fórum das Letras de Ouro Preto. Eu estava lá. Nas mesas de debates, editores discutiam maneiras de tornar o livro mais barato e autores conversavam sobre a melhor forma de chamar a atenção dos leitores. Um debate inútil, já que o brasileiro não lê. A partir desta semana, entre 6 e 16 de junho, a Feira do Livro de Ribeirão Preto (SP) deve receber mais de 500 mil pessoas. Na próxima segunda-feira (10), começa a venda de ingressos para a cultuada Festa Literária Internacional de Paraty, que inspirou festivais semelhantes em várias outras cidades do país. Haja eventos literários para os brasileiros que não leem. 
Na pesquisa Retratos da Leitura, divulgada no ano passado, metade dos brasileiros com mais de 5 anos disse não ter lido nenhum livro nos últimos três meses. É compreensível, num país em que há poucas livrarias, as bibliotecas públicas estão abandonadas e 20% das pessoas entre 15 e 49 anos são analfabetas funcionais. Mas há outra metade. São 88,2 milhões de leitores. Alguns se dedicam mais à leitura; outros, provavelmente a maior parte deles, são leitores ocasionais. Há um enorme potencial para crescimento, mas já é um número animador. 
Os brasileiros começaram a ler. Falta começar a mudar o discurso. Em vez de reclamar dos brasileiros que não leem, os brasileiros que leem deveriam se esforçar para espalhar o hábito da leitura. Espalhar clichês pessimistas não vai fazer ninguém abrir um livro. 
Eu poderia ter repetido tudo isso para cada pessoa de quem ouvi a mesma frase feita. Mas resolvi escrever, porque acredito que o brasileiro lê.



sábado, 1 de junho de 2013

Retórica digital: a língua e outras linguagens na comunicação mediada por computador


"Dissertei sobre a “retórica digital” a partir da constatação de três acontecimentos que contribuíram decisivamente para seu surgimento. O primeiro capítulo aborda a natureza tecnológica da linguagem e traça o percurso histórico do homem sempre marcado pelas tecnologias por ele mesmo criadas. As convergências tecnológica, sociocultural e linguística são vistas aqui como movimentos inevitáveis às sociedades que se complexificam a cada período da civilização em razão da incansável procura do homem por sua real identidade. Finalmente, no terceiro capítulo deste trabalho, postulei que a “retórica digital” é um efeito das variações no uso da modalidade escrita da língua, quando mesclada a outras formas de linguagem, tais como imagens e sons significativos acionados simultaneamente e processados cognitivamente por sujeitos que interagem mediados por ferramentas telecomunicacionais". Antônio Carlos Xavier
Fonte: http://issuu.com/pipacomunica/docs/ebook-retorica-digital_antonio-carlos-xavier?e=3103978/2466533

Jogar estimula a criatividade e a convivência


Todo mundo, pelo menos uma vez na vida, já ficou preso em alguma etapa ou fase durante um jogo. Seja em um videogame, no campo de futebol, no tabuleiro, os desafios que o ato de jogar impõe obriga os jogadores a pensar estratégias para vencer seus adversários. “No jogo, por mais experiente que o jogador seja, há sempre uma parte imprevisível. A criatividade, nesse sentido, é a capacidade de reagir em relação ao novo com uma resposta original e inédita”, diz o pesquisador e professor Lino de Macedo, que foi um dos palestrantes da Educar Educador.

Para Macedo, é exatamente nessa busca pela criatividade que o jogo pode ser uma grande ajuda no processo de aprendizagem. “Existe o jogo com objetivo didático, que são aqueles feitos para trabalhar certo conteúdo, como tabuadas, gramática e tem o jogo que busca desenvolver o aprendizado por meio do raciocínio e da convivência”, explica. Essa convivência, segundo ele, é importante porque os jogadores sempre estão em posição de igualdade, lidando com questões éticas e democráticas, em que é preciso respeitar as regras, mas sem perder o espírito competitivo que, por sua vez, pede por uma ampliação do campo de observação. “No jogo, eu quero ganhar de você, mas tenho que prestar bastante atenção no que você faz. Preciso estar muito atento no seu esquema de jogo”.

O pesquisador destaca, ainda, outros lados positivos da inserção dos jogos no currículo da escola: não precisa necessariamente de tecnologia, já que pode ser realizado em tabuleiro, com dinâmicas de grupo ou na quadra e a possibilidade de ser trabalhado com estudantes de todas as idades. “A criança tem certas obrigações como dormir, comer, ir para a escola, ir ao banheiro. Mas como ela passa o tempo livre? Jogando”, afirma. Mais do que uma maneira de se divertir, o jogo prepara os jovens para as situações-limite que vão chegando com o passar do tempo, como o vestibular, o mercado de trabalho e todas as concorrências que estão ao redor dessas etapas.

Para que os jogos funcionem bem e tragam todos esses benefícios, um dos pontos mais importantes é a inserção do professor, que precisa ter uma experiência de jogador para conseguir conquistar o apoio dos alunos para a atividade. “Se o próprio professor não gostar do jogo, não tiver experiência, fica difícil. Como vai ensinar o gosto da leitura para os alunos se ele não desfruta dele?”, diz. Entretanto, ressalta, “na hora da partida em classe é como se ele fosse um técnico, um instrutor que ensina as estratégias e mobiliza os alunos para fazer desse ou daquele jeito”.

O olhar atento do educador durante o jogo é importante, principalmente, por dois aspectos: na hora de fazer uma curadoria de qual material é o mais interessante para ser aplicado em sala de aula e para direcionar a jogabilidade, fazendo com que aqueles alunos que não sejam tão bons, não se sintam desmotivados pelo erro, mas encontrem um incentivo para o desenvolvimento. “O erro significa que eu poderia ter feito melhor, que não antecipei uma surpresa. O erro é criativo também, a gente aprende com ele, por isso, o professor deve guiar o aluno para jogar no nível correto de sua experiência”, afirma.

Fonte: http://www.webaula.com.br/index.php/pt/acontece/noticias/2911-jogar-estimula-a-criatividade-e-a-convivencia