sábado, 25 de setembro de 2010
Oficina sobre Escrita Acadêmica - UniRitter
A partir do dia 24 de setembro, com continuidade no dia 1º de outubro, das 13h30min às 17h10min, está sendo oferecida uma Oficina sobre Escrita de Trabalhos Acadêmicos, organizada pelo PPGL - UniRitter.
Os interessados devem comparecer à sala 603 - bloco D, nos horários estipulados.
Será responsável pela Oficina a Profª. Dr. Neiva Maria Tebaldi Gomes.
Endereço:
Campus Porto Alegre:
Rua Orfanotrófio, 555
Alto Teresópolis
Telefone (51) 3230-3333
quarta-feira, 22 de setembro de 2010
Seminário Internacional Linguagem, Interação e Aprendizagem - Uniritter 2010
Interfaces do conhecimento
Prof.ª Dr. Lucia Santaella (PUC/SP)
Prof.ª Dr. Kathrin Rosenfield (UFRGS)
Coordenação: Prof.ª Dr. Leny da Silva Gomes (UniRitter)
Prof. Dr. Kathrin Rosenfield (UFRGS)
Literatura: pelas lentes dos críticos e dos criadores. A propósito da teoria e da crítica literária de J. M. Coetzee
Prof. Dr. Lúcia Santaella (PUCSP)
Novas figuras da razão
Desde o século XIX, depois da invenção da fotografia, do incremento do jornal, do surgimento do cinema e da explosão da publicidade, passo a passo, a era de Gutenberg foi cedendo seu espaço exclusivo, de alta cultura e de linguagem tão perto quanto possível da pureza de meios (a escrita) para linguagens cada vez mais híbridas, de que o cinema e, então, a televisão são exemplos exemplares. Durante mais de três quartos do século XX, o texto escrito, de um lado, mantinha-se como detentor dos valores da ciência, do conhecimento e do saber enquanto, de outro lado, os meios de informação e entretenimento, marcados pela explosão do som e da imagem, tomavam crescentemente conta da paisagem cultural. Entre ambos, a arte mantinha sua soberania sobre o reino da sensibilidade. O advento da Web e da linguagem que nela circula, a hipermídia, trouxe intensas transformações nessa distribuição de papéis e funções culturais. Tudo começou a se misturar. Onde está a informação e onde está o entretenimento, quando se fala em infotenimento? Onde está o logos e onde está a sensibilidade, quando, na ciência, já se fala sobre uma virada icônica que se intensifica nitidamente com a visualização de dados e visualização científica. A nova discursividade constitutiva da visibilidade e a nova identidade lógico-numérica da imagem e também do som coloca-nos diante da emergência de novas figuras da razão, um novo paradigma de pensamento, que refaz as relações entre a ordem do discursivo (a lógica) e do visível (a forma), da inteligência e da sensibilidade.
Seminário Internacional Linguagem, Interação e Aprendizagem - Uniritter 2010
Minicurso - Pensar la transmisión
Prof. Dr. Jorge Larrosa (Universidade de Barcelona/Espanha)
JORGE LARROSA é professor de Filosofia da Educação do Departamento de Teoria e História da Educação da Universidade de Barcelona. Realizou estudos de pós-doutorado no Instituto de Educação da Universidade de Londres e no Centro Michel Foucault da Sorbonne em Paris. Foi professor convidado em várias universidades europeias e latino-americanas. Dentre as suas diversas publicações, destacam-se: La experiencia de la lectura (1996), Pedagogia profana (1998), Ensayos sobre literatura y formación (1999), Habitantes de Babel: Políticas e poéticas da diferença (2001), Maria Zambrano: l’art de les mediaciones (2002), Linguagem e educação depois de Babel (2004), Entre Pedagogia e literatura (2005), A infância vai ao cinema (2006), Miradas cinematográficas sobre la infância: Niños atravesando el paisage (2007).
"Categorías fundamentales para una teoría de la transmisión: la natalidad, la pluralidad, la brecha del tiempo, la continuidad y la discontinuidad, la herencia y el don, el tiempo de la vida y el tiempo del mundo, el vivir y el habitar, la hospitalidad. Venir al mundo. Escenas de transmisión. Escenas de filiación. Agenciamientos. Venir al lenguaje. La transmisión sin la seguridad de la tradición y sin la garantía del futuro."
1. A educação como dispositivo temporal: categorias fundamentais para uma teoria de transmissão: nascimento, pluralidade, a brecha do tempo, continuidade e descontinuidade, herança e dom, tempo de vida e o tempo do mundo, o viver e o habitar, hospitalidade.
2. Para uma Fenomenologia da transmissão: o Vir ao mundo; cenas de transmissão; cenas de filiação; agenciamento; o vir à linguagem.
3. Transmitir sem garantias: a transmissão sem a segurança da tradição e sem a garantia do futuro.
Seminário Internacional Linguagem, Interação e Aprendizagem - Uniritter 2010
Conferência de abertura
As linguagens híbridas das redes digitais: potencialidades e limites
Prof.ª Dr. Lucia Santaella (PUC/SP)
Hipermídia significa a conjunção do hipertexto com a multimídia. O hipertexto, fruto do potencial aberto pelo computador, constitui-se de um texto não-linear composto por fragmentos textuais conectados que vão associativamente compondo campos conceituais por meio de links acionados pelos usuários na medida em que seguem pistas informacionais, clicando em ícones de navegação. A multimídia, por sua vez, constitui-se da mistura de sons, ruídos, imagens de todos os tipos, fixas e animadas, e textos. Desse modo, quando conjugado à multimídia, o hipertexto vira hipermídia porque os campos conceituais que resultam dos links associativos não são exclusivamente verbais, mas podem muito bem complementar o texto com a imagem, esta com o som, aquele com o som e a imagem, enfim, um campo intersemiótico em que todas as misturas são possíveis. A hipermídia, também chamada de metamídia por Lev Manovich, é constituída por uma linguagem altamente híbrida, no sentido de que o computador munido de seus softwares representa a maior parte das outras mídias, inclusive aumentando suas capacidades originais com uma série de propriedades. Portanto, a multimídia é apenas um caso particular de hipermídia. Enquanto a primeira apenas justapõe os conteúdos típicos de mídias tradicionais, na hipermídia, a estrutura convencional da linguagem das mídias precedentes é afetada para a constituição de uma nova linguagem que abre os horizontes para novos processos criativos de pesquisa e divulgação do conhecimento, um tipo de conhecimento que amalgama ciência e arte.
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