quarta-feira, 23 de setembro de 2015

As interferências da linguagem das redes sociais na produção de textos

RESUMO
O estudo investiga as interferências da linguagem das redes sociais utilizada por crianças e adolescentes na produção de textos. A pesquisa é exploratória e teórica. Foram observados em estágio obrigatório e presencial, alunos de 5ª série (6º ano) a 8ª série (9º ano) do Ensino Fundamental; e alunos do 1º ao 3º ano do Ensino Médio, em sua grande maioria, participantes de ambientes virtuais, principalmente o Facebook. Os aspectos destacados indicam que parte desses alunos não sabe adequar a escrita às situações comunicativas que exigem ou não formalidade, o que é prejudicial ao futuro profissional deles.

PALAVRAS CHAVE: Linguagem das redes sociais; Produção de textos; Norma culta; Ortografia; Cibercultura

INTRODUÇÃO
Esse estudo investiga as influências da linguagem utilizada nas redes sociais em relação à produção de textos. Atualmente, essa linguagem online e rápida, que é prejudicial aos padrões de ensino da norma culta de nossa língua, está acessível nos diversos aparelhos eletrônicos que nos cercam como computadores, laptops, celulares, tablets, entre outros. As crianças crescem desde cedo em contato com esses aparelhos e com essa linguagem, desta forma, como consequência no futuro, encontram dificuldades no aprendizado e na distinção dos dois modelos de linguagem. Esse artigo, portanto, defende a importância da atenção de pais, responsáveis, professores e diretorias das escolas com relação ao processo de ensino-aprendizagem dessas crianças e adolescentes a fim de melhorar essa realidade.

A Linguagem Virtual utilizada nas redes sociais
Conforme Jussara de Barros, graduada em Pedagogia e membro da equipe da Revista Brasil Escola, o mundo virtual que nos cerca atualmente de forma massiva e até viciante, faz uso de uma linguagem própria que abrevia palavras e elas se tornaram uma configuração padronizada. É uma prática comum entre as crianças e os adolescentes que utilizam essa nova linguagem para agilizar e dinamizar as conversas. Existem ainda e é interessante citar, o uso dos desenhos, chamados gifs, que tornam os bate-papos mais atrativos e substituem determinadas palavras (O INTERNETÊS E A ORTOGRAFIA, Goiás, 2008. Disponível em: . Acesso em: 27 abr. 2014). Para a produção de textos, entretanto, essa não é uma prática vantajosa porque os jovens passam a ter pouco contato com o mundo dos livros e da leitura em geral perdendo assim as noções das formas padrões da Ortografia, as quais ficam comprometidas.
Esse projeto defende uma falha no processo de ensino-aprendizagem em geral, pois os professores estão deixando de lado a importância de se fazer o aluno compreender a diferença que existe entre o uso da linguagem convencional e padrão em detrimento do uso da linguagem virtual, a qual ele está muito mais acostumado a utilizar desde a infância. Desta forma, as escolas precisam trabalhar esses aspectos com seus alunos em sala de aula, pois não podemos permitir que a escrita correta e padrão seja destruída. É importante que os pais e familiares responsáveis também coloquem limites para essas crianças e jovens, e os estimulem a outras práticas de diversão, como por exemplo: a leitura de bons livros e revistas, visitas aos museus, que assistam bons filmes, dentre outras. Citamos aqui algumas palavras utilizadas de formas abreviadas nas redes sociais consideradas incorretas pela norma culta de nossa língua, as quais comprometem a Ortografia dos alunos que desconhecem a diferença do uso de uma linguagem e outra, como: vc (você), blz (beleza), naum (não), cmg (comigo), KD (cadê), pq (porque), dentre tantas outras. A partir dessa forma de escrita, professores costumam deparar-se em sala de aula com textos escritos de maneira errada, nos quais os alunos usam esses termos. Essa realidade choca as pessoas que preservam a forma padrão da escrita. É necessário, portanto, buscar formas de fazer com que as crianças e os jovens conheçam as duas linguagens e a diferença no uso de cada uma a fim de que não as misturem ou utilizem de forma desordenada, pois somente assim não serão prejudicados tanto na fase escolar como no futuro.

