terça-feira, 20 de junho de 2017

Grupos de Trabalho nas Organizações

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A Importância dos Grupos 
Os homens são seres sociais, portanto, necessitam viver em grupo. Apesar de passar despercebidos para si mesmos que já estão inseridos nesse contexto social. O primeiro grupo a que pertencemos é a família, e aos poucos vamos estendendo a participação no ambiente em que vivemos, como a escola, grupos religiosos e na vida adulta a admissão ao grupo organizacional.
Ao pertencermos a determinados grupos, adquirimos atitudes e comportamentos parecidos que nos molda de uma forma que levam as pessoas a perceber que somos participantes de certo seguimento, que muitas vezes chamamos de estereótipo. Quando isso acontece estamos nos referindo aos comportamentos próprio do grupo a que um sujeito é integrante, onde os participantes apresentam comportamentos parecidos ou semelhantes. Alguns grupos parecem tão homogêneos (com exceção das diferenças individuais) que as pessoas falam, gesticulam e riem da mesma forma, por exemplo.
Fazer parte de um grupo é importante para todo e qualquer indivíduo, mesmo para aqueles que negam isso. Toda pessoa que é integrante de um grupo tem um papel dentro dele. Um papel definido e ativo (ou ativo-passivo ou passivo). Caso tenha que encarar a situação de ser inserido em um novo grupo, como a entrada num grêmio estudantil, nova comunidade, nova escola, faculdade, entre outros, a tensão e a ansiedade diante dessa realidade assusta, porque há uma angústia em se encaixar, procurar semelhantes e/ou aliados. Sair do anonimato é complexo para alguns e para outros é mais uma oportunidade, mas não deixa de ser um desafio.
Todo grupo tem regras, normas, direitos e deveres, que necessariamente não precisam ser colocadas em Atas, mas apenas implícitas. Aos poucos, se reconhece o poder exercido, os benefícios e punição por não cumprir o que já está determinado, qual a forma de participar obtendo sucesso e prestígio ou então sofrer as conseqüências da má participação.
Algo que as pessoas não entendem, seja escola, faculdade, organização ou núcleo familiar, elas é que tem que se encaixar e não ao contrário. O que pode acontecer é entrar para o grupo e tentar transformá-lo o que nem sempre é fácil ou possível. Por inúmeras razões, uma delas é se o grupo está propício a mudanças, a segunda se ele quer mudanças ou se as regras já são tão velhas e arraigadas que não cabe nada novo e o terceiro e último é se as mudanças que a pessoa quer no grupo são realmente necessárias.

Os Grupos e a Organização

A figura do “capataz” dentro da organização é falida, já que os bons administradores/gestores encontram formas democráticas e atraentes para lidar com os indivíduos, com a finalidade de promover o bem-estar de todos, assim como do desenvolvimento da organização. O ideal e ter uma liderança participativa em todos os aspectos, pois dessa forma, compreendem-se os diferentes tipos de percepção, desenvolvimento cognitivo, objetivos e valores que pertencem aquele grupo.
Faz-se necessário abrir oportunidades para que as pessoas possam compartilhar suas idéias, convicções, valores, queixas e até opiniões para mudança de algo. Sendo que tudo deve ser bem analisado, compreendido e “editado” para dar retorno ao grupo, favorecendo as relações e as mudanças, caso elas sejam implementadas, cogitadas ou prometidas para o futuro.

