RESUMO
O estudo investiga as interferências da linguagem das redes sociais utilizada por
crianças e adolescentes na produção de textos. A pesquisa é exploratória e teórica.
Foram observados em estágio obrigatório e presencial, alunos de 5ª série (6º ano) a 8ª
série (9º ano) do Ensino Fundamental; e alunos do 1º ao 3º ano do Ensino Médio, em
sua grande maioria, participantes de ambientes virtuais, principalmente o Facebook. Os
aspectos destacados indicam que parte desses alunos não sabe adequar a escrita às
situações comunicativas que exigem ou não formalidade, o que é prejudicial ao futuro
profissional deles.
PALAVRAS CHAVE: Linguagem das redes sociais; Produção de textos; Norma culta;
Ortografia; Cibercultura
INTRODUÇÃO
Esse estudo investiga as influências da linguagem utilizada nas redes sociais em
relação à produção de textos. Atualmente, essa linguagem online e rápida, que é
prejudicial aos padrões de ensino da norma culta de nossa língua, está acessível nos
diversos aparelhos eletrônicos que nos cercam como computadores, laptops, celulares,
tablets, entre outros. As crianças crescem desde cedo em contato com esses aparelhos e
com essa linguagem, desta forma, como consequência no futuro, encontram
dificuldades no aprendizado e na distinção dos dois modelos de linguagem.
Esse artigo, portanto, defende a importância da atenção de pais, responsáveis,
professores e diretorias das escolas com relação ao processo de ensino-aprendizagem
dessas crianças e adolescentes a fim de melhorar essa realidade.
A Linguagem Virtual utilizada nas redes sociais
Conforme Jussara de Barros, graduada em Pedagogia e membro da equipe da
Revista Brasil Escola, o mundo virtual que nos cerca atualmente de forma massiva e até
viciante, faz uso de uma linguagem própria que abrevia palavras e elas se tornaram uma
configuração padronizada. É uma prática comum entre as crianças e os adolescentes que
utilizam essa nova linguagem para agilizar e dinamizar as conversas. Existem ainda e é
interessante citar, o uso dos desenhos, chamados gifs, que tornam os bate-papos mais
atrativos e substituem determinadas palavras (O INTERNETÊS E A ORTOGRAFIA,
Goiás, 2008. Disponível em:
.
Acesso em: 27 abr. 2014).
Para a produção de textos, entretanto, essa não é uma prática vantajosa porque os
jovens passam a ter pouco contato com o mundo dos livros e da leitura em geral
perdendo assim as noções das formas padrões da Ortografia, as quais ficam
comprometidas.
Esse projeto defende uma falha no processo de ensino-aprendizagem em geral,
pois os professores estão deixando de lado a importância de se fazer o aluno
compreender a diferença que existe entre o uso da linguagem convencional e padrão em
detrimento do uso da linguagem virtual, a qual ele está muito mais acostumado a utilizar
desde a infância.
Desta forma, as escolas precisam trabalhar esses aspectos com seus alunos em
sala de aula, pois não podemos permitir que a escrita correta e padrão seja destruída.
É importante que os pais e familiares responsáveis também coloquem limites
para essas crianças e jovens, e os estimulem a outras práticas de diversão, como por
exemplo: a leitura de bons livros e revistas, visitas aos museus, que assistam bons
filmes, dentre outras.
Citamos aqui algumas palavras utilizadas de formas abreviadas nas redes sociais
consideradas incorretas pela norma culta de nossa língua, as quais comprometem a
Ortografia dos alunos que desconhecem a diferença do uso de uma linguagem e outra,
como: vc (você), blz (beleza), naum (não), cmg (comigo), KD (cadê), pq (porque),
dentre tantas outras.
A partir dessa forma de escrita, professores costumam deparar-se em sala de aula
com textos escritos de maneira errada, nos quais os alunos usam esses termos. Essa
realidade choca as pessoas que preservam a forma padrão da escrita. É necessário,
portanto, buscar formas de fazer com que as crianças e os jovens conheçam as duas
linguagens e a diferença no uso de cada uma a fim de que não as misturem ou utilizem
de forma desordenada, pois somente assim não serão prejudicados tanto na fase escolar
como no futuro.
CONCLUSÃO
Esse artigo não condena a Internet, o mundo virtual e todas as suas facilidades,
até porque hoje já não vivemos mais sem a Internet. Ele apenas reforça a constatação de
que os alunos estão crescendo e convivendo com a linguagem virtual sem as devidas
noções das diferenças existentes entre essa linguagem e a linguagem convencional
(norma culta), ainda considerada como correta.
A linguagem virtual com todas as suas abreviações e características particulares
aqui, não é considerada “errada”, pois a comunicação se concretiza. A questão principal
aqui defendida, é que o aluno precisa conhecer as duas linguagens a fim de ter a
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capacidade de usar aquela que melhor se adequa a cada situação que vivencia, evitando
assim ser prejudicado por fazer o uso incorreto de uma delas.
O aluno pode utilizar a linguagem virtual nas redes sociais como desejar porque
é livre para isso e faz parte desse mundo cibernético, mas ao mesmo tempo ele precisa
desenvolver na escola uma boa redação, um bom texto no vestibular ou em uma
entrevista profissional, trabalhos acadêmicos adequados na faculdade, bons e-mails no
ambiente profissional, enfim, utilizando nesses casos a linguagem convencional (norma
culta da Língua Portuguesa) com extrema noção daquilo que está fazendo.
Em resumo, somente dessa maneira ele garante pleno desenvolvimento pessoal,
acadêmico e profissional com maiores possibilidades de alcançar seus objetivos de vida.
Para ler e saber mais:
http://www.webartigos.com/_resources/files/_modules/article/article_127702_201501211357535359.pdf
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