CONCLUSÃO 
Esse artigo não condena a Internet, o mundo virtual e todas as suas facilidades, até porque hoje já não vivemos mais sem a Internet. Ele apenas reforça a constatação de que os alunos estão crescendo e convivendo com a linguagem virtual sem as devidas noções das diferenças existentes entre essa linguagem e a linguagem convencional (norma culta), ainda considerada como correta. A linguagem virtual com todas as suas abreviações e características particulares aqui, não é considerada “errada”, pois a comunicação se concretiza. A questão principal aqui defendida, é que o aluno precisa conhecer as duas linguagens a fim de ter a 10 capacidade de usar aquela que melhor se adequa a cada situação que vivencia, evitando assim ser prejudicado por fazer o uso incorreto de uma delas. O aluno pode utilizar a linguagem virtual nas redes sociais como desejar porque é livre para isso e faz parte desse mundo cibernético, mas ao mesmo tempo ele precisa desenvolver na escola uma boa redação, um bom texto no vestibular ou em uma entrevista profissional, trabalhos acadêmicos adequados na faculdade, bons e-mails no ambiente profissional, enfim, utilizando nesses casos a linguagem convencional (norma culta da Língua Portuguesa) com extrema noção daquilo que está fazendo. Em resumo, somente dessa maneira ele garante pleno desenvolvimento pessoal, acadêmico e profissional com maiores possibilidades de alcançar seus objetivos de vida. 

Para ler e saber mais:
http://www.webartigos.com/_resources/files/_modules/article/article_127702_201501211357535359.pdf 

