sexta-feira, 19 de maio de 2017

Linguagem corporal e a psicologia

Você sabia que alguns estudos afirmam que 93% da nossa comunicação é não-verbal? Ou seja, a maior parte da comunicação humana é realizada apenas por meio de gestos, postura, expressões faciais e movimentos dos olhos.
A linguagem corporal é utilizada há milhões de anos e os primeiros estudos científicos foram feitos por Charles Darwin. De acordo com ele, as emoções são universais, uma vez que pessoas de diferentes regiões do mundo são capazes de identificar as mesmas expressões para determinada emoção.
Como seres humanos, escolhemos palavras, criamos imagens e fazemos abstrações utilizando uma parte do cérebro chamada neocórtex. Porém, o sistema límbico, responsável pelos sentimentos, envia impulsos elétricos ao corpo, gerando expressões e movimentos que muitas vezes são involuntários.

Linguagem corporal e Psicologia

A linguagem corporal pode parecer abstrata, misteriosa e dependente de um processo interpretativo. Seu uso, entretanto, é tão importante para a comunicação quanto o domínio da linguagem verbal.
Na Psicologia, a linguagem corporal é fundamental para indicar emoções que não foram ditas pelas palavras. Quando um paciente mente ou omite alguma coisa, o psicólogo é capaz de entender as razões por trás deste comportamento, trabalhando de forma que, pouco a pouco, o paciente consiga falar a verdade sobre suas emoções.
Além disso, personalidades perigosas — como a dos sociopatas — não apresentam expressão nenhuma, uma vez que não possuem sentimentos. Com a correta leitura da linguagem corporal, a psicologia é capaz de identificar e tratar essas psicoses.

Dicas de linguagem corporal

Os gestos, quando bem observados, são capazes de revelar pensamentos e ideias que por algum motivo não são expressadas. Saiba algumas características que podem ser observadas:

Posição da cabeça

– Cabeça inclinada é um potencial sinal de afinidade e, se a pessoa sorri ao mesmo tempo em que sua cabeça se inclina, é sinal de que ela está sendo brincalhona e talvez até flertando. Atenção: pessoas com problemas de visão também têm propensão a inclinar a cabeça;
– Cabeça baixa indica vontade de esconder algo. Se a pessoa abaixar a cabeça ao receber um elogio, pode ser porque ela é tímida, envergonhada, retraída ou estar em descrença. Se for depois de uma explicação, a pessoa pode não ter certeza se o que ela disse foi correto ou pode estar refletindo. Note que, em algumas culturas, abaixar a cabeça para outra pessoa é um sinal de respeito;
– Cabeça empinada, por sua vez, significa que a pessoa está confusa ou em desafio. Lembre-se do cão, que ligeiramente ergue sua cabeça quando você faz um barulho esquisito. Em contrapartida, quando em conjunto com um sorriso, a cabeça inclinada pode significar que a pessoa realmente gosta de você e está se divertindo muito com a conversa.

Olhar

– Pessoas que olham constantemente para os lados são muito nervosas, mentirosas ou distraídas. No entanto, se uma pessoa desvia o olhar do interlocutor, pode ser um sinal de desconforto ou submissão. Olhar de soslaio geralmente significa que a pessoa está desconfiada ou não está convencida do que está ouvindo;
– Se alguém olha muito para o chão, provavelmente é tímido ou reservado. As pessoas também tendem a olhar para baixo quando estão chateadas ou tentando esconder algo emocional;
– Pupilas dilatadas significam que a pessoa está interessada. Tenha em mente, entretanto, que muitas drogas causam dilatação das pupilas — como álcool, cocaína, anfetaminas e LSD. Não confunda uma bebedeira com atração;
– Se o olhar parecer distante, é sinal de que a pessoa está em profunda reflexão ou não está ouvindo.

Braços

– Pessoas com braços cruzados estão se fechando à influência social. Embora algumas pessoas simplesmente cruzem os braços como um hábito, isso pode indicar que a pessoa é reservada, desconfortável com sua aparência ou está apenas tentando esconder algo em sua camisa. Se os braços estão cruzados enquanto seus pés estão alinhados com os ombros, trata-se de uma posição de resistência ou de autoridade;
– Se alguém repousa os braços atrás do pescoço ou na cabeça, a pessoa está aberta ao que está sendo discutido ou está apenas descontraída;
– Mãos nos quadris podem indicar espera, impaciência ou apenas cansaço;
– Mãos fechadas ou cerradas indicam irritação, zanga ou nervosismo.

Gestos

– Escovar o cabelo para trás com os dedos pode indicar vaidade, um gesto por hábito, atração por quem está ouvindo ou uma mostra de que os pensamentos estão em conflito com o que você diz. Se as sobrancelhas forem levantadas junto com este gesto, pode ter certeza de que a pessoa não concorda com você;
– Se a pessoa usa óculos e está constantemente a empurrá-los para cima do nariz, com um pequeno franzir de testa, também pode ser uma indicação de que ela discorda do que você está dizendo. Mas tenha o cuidado de certificar-se que a pessoa empurra os óculos com uma intenção e não apenas para ajustá-los casualmente;
– Sobrancelhas baixas e olhos vesgos ilustram uma tentativa de compreender o que está sendo dito ou acontecendo. Geralmente, trata-se de um olhar cético.

Dicas para entender a linguagem corporal

– É fácil reconhecer uma pessoa confiante: ela faz contato visual constante e tem uma postura forte. Ela também pode ficar muito empinada;
– Se uma pessoa fala rápido, murmura muito ou não é clara sobre o que está dizendo, ela pode estar nervosa, mentindo, tentando ganhar tempo ou deixando de dizer a verdade plena (sendo vaga). Esteja ciente, entretanto, de que algumas pessoas realmente resmungam;
– Observe o rosto: ele geralmente emite uma contração muscular involuntária rápida e, às vezes, subconsciente quando acontece alguma coisa que irrita, excita ou diverte;
– Quando uma pessoa fecha os olhos mais do que o tempo que leva para piscar, pode ser sinal de que ela está estressada, alarmada ou desesperada;
– Quando uma pessoa lambe os lábios, é um sinal de que gosta de você.
Fique sempre atento ao que o corpo fala por meio dos sinais da Psicologia e da linguagem corporal. 
Fonte: http://www.sbie.com.br/blog/linguagem-corporal-e-a-psicologia/

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