sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011
Linguagem verbal - É aquela que utiliza palavras
Suely Amaral*
Disponivel em: http://educacao.uol.com.br/portugues/linguagem-verbal-e-aquela-que-utiliza-palavras.jhtm
O termo "verbal" tem origem no latim "verbale", proveniente de "verbu", que quer dizer palavra. Linguagem verbal é, portanto, aquela que utiliza palavras - o signo linguístico - na comunicação.
A linguagem verbal tem duas modalidades: a língua escrita e a língua oral. Linguagem oral é a que se usa quando o interlocutor está frente a frente conosco e justamente podemos falar com ele. Já a escrita, em tese, é usada quando o interlocutor está ausente. Entre a linguagem oral e a escrita há muitas diferenças, mas não uma oposição rígida.
Na linguagem oral, o ambiente é comum a ambos os falantes. Por isso, quando usam "eu", "aqui", "hoje", não precisam explicitar do que se trata. Além disso, os gestos, expressões faciais, altura do tom da voz, contribuem para a clareza da comunicação. Nesse sentido, a linguagem oral usa recursos diferentes daqueles usados na linguagem escrita.
Veja a frase "João comeu o bolo". Podemos dizê-la:
1) Colocando ênfase na palavra João, em João comeu o bolo. Então, essa frase poderia estar respondendo a uma pergunta como "Quem comeu o bolo?".
2) Falando de maneira mais forte a palavra comeu, em João comeu o bolo. Nesse caso, poderíamos estar respondendo a algo como "Que fez João?".
3) Colocando o acento na expressão o bolo, em João comeu o bolo, o que poderia ser a resposta de "O que comeu João?".
Recursos da escrita
Na linguagem escrita, precisamos explicitar quase tudo que queremos que o nosso interlocutor entenda. A frase acima precisaria vir acompanhada de uma informação a respeito do ambiente onde se encontram João e o bolo (uma festa, o trabalho, a cozinha etc..), explicitação de quem participa do diálogo, introdução de um verbo dicendi (fulano/a falou, disse, perguntou, gritou, murmurou, cochichou, berrou, por exemplo), o sinal gráfico que indica a introdução da fala de alguém: o travessão ou aspas.
Mas nem por isso a escrita é mais complexa e a fala mais simples. O grau de formalidade no uso da linguagem oral depende do ambiente em que se encontra o falante, do objetivo a atingir, de quem são os ouvintes.
Há situações que exigem falas elaboradas, isto é, com vocabulário e organização mais próxima da escrita, mas na maior parte do tempo nós usamos a chamada linguagem coloquial, a linguagem do dia-a-dia. Por outro lado, há situações em que convém o uso de uma escrita mais pessoal, como no caso de um bilhete ou em uma lista, como há ocasiões, precisamos organizar um texto formal, de acordo com a norma culta da língua.
A escrita alfabética
Em linhas gerais, o alfabeto é um sistema de sinais, as letras, que representam os sons da fala. A palavra vem do latim alphabetum, formada por duas outras palavras alpha e beta, as duas primeiras letras do alfabeto grego.
Sabe-se que o alfabeto grego veio de adaptação da escrita dos fenícios. Os estudos da escrita antiga são realizados geralmente a partir de inscrições de vasos e outros objetos, encontrados por arqueólogos. No caso da cultura grega, existem inscrições em cerâmicas no século 8 a.C.
O uso da escrita marcou a civilização moderna, principalmente a partir da invenção da imprensa, por volta de 1450, por Gutemberg, que pelo uso das letras móveis tornou possível a reprodução rápida de textos escritos, anteriormente copiados à mão. Como consequência, a civilização moderna pôde se organizar em torno da transmissão da informação pela escrita: jornais, revistas, livros...
As linguagens não verbais
Quando você vê um capítulo de novela na televisão, você ouve a fala das personagens e uma música de fundo. Simultaneamente vê um cenário e o vestuário das personagens. As cores do cenário, a iluminação do espaço, os gestos e as expressões dos atores contribuem para a construção do significado. Tudo isso também contribui para criar um clima, para reforçar uma ideia, para direcionar uma mensagem. Não levamos em conta cada um dos aspectos separadamente, mas todos juntos quando procuramos entender o que se passa na tela.