LINGUAGEM, Influência do internetês vai além da ortografia


Décadas atrás, a leitura de gibi por parte de alunos não era bem vista por alguns professores. Hoje, o gibi foi reabilitado, mas a linguagem da internet ? o chamado internetês é apontada como um fator que pode prejudicar a aprendizagem da língua materna.
Professor de Português Jerônimo Pereira Junior - 24 anos de pro
Professor de Português Jerônimo Pereira Junior - 24 anos de profissão. Especialista em Língua Portuguesa, Mestre e Doutorando em Literatura Brasileira.
Boa parte dos críticos dessa linguagem está mais preocupada com os erros de ortogra-fi a ou com o excesso de abreviações. Entre-tanto, segundo dois renomados professores de Língua Portuguesa e de uma psicopedagoga de Passos, os problemas mais sérios são a redução extrema de vocábulos, causando a pobreza voca-bular, e a falta de criatividade na escrita. Ambos são o resultado da defi ciência na leitura de bons textos literários, informativos e opinativos. É que jovens e crianças usam boa parcela do tempo na internet para acessar as redes sociais, nas quais o vocabulário se restringe a um número reduzido de palavras.
Os três são unânimes em dizer que “nunca se escreveu tanto como agora”. E foi justamente isso que trouxe à tona as defi ciências na escrita da lín-gua materna, expondo até mesmo celebridades de fato (e não forjadas) ao ridículo de ser corrigidas por erros de português.
“As dificuldades com a produção de texto vão muito além do uso do internetês”, diz a professora Heloísa Mônica Ajeje Gonçalves, com 40 anos de profissão. Segundo ela, os próprios alunos perce-bem quando deixam escapar um “vc” (você) ou um “naum” (não) no meio de um texto escolar. Entretanto, os erros mais recorrentes são o uso de letras minúsculas em nomes próprios, como “Brasil”, por exemplo, a falta de criatividade na produção de textos e até mesmo a falta de opinião. “Devido à cor-reria dos últimos tempos, os alunos têm cada vez amenos paciência para ler textos e a leitura é fundamental para quem vai escrever”, frisa a professora, que atua nas redes pública e parti-cular de ensino, na Fesp e em seu curso de português, em Passos.
Professora de Português Heloísa Mônica Ajeje Gonçalves - 40 anos de pro
Professora de Português Heloísa Mônica Ajeje Gonçalves - 40 anos de profissão“: As di ficuldades com a produção de texto vão muito além do uso do internetês.”
Há 24 anos à frente de seu curso de português, o professor Jerô-nimo Pereira Júnior diz que os erros ortográfi cos não estão apenas na internet, mas em todos os lugares. “Chegamos a uma época em que não é possível encontrar um panfl eto, cartão de visita, anúncio de jornal ou qualquer coisa escrita em que não haja ao menos um erro de português”, observa ele. Para o professor, os erros não causam nenhum constrangimento. “As empresas erram ao grafar o nome dos produtos que vendem, normal seria que isto afetasse a credibilidade da empresa. Mas não há o mínimo pudor por parte de quem erra, por-que o consumidor não sabe o certo e não se importa com o erro”, diz ele, completando: “Não saber escrever sequer o nome do produto que vende é manifestar a latente crise de identidade que sofre, a pessoa não sabe sequer o que ele é e se julga capaz de produzir algo para o próximo.”
Adequação da linguagem
“Para escrever bem hoje, é fundamental conhecer bem a estrutu-ra de cada tipo de texto para selecionar adequadamente o padrão de linguagem”, afi rma a professora Heloísa Mônica, para quem o mundo moderno multiplicou as tipologias textuais, com o surgimento de vá-rios gêneros de textos. Ela dá o exemplo do e-mail (correio eletrôni-co) – um dos tipos de mensagens mais usados atualmente. “Muitas vezes, quem envia não sabe a diferença entre uma mensagem que vai para um amigo e aquela que é destinada a encaminhar um docu-mento de uma empresa, por exemplo”, observa a professora, que é especialista em Língua Portuguesa e em Literatura Brasileira.
Segundo Heloísa, a linguagem dos usuários das redes sociais “é muito solta, muito livre, cheia de lacunas” e, portanto, imprópria para o envio de um documento, “que tem caráter formal e exige padrão culto”. No seu ponto de vista, a maioria dos internautas que frequentam as redes sociais não sabe em que contexto usar uma ou outra linguagem. “Saber isso é importantíssimo não apenas por causa dos vestibulares, mas também das empresas que exigem uma linguagem adequada a cada tipo de situação comunicativa”, frisa a especia-lista. Ela ensina que quem escreve deve saber qual é o objetivo do texto a ser redigido e a quem ele se destina. Essas informações indicarão qual o registro mais ade-quado a ser usado.
Psicopedagoga Vanessa de Almeira Riboli Beirigo - Vários cursos de especialização na área e 7 anos de experiência clínica: “A visualização de muitas das palavras de nossa língua é fundamental, pois, a escolha da gra
Psicopedagoga Vanessa de Almeira Riboli Beirigo - Vários cursos de especialização na área e 7 anos de experiência clínica: “A visualização de muitas das palavras de nossa língua é fundamental, pois, a escolha da grafia correta está ligada à memória visual.
Mestre em Literatura Brasileira, especialista em Língua Portuguesa e doutorando em Literatura Bra-sileira, o professor Jerônimo disse que as pessoas estão escrevendo cada vez mais. “Antes da Internet poucos tinham espaço para escrever; hoje, com todos escrevendo, vem a público a falha da escola, a Internet mostra o que não se aprendeu, conclui-se que a escola prejudica a Internet, e não o oposto”, observa. Segundo ele, os jovens postam mensagens sem se preocupar com a pontuação. “E o pior é que o outro entende a conversa normalmente, e ainda responde. Parece que estão criando um idioma paralelo”, diz.
Para ele, os diálogos nas redes sociais revelam a falta de conteúdo de boa parte dos usuários. “O diálo-go deles (usuários das redes) é decorado, é sempre o mesmo por falta de conteúdo e de vocabulário. O su-jeito faz uma pergunta já sabendo qual será a resposta, portanto não precisa escrever”, diz o professor. Jerônimo culpa uma parte da mídia que transforma pessoas sem expressão “em celebridades”. No seu ponto de vista, não só a internet, mas outras tecnologias, como o celular, são mais usadas hoje para futilidades. “Não é privilégio dos jovens; hoje, mestres e doutores cometem erros grosseiros na escrita”, critica o ganhador de vários prêmios literários, que está preparando um livro, cujo título provisório é “Doutores de bosta”. A obra será uma crítica à preocupação com títulos, mas não com conteúdos.
Falta concatenação
O uso demasiado das redes sociais apenas para bate-papos sem conteúdo traz sérios problemas no momento da produção de texto seja na escola, seja na empresa ou mesmo na vida pessoal. Heloísa é de opinião que os usuá-rios das redes não precisam abrir mão de seus bate-papos, “mas deveriam dedicar uma parte do tempo para acessar textos de qualidade, como editoriais, artigos de opinião, crônicas, entre outros. Isso faria diferença na sua vida cultural e profissional.”
Conforme a especialista, a falta de organização coerente de ideias é um dos sérios problemas en-contrados em redações escolares ou mesmo nas de vestibular. “Se a pessoa lê