Por Patricia Rodrigues
Na apresentação do seu trabalho, tome cuidado com os vícios de linguagem mais comuns, que prejudicam a mensagem e demonstram pouco conhecimento da língua materna.
Os vícios de linguagem são palavras ou frases escritas de forma contrária à norma culta da língua portuguesa provocadas por descuido, desconhecimento ou descaso por parte de quem fala. O "erro" torna-se "vício" a partir do momento que é frequente ou comum na expressão de uma ou mais pessoas.
Pleonasmo/redundância
É um vício de linguagem usado para dar ênfase em um texto, ou seja, trata-se da repetição inútil e desnecessária de algum termo ou ideia na frase. Por exemplo: Estou organizando uma torcida organizada. Subir pra cima. Descer pra baixo. Anexar tudo junto. Há dez anos atrás. Novidade inédita.
Cacófatos
São expressões com som desagradável provocado pela combinação de duas palavras e que soa estranha; é a associação das palavras dá ideia de um sentido diferente, em geral ridícula e, algumas vezes, indecorosa: uma mão (um mamão), boca dela (cadela) etc.
Para se evitar cacófatos, substitua a palavra por um sinônimo ou mude a estrutura da frase.
Gerundismo
O gerundismo é uma locução verbal na qual o verbo principal apresenta-se no gerúndio. No português brasileiro, a sua utilização é recente, sendo considerado por muitos como vício de linguagem.
O gerúndio não é ruim, ele pode ser usado para expressar uma ideia, uma ação em curso, que ocorre no momento de outra. É corretamente usado quando se pretende exprimir uma ação, um determinado processo que terá certa duração ou estará em curso.
A expressão vou estar reservando dá ideia de um futuro em andamento, no lugar de vou reservar, ou ainda, reservarei, que narra algo que vai ocorrer a partir do momento da fala. Porém, usado erradamente eles deixam as frases longas e enfraquecem o texto.
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