Para expressar um mundo, onde as mudanças são aceleradas, as novas linguagens transmitem rapidamente um número cada vez maior de mensagens. A ilustração, o desenho, a figura, a fotografia, os sons, associados a textos verbais curtos e diretos buscam atingir o leitor com maior impacto. A valorização da imagem supõe um leitor que não tenha tempo para ler mensagens longas ou complicadas.
Dado o intenso uso de linguagem não verbal nos dias atuais, pode-se dizer que entre uma e outra existe integração e influência recíproca, de forma que uma provoca alterações na outra.
A comunicação eletrônica
Nos dias atuais surgem novos gêneros textuais, como o e-mail, os chats (salas de bate-papo) e os fóruns on-line (espaços de opinião e debate), que apresentam linguagem escrita e linguagem oral.
O "hipertexto", por exemplo, constitui-se em uma escrita não-sequencial e não linear, que permite ao internauta acessar outros textos, através de "links" que o fazem interagir com outras mensagens, num novo espaço - o ciberespaço. Outras linguagens ou outras formas de usar as linguagens que já existem caracterizam esse tempo como um tempo de informação rápida, que abre uma enorme gama de possibilidades novos contatos e relacionamentos.
Veja como exemplo o blog. É uma forma contraída de weblog, nome da versão eletrônica dos antigos diários pessoais. As famosas confissões de adolescente, anotadas em cadernos e guardadas a sete chaves, são agora escancaradas na internet. Com um detalhe: além de bisbilhotarem os desabafos alheios, os internautas ainda podem deixar lá seus comentários, fazer críticas e até dar conselhos.
O sucesso dos blogs deve-se a dois fatores. São fáceis de fazer e permitem muita interatividade, juntando texto, fotos, desenhos, animações, vídeos e músicas. Para ter um blog não é necessário saber nada sobre criação de páginas na internet. Basta entrar em um dos sites que ensinam a produzir um diário virtual e seguir as indicações do assistente on-line.
Ainda não superamos, porém, a linguagem verbal, que é a que, embora por meio eletrônico, torna possível a comunicação com você!
*Suely Amaral é professora universitária, consultora pedagógica e docente de cursos de formação continuada para professores na área de língua, linguagem e leitura.
Linguagem - O que é e seu papel na humanidade
Alfredina Nery
Disponivel em: http://educacao.uol.com.br/portugues/linguagem-o-que-e-e-seu-papel-na-humanidade.jhtm
Você sabe o que é linguagem? Qual sua importância na sociedade? Sem linguagem, pode-se dizer, o homem não é humano. Para exemplificar isso, leia a história de duas meninas que foram criadas por lobos:
Meninas Lobas
Na Índia, onde os casos de meninos lobos foram relativamente numerosos, descobriram-se, em 1920, duas crianças, Amala e Kamala, vivendo no meio de uma família de lobos. A primeira tinha um ano e meio e veio a morrer um ano mais tarde. Kamala, de oito anos de idade, viveu até 1929. Pouco tinham de humano, e o seu comportamento era semelhante àquele dos seus irmãos lobos.
Elas caminhavam de quatro, apoiando-se sobre os joelhos e cotovelos para os pequenos trajetos e sobre as mãos e os pés para os trajetos longos e rápidos.
Eram incapazes de permanecer em pé. Só se alimentavam de carne crua ou podre, comiam e bebiam como os animais, lançando a cabeça para a frente e lambendo os líquidos. Na instituição onde foram recolhidas, passavam o dia acabrunhadas e prostradas numa sombra; eram ativas e ruidosas durante a noite, procurando fugir e uivando como lobos. Nunca choravam ou riam.
Kamala viveu oito anos na instituição que a acolheu, humanizando-se lentamente. Ela necessitou de seis anos para aprender a andar e pouco antes de morrer só tinha um vocabulário de 50 palavras. Atitudes afetivas foram aparecendo aos poucos. Ela chorou pela primeira vez por ocasião da morte de Amala e se apegou lentamente às pessoas que cuidaram dela e às outras com as quais conviveu. A sua inteligência permitiu-lhe comunicar-se com outros por gestos inicialmente e, depois por palavras de um vocabulário rudimentar, apreendendo a executar ordens simples.
As meninas Kamala e Amala foram abandonadas e viveram em isolamento — o que foi muito comum numa certa época na Índia, devido aos problemas sociais e econômicos de ampla maioria da população. A situação de viver com os lobos, se, por um lado, salvou-as da morte, de outro, as desumanizou, no sentido de que tinham não só deficiências nos sentidos e nos movimentos do corpo, mas tinham, principalmente, dificuldade nas relações com as pessoas e com o ambiente.