Comportamento Grupal

As pessoas são moldadas desde o seu nascimento, montam sua personalidade nas interações com a família e os demais grupos citados no capítulo anterior, refletindo assim suas características também e não só as individuais dentro do contexto grupal. Assim, é através dessas particularidades que se posicionam e se expressam dentro do grupo. O desejo de aceitação é inerente ao ser humano, desejamos parecer melhor do que somos diante dos demais, principalmente daqueles que admiramos. Por conta disso, a mudança é sempre algo difícil e complicado, porque não é só a pessoa, mas as circunstâncias que vivem ou que experimentaram dentro grupos dos que a trouxeram até aqui.
Além da vivência nesse grupo atual e a potencialidade do envolvimento, que pode ser de caráter positivo ou negativo, o próprio grupo é maior do que ele. Há comportamentos que uma pessoa jamais demonstraria sozinha, mas quando está envolvida no grupo é capaz de coisas que ela mesma não entende porque os praticou, ou justifica pelo grupo. De forma que para administrar grupos, devemos indivíduos pensar quais são e quem são os indivíduos que o compõe. Essa é uma análise que pode levar ao sucesso ou ao fracasso. Caso desprezemos no grupo alguém que tem uma influência mais significativa que os demais, estaremos dando de frente para o “paredão”, ou para simplificar não conseguiremos administrar nem a nós mesmos.
Entende-se que o grupo tem seus padrões de convivência pré-estabelecidos com suas normas que podem favorecer ou prejudicar os planos de uma organização. Algo bem real que vemos é a organização dos grupos de metalúrgicos na grande São Paulo. O que mostra que não é algo fácil administrar grupos ou gerenciá-los. Assim podemos utilizar a comunicação, que é também um recurso encontrado por eles. Mas o importante é saber negociar, ser flexível e compreender a dinâmica e as queixas do grupo. Pois há casos que a personalidade do gestor mais atrapalha do que ajuda e endurecer nunca foi um bom negócio, ainda mais quando pensamos que sabemos tudo quando não sabemos nada. Além do mais os grupos sofrem influência e passam por transformações. Pessoas entram pessoas saem, os conceitos mudam, se ampliam, desconectam, resistem, abdicam. São muitas as variáveis que o gestor deve lidar num grupo. É importante acompanhar bem de perto a evolução dos grupos e suas influências. Como também se há sofrimento por parte de componentes que afeta a todos. Ou ainda, perturbações da ordem dentro do grupo e como estão as lideranças deles. Alguns teóricos dizem que os grupos se tornam uma só pessoa, como os torcedores de times de futebol, chegando a comportamentos bizarros e inescrupulosos conduzidos pela massa. Extremo a esses há os que defendem que a única forma de mudança grupal é a aprendizagem individual.

O Grupo e suas Influências

Há poder e influência nos grupos, para estudá-los é necessário verificar como ocorre a interação social desses indivíduos, sua história e cultura. Através da interação social os indivíduos buscam mudanças em suas atitudes, crenças e práticas. Tentam o ajustamento agindo com influência uns sobre os outros de forma a alcançar seus objetivos. Os papéis dentro do grupo passam por mudanças devido ao poder que um membro exerce sobre o outro, mas sempre haverá a dinâmica do poder e da liderança dentro do grupo.
Os grupos têm influências variadas, uns são compostos por pessoas mais cultas, intelectuais onde o poder da influência é examinado, repensado e “digerido” ou não, outros apresentam uma resistência maior para mudanças. Porém, quando o grupo é coeso, sua influência sobre seus componentes é bem maior. os majoritários são os grupos mais formais, constituídos pela maioria.
Nas Organizações não é diferente, existem grupos minoritários e majoritários. Contudo, devemos lembrar que os indivíduos podem ocupar posição majoritária em um grupo e o contrário em outro. O núcleo central tem maior poder e se vir a se afastar muito pode se desintegrar. Quanto mais próximo ao núcleo mais sólido e resistente às mudanças. As variabilidades e influências nos grupos tende a gerar novos grupos, se transformando e construindo novos realizando modificações na estrutura do grupo. Quanto mais flexível o indivíduo for mais fácil será modificar seu comportamento no grupo ou o poder exercido sobre o mesmo.

Fonte: https://psicologado.com/atuacao/psicologia-organizacional/grupos-e-equipes-de-trabalho-nas-organizacoes

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