Humanidade e linguagem
A história de Kamala e Amala exemplifica como várias de nossas capacidades (algumas das quais mesmo tidas como "naturais" ao homem, como caminhar de pé) só são desenvolvidas graças ao contato com outros seres humanos. Pelo fato de as duas meninas terem vivido com lobos, não aprenderam a falar, a usar objetos culturais (utensílios, por exemplo) e a desenvolver o pensamento lógico. O desenvolvimento humano e o pensamento estão inter-relacionados com a linguagem.
Realizar tarefas do cotidiano, planejar ações futuras e pensar sobre acontecimentos do passado são atos humanos constituídos pela linguagem e na linguagem. Emocionar-se ao ler um poema, identificar-se com uma personagem de ficção, gostar das cores e formas de uma pintura, fechar os olhos e retomar lembranças a partir da audição de uma música são atos humanos atravessados pela linguagem.
Neste sentido, é possível afirmar que nos tornamos humanos na convivência social, por meio da qual não apenas sobrevivemos fisicamente (satisfação da fome, abrigo, integridade física), mas também, psicologicamente, o que significa, proteção, segurança, afeto, conhecimentos etc. É no mundo da cultura que interagimos com o outro, construímos nossa identidade pessoal, social e desenvolvemos a linguagem.
Enfim, a linguagem como interação pressupõe construção entre sujeitos que agem, por meio da própria linguagem. Você sabia que a palavra "texto", na sua origem está relacionada à ideia de tessitura ou tecido? Pensando em tudo que leu até aqui, analise o desenho a seguir, procurando compará-lo com a concepção de linguagem como interação social.
Editora Ática/Divulgação
O novelo pode ser comparado à situação de comunicação entre as pessoas e seu repertório linguístico?
O tecido sendo tricotado pode ser a materialização do conceito de "texto"? A expressão "blábláblá" também pode representar uma conversa? Algumas vezes, até "conversa mole", a depender da situação, não é?
Os sinais semicurvos nas extremidades das duas agulhas lembram sinais gráficos das histórias em quadrinhos, não é mesmo? Eles parecem dar movimento ao desenho, o que também pode apontar para a ideia de que um texto é negociação de sentidos entre as pessoas, em determinada situação de linguagem. Não há significação sem contexto, porque esse também constrói os sentidos.
Relação entre linguagem, significação e contexto
E o ponto de intersecção entre as duas agulhas? O que estaria indicando ele? Possivelmente, um ponto de contato entre as pessoas que estão na situação de linguagem, mas também lembram duas espadas em luta, o que pode indicar ideias em disputas. Há, assim, uma "arena" das palavras, no jogo social, confirmando as relações entre linguagem e poder.
Você acredita que as palavras têm o mesmo significado, independente do lugar e das pessoas que as usam? Pense numa pessoa vestida de determinada maneira. Imagine-a inteira. Quem é ela? Como está vestida? Por que está vestida assim? Qual é o lugar em que ela está? Em que momento/tempo? Bem, sabemos que pessoas, em circunstâncias diferentes, usam roupas a depender da situação, não é mesmo? Sabemos que se vai à praia de maiô, mas não se vai trabalhar no escritório dessa forma. Seria inadequado, certo?
Interação entre sujeitos
Com a linguagem acontece algo bem parecido. Usamos a linguagem de forma diferente a depender de certas situações. Falamos de forma mais descontraída numa roda de amigos, na nossa casa, mas, num ambiente mais formal, numa entrevista para emprego, por exemplo, procuramos falar de forma mais elegante, para impressionar, para mostrar que estamos aptos para trabalhar, etc.
Podemos afirmar que as palavras em situações diferentes, adquirem significados diversos. Assim também o significado de um texto está para além de suas formas, está também no contexto: na situação de comunicação e na relação dos interlocutores (quem fala e quem ouve; quem escreve e quem lê), ou seja, na interação entre as pessoas.
Enfim, a linguagem não é apenas comunicação ou suporte de pensamento, é, principalmente, interação entre sujeitos. A linguagem é uma produção social não inocente, nem neutra, nem natural. A linguagem é lugar de negociação de sentidos, de ideologia, de conflito, e as condições de produção de um texto (para quê, o quê, onde, quem/ com quem, quando, como) constituem seus sentidos, para além de sua matéria formal -palavras, linhas, cores, formas, símbolos.
* Alfredina Nery é professora universitária, consultora pedagógica e docente de cursos de formação continuada para professores na área de língua, linguagem e leitura.
Disponivel em: http://educacao.uol.com.br/portugues/linguagem-o-que-e-e-seu-papel-na-humanidade.jhtm
Você sabe o que é linguagem? Qual sua importância na sociedade? Sem linguagem, pode-se dizer, o homem não é humano. Para exemplificar isso, leia a história de duas meninas que foram criadas por lobos:
Meninas Lobas
Na Índia, onde os casos de meninos lobos foram relativamente numerosos, descobriram-se, em 1920, duas crianças, Amala e Kamala, vivendo no meio de uma família de lobos. A primeira tinha um ano e meio e veio a morrer um ano mais tarde. Kamala, de oito anos de idade, viveu até 1929. Pouco tinham de humano, e o seu comportamento era semelhante àquele dos seus irmãos lobos.
Elas caminhavam de quatro, apoiando-se sobre os joelhos e cotovelos para os pequenos trajetos e sobre as mãos e os pés para os trajetos longos e rápidos.
Eram incapazes de permanecer em pé. Só se alimentavam de carne crua ou podre, comiam e bebiam como os animais, lançando a cabeça para a frente e lambendo os líquidos. Na instituição onde foram recolhidas, passavam o dia acabrunhadas e prostradas numa sombra; eram ativas e ruidosas durante a noite, procurando fugir e uivando como lobos. Nunca choravam ou riam.
Kamala viveu oito anos na instituição que a acolheu, humanizando-se lentamente. Ela necessitou de seis anos para aprender a andar e pouco antes de morrer só tinha um vocabulário de 50 palavras. Atitudes afetivas foram aparecendo aos poucos. Ela chorou pela primeira vez por ocasião da morte de Amala e se apegou lentamente às pessoas que cuidaram dela e às outras com as quais conviveu. A sua inteligência permitiu-lhe comunicar-se com outros por gestos inicialmente e, depois por palavras de um vocabulário rudimentar, apreendendo a executar ordens simples.
As meninas Kamala e Amala foram abandonadas e viveram em isolamento — o que foi muito comum numa certa época na Índia, devido aos problemas sociais e econômicos de ampla maioria da população. A situação de viver com os lobos, se, por um lado, salvou-as da morte, de outro, as desumanizou, no sentido de que tinham não só deficiências nos sentidos e nos movimentos do corpo, mas tinham, principalmente, dificuldade nas relações com as pessoas e com o ambiente.
Humanidade e linguagem
A história de Kamala e Amala exemplifica como várias de nossas capacidades (algumas das quais mesmo tidas como "naturais" ao homem, como caminhar de pé) só são desenvolvidas graças ao contato com outros seres humanos. Pelo fato de as duas meninas terem vivido com lobos, não aprenderam a falar, a usar objetos culturais (utensílios, por exemplo) e a desenvolver o pensamento lógico. O desenvolvimento humano e o pensamento estão inter-relacionados com a linguagem.
Realizar tarefas do cotidiano, planejar ações futuras e pensar sobre acontecimentos do passado são atos humanos constituídos pela linguagem e na linguagem. Emocionar-se ao ler um poema, identificar-se com uma personagem de ficção, gostar das cores e formas de uma pintura, fechar os olhos e retomar lembranças a partir da audição de uma música são atos humanos atravessados pela linguagem.
Neste sentido, é possível afirmar que nos tornamos humanos na convivência social, por meio da qual não apenas sobrevivemos fisicamente (satisfação da fome, abrigo, integridade física), mas também, psicologicamente, o que significa, proteção, segurança, afeto, conhecimentos etc. É no mundo da cultura que interagimos com o outro, construímos nossa identidade pessoal, social e desenvolvemos a linguagem.
Enfim, a linguagem como interação pressupõe construção entre sujeitos que agem, por meio da própria linguagem. Você sabia que a palavra "texto", na sua origem está relacionada à ideia de tessitura ou tecido? Pensando em tudo que leu até aqui, analise o desenho a seguir, procurando compará-lo com a concepção de linguagem como interação social.
Editora Ática/Divulgação
O novelo pode ser comparado à situação de comunicação entre as pessoas e seu repertório linguístico?
O tecido sendo tricotado pode ser a materialização do conceito de "texto"? A expressão "blábláblá" também pode representar uma conversa? Algumas vezes, até "conversa mole", a depender da situação, não é?
Os sinais semicurvos nas extremidades das duas agulhas lembram sinais gráficos das histórias em quadrinhos, não é mesmo? Eles parecem dar movimento ao desenho, o que também pode apontar para a ideia de que um texto é negociação de sentidos entre as pessoas, em determinada situação de linguagem. Não há significação sem contexto, porque esse também constrói os sentidos.
Relação entre linguagem, significação e contexto
E o ponto de intersecção entre as duas agulhas? O que estaria indicando ele? Possivelmente, um ponto de contato entre as pessoas que estão na situação de linguagem, mas também lembram duas espadas em luta, o que pode indicar ideias em disputas. Há, assim, uma "arena" das palavras, no jogo social, confirmando as relações entre linguagem e poder.
Você acredita que as palavras têm o mesmo significado, independente do lugar e das pessoas que as usam? Pense numa pessoa vestida de determinada maneira. Imagine-a inteira. Quem é ela? Como está vestida? Por que está vestida assim? Qual é o lugar em que ela está? Em que momento/tempo? Bem, sabemos que pessoas, em circunstâncias diferentes, usam roupas a depender da situação, não é mesmo? Sabemos que se vai à praia de maiô, mas não se vai trabalhar no escritório dessa forma. Seria inadequado, certo?
Interação entre sujeitos
Com a linguagem acontece algo bem parecido. Usamos a linguagem de forma diferente a depender de certas situações. Falamos de forma mais descontraída numa roda de amigos, na nossa casa, mas, num ambiente mais formal, numa entrevista para emprego, por exemplo, procuramos falar de forma mais elegante, para impressionar, para mostrar que estamos aptos para trabalhar, etc.
Podemos afirmar que as palavras em situações diferentes, adquirem significados diversos. Assim também o significado de um texto está para além de suas formas, está também no contexto: na situação de comunicação e na relação dos interlocutores (quem fala e quem ouve; quem escreve e quem lê), ou seja, na interação entre as pessoas.
Enfim, a linguagem não é apenas comunicação ou suporte de pensamento, é, principalmente, interação entre sujeitos. A linguagem é uma produção social não inocente, nem neutra, nem natural. A linguagem é lugar de negociação de sentidos, de ideologia, de conflito, e as condições de produção de um texto (para quê, o quê, onde, quem/ com quem, quando, como) constituem seus sentidos, para além de sua matéria formal -palavras, linhas, cores, formas, símbolos.
* Alfredina Nery é professora universitária, consultora pedagógica e docente de cursos de formação continuada para professores na área de língua, linguagem e leitura.
terça-feira, 15 de fevereiro de 2011
Métodos de pesquisa para internet
Autores:
Suely Fragoso
Raquel Recuero
Adriana Amaral
ISBN: 978-85-205-0594-6
Categoria: Comunicação, Educação
Edição: 1ª - 2011
Formato: 14 x 21 cm
Nº de Pag.: 239
Preço: R$ 33,00
O interesse pelas abordagens empíricas a respeito das tecnologias digitais de comunicação tem avançado de forma perceptível no Brasil. “Como fazer”, “como aplicar” e “como pensar” metodologias que sejam eficientes e que permitam coletar e analisar dados compatíveis com os seus problemas de pesquisa e com suas perspectivas teóricas constitui um dos maiores desafios que se colocam para os pesquisadores.
O livro Métodos de pesquisa para internet, escrito por Suely Fragoso, Raquel Recuero e Adriana Amaral, nasceu da percepção desse contexto e tematiza e exemplifica perspectivas metodológicas específicas a respeito da internet. Além disso, fornece subsídios para estudos sobre outros temas em que a internet desempenhe o papel de lugar ou de instrumento de pesquisa. É um livro construído a partir das próprias experiências de pesquisa empírica das autoras ao longo de anos de estudo e experimentação com diferentes métodos.
Livros interativos começam a ser usados na educação de crianças
14/02/2011
Disponivel em:
http://www1.folha.uol.com.br/saber/874558-livros-interativos-comecam-a-ser-usados-na-educacao-de-criancas.shtml
TALITA BEDINELLI
DE SÃO PAULO
Pedro Henrique Soares, 8, e Lui Furlan, 7, leem na tela do computador um livrinho que explica o significado da palavra "porta". Ficam encantados, não apenas pela história, mas pelos recursos que a acompanham: músicas, narração, vídeo e um "quiz" sobre o que leram.
Leitores vorazes dos livros de papel, segundo eles mesmos contam, os dois começam agora a se aventurar pelo mundo da leitura digital.
O colégio onde estudam, o Notre Dame, na zona oeste de São Paulo, adotou na semana passada uma biblioteca virtual de literatura infantil, criada pela editora Callis.
Ela será usada ao menos uma vez por semana com as crianças dos ensinos infantil e início do fundamental.
A biblioteca é a primeira do tipo no Brasil, segundo a Callis. Mas outras editoras, de olho no crescimento do uso de tablets tipo iPad, também investem em livros digitais para o público infantil, que vão além da simples digitalização do livro impresso.
O objetivo das editoras é criar livros mais interativos: além de poder virar a página e colori-las com o mouse, os leitores podem ouvir músicas e a narração das historinhas. Em versões para iPads, as crianças podem tocar na tela do dispositivo e mover os personagens, por exemplo.
Na última Bienal do Livro, em agosto, a Globo Livros lançou "A Menina do Narizinho Arrebitado", de Monteiro Lobato, em uma versão de aplicativo para iPad.
Com ilustrações atraentes, o livro permite que, com um toque, a criança mude letrinhas de lugar, faça a personagem espirrar ou toque um gongo para que apareça na tela um exército de grilos.
A Abril Educação também lançou em aplicativos similares dois livros de Walcyr Carrasco no final do ano passado. Em "Meus Dois Pais", a criança pode "montar" um retrato da própria família e, em "A Ararinha do Bico Torto", é possível pintar a ave.
As opções tendem a aumentar neste ano. A Zahar afirma que está estudando projetos de livros digitais mais interativos, assim como a editora Melhoramentos, que está desenvolvendo 12 livros em formato aplicativo, afirma Breno Lerner, superintendente da editora.
Ele acredita que os livros digitais interativos podem despertar o interesse da criança pela literatura.
LIVRO COMPLEMENTAR
Educadores ouvidos pela Folha dizem, entretanto, que o uso desses dispositivos requer cuidado: como funcionam como uma proposta diferente da do livro de papel, não devem substituí-lo. Os dois devem conviver.
A escola deve manter e estimular a ida das crianças à biblioteca tradicional. E os pais não podem trocar a leitura de historinhas em livro de papel pelas do iPad.
"É a emergência de outro tipo de mídia, que dá a possibilidade de usar outro suporte, como som, música. Mas o importante é saber lidar com a diversidade", afirma Maria José Nóbrega, assessora pedagógica de literatura da Secretaria Municipal de Educação de São Paulo e de colégios particulares.
Segundo ela, o livro digital, com recursos que simulam barulhos ou ações do personagem, acabam não permitindo que a criança imagine o que está lendo e exerça a criatividade, por isso é importante manter a leitura do livro de papel.
Ilan Brenman, doutor em educação pela USP e escritor de livros infantis, acredita que o livro digital interativo se aproxima mais da linguagem da televisão, do cinema e dos jogos eletrônicos.
"Quando você dá um iPad para a criança, ela brinca com aquilo. Leitura não é exatamente o que ela está querendo", afirma.
Disponivel em:
http://www1.folha.uol.com.br/saber/874558-livros-interativos-comecam-a-ser-usados-na-educacao-de-criancas.shtml
TALITA BEDINELLI
DE SÃO PAULO
Pedro Henrique Soares, 8, e Lui Furlan, 7, leem na tela do computador um livrinho que explica o significado da palavra "porta". Ficam encantados, não apenas pela história, mas pelos recursos que a acompanham: músicas, narração, vídeo e um "quiz" sobre o que leram.
Leitores vorazes dos livros de papel, segundo eles mesmos contam, os dois começam agora a se aventurar pelo mundo da leitura digital.
O colégio onde estudam, o Notre Dame, na zona oeste de São Paulo, adotou na semana passada uma biblioteca virtual de literatura infantil, criada pela editora Callis.
Ela será usada ao menos uma vez por semana com as crianças dos ensinos infantil e início do fundamental.
A biblioteca é a primeira do tipo no Brasil, segundo a Callis. Mas outras editoras, de olho no crescimento do uso de tablets tipo iPad, também investem em livros digitais para o público infantil, que vão além da simples digitalização do livro impresso.
O objetivo das editoras é criar livros mais interativos: além de poder virar a página e colori-las com o mouse, os leitores podem ouvir músicas e a narração das historinhas. Em versões para iPads, as crianças podem tocar na tela do dispositivo e mover os personagens, por exemplo.
Na última Bienal do Livro, em agosto, a Globo Livros lançou "A Menina do Narizinho Arrebitado", de Monteiro Lobato, em uma versão de aplicativo para iPad.
Com ilustrações atraentes, o livro permite que, com um toque, a criança mude letrinhas de lugar, faça a personagem espirrar ou toque um gongo para que apareça na tela um exército de grilos.
A Abril Educação também lançou em aplicativos similares dois livros de Walcyr Carrasco no final do ano passado. Em "Meus Dois Pais", a criança pode "montar" um retrato da própria família e, em "A Ararinha do Bico Torto", é possível pintar a ave.
As opções tendem a aumentar neste ano. A Zahar afirma que está estudando projetos de livros digitais mais interativos, assim como a editora Melhoramentos, que está desenvolvendo 12 livros em formato aplicativo, afirma Breno Lerner, superintendente da editora.
Ele acredita que os livros digitais interativos podem despertar o interesse da criança pela literatura.
LIVRO COMPLEMENTAR
Educadores ouvidos pela Folha dizem, entretanto, que o uso desses dispositivos requer cuidado: como funcionam como uma proposta diferente da do livro de papel, não devem substituí-lo. Os dois devem conviver.
A escola deve manter e estimular a ida das crianças à biblioteca tradicional. E os pais não podem trocar a leitura de historinhas em livro de papel pelas do iPad.
"É a emergência de outro tipo de mídia, que dá a possibilidade de usar outro suporte, como som, música. Mas o importante é saber lidar com a diversidade", afirma Maria José Nóbrega, assessora pedagógica de literatura da Secretaria Municipal de Educação de São Paulo e de colégios particulares.
Segundo ela, o livro digital, com recursos que simulam barulhos ou ações do personagem, acabam não permitindo que a criança imagine o que está lendo e exerça a criatividade, por isso é importante manter a leitura do livro de papel.
Ilan Brenman, doutor em educação pela USP e escritor de livros infantis, acredita que o livro digital interativo se aproxima mais da linguagem da televisão, do cinema e dos jogos eletrônicos.
"Quando você dá um iPad para a criança, ela brinca com aquilo. Leitura não é exatamente o que ela está querendo", afirma.
quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011
quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011
Luis Paulo da Moita Lopes
Identidades fragmentadas:
Nenhuma questão tem chamado mais atenção nas Ciências Humanas, nos tempos em que vivemos, do que a temática da identidade social. Quem somos e como somos construídos no mundo social são duas das grandes problemáticas atuais. O presente livro focaliza este tema ao relatar investigação de cunho etnográfico sobre como, nas práticas discursivas situadas na escola, aprendemos a nos constituir como seres sociais. Com base em teorias socioconstrucionistas do discurso e das identidades sociais, os capítulos deste volume enfocam as identidades sociais de raça, gênero (feminino e masculino) e sexualidade (homoerótica e heterossexual), estudadas em aulas de leitura, partindo, portanto, de uma relação explícita entre letramento e identidade social. O livro é de interesse para aqueles que, nas Ciências Humanas, têm tratado de questões referentes a raça, gênero e sexualidade. Especificamente, é de interesse para as áreas de Língüística Aplicada e de Educação.
Discursos De Identidades:
Este livro é constituído por estudos que focalizam a construção discursiva das identidades sociais (gênero, sexualidade, raça, idade e profissão) na escola e na família com base em uma visão socioconstrucionista do discurso e das identidades sociais. As pesquisas relatadas são frutos de investigações desenvolvidas no Programa de Pós-graduação Interdisciplinar em Lingüística Aplicada da UFRJ, sob orientação do organizador, dentro do projeto de pesquisa intitulado "Discurso, Narrativa e Construção de Masculinidades na Escola".
Ao apresentarem aspectos da construção das identidades sociais na escola e na família, os capítulos utilizam um leque variado de metodologias de pesquisa de natureza interpretativista (etnografia, histórias de vida, estudo de caso, protocolo de grupo, pesquisa-ação etc.) e enfocam uma questão que é central nas Ciências Sociais atualmente: como somos construídos na vida social.
O livro é, principalmente, de interesse para as áreas de Lingüística Aplicada e Educação, mas é também útil para todos que nas Ciências Sociais têm usado o construto da identidade social para entender o mundo em que vivemos. Tem o objetivo principal de tornar visíveis as práticas discursivas que nos constroem nos contextos institucionais estudados com vistas à transformação social.
Livros ensinam a usar o Twitter e exploram todas as possibilidades do microblog
Folha Online-14/02/2010
http://www1.folha.uol.com.br/folha/livrariadafolha/ult10082u693682.shtml
O Twitter é uma das ferramentas de comunicação online mais popular e bem-sucedida do mundo. Notícias, comentários, reflexões, investidas de marketing e, até mesmo, campanhas eleitorais, trafegam diariamente pelo microblog, partindo dos mais distintos destinatários.
De 2009 pra cá, algumas publicações foram lançadas tendo a ferramenta como foco. Algumas ensinam o beabá para quem está começando a usar o microblog, outras já apontam estratégias certeiras para fazer negócios na rede, e há ainda as que enaltecem a participação literária do autor no Twitter.
Veja abaixo uma seleção de livros sobre o assunto preparada pela Livraria da Folha:
1) "Guia de Celebridades no Twitter" em dia é muito fácil interagir com celebridades, principalmente pela internet. Os famosos estão no Facebook, no Twitter e em diversas outras redes sociais. Para quem acha complicado encontrá-los online, este livro facilita a busca. A obra reúne o endereço virtual de mais de 300 personalidades do Brasil e do mundo no Twitter. A lista reúne estrelas da TV e do cinema, atletas dos mais variados esportes, políticos, astros da música, e mpresas e empresários, pessoas que ficaram famosas graças à internet e muito mais. Nomes como Ivete Sangalo e Barack Obama são alguns dos perfis incluídos na relação.
2) "Desvendando o Twitter" - O que é Twitter? Por que ele é tão popular? Como utilizá-lo para economizar tempo na comunicação, em vez de desperdiçar? Como usar mensagens de 140 caracteres para "bombar" audiências ou estimular negócios? Este livro responde a todas essas perguntas e muitas outras. Trata-se de um guia moderno e divertido, repleto de exemplos práticos e explicações que farão do leitor um "twitteiro" de primeira. Em formato inovador, este livro mostra, a cada assunto abordado, imagens detalhadas do Twitter, de suas principais ferramentas e recursos em ação, em demonstrações feitas por mais de 60 usuários de alto nível.
3) "Mil Piadas para Twitter" - A internet, sem dúvida, serve passa disseminar o humor de maneira rápida e eficaz. As piadas que circulam na rede caem na boca do povo e, às vezes, até da imprensa, quase que de imediato. Este livro é dedicado apenas às anedotas que podem ser contadas pelo Twitter. O autor apresenta mil piadas, escritas em até 140 caracteres cada.
4) www.twitter.com/carpinejar - Fabrício Carpinejar, que recebeu o Prêmio Jabuti 2009 na categoria Contos e Crônicas, resolveu explorar todas as possibilidades que a internet apresenta e reuniu neste livro 416 das quase mil máximas escritas por ele no Twitter. O autor disseca o que todos tratam como banal, colocando a lupa e ressaltando as mais diversas trivialidades da vida cotidiana. Existe fato mais incrível do que perceber o fantástico das pequenas coisas? No desenho curvo de uma mesa, no detalhe escarlate da tampa de garrafa, no cheiro da madeira da janela quando chove ou no tato do cobertor da cama pela manhã? Perceber o detalhe é para poucos e o autor o faz de forma sensível e leve.
5) "Twitter" - Com linguagem clara e direta, este livro traz não só dicas e técnicas para utilizar o microblog, mas também conceitos de marketing (digital ou não) que serão fundamentais para desenvolver com sucesso uma campanha com o Twitter. A obra é focada no universo corporativo (promoção de produto/marca/serviço) e tem abordagem 100% baseada na realidade do mercado brasileiro. Para que o melhor entendimento do leitor, o livro foi escrito com o uso de diversos exemplos e estudo de casos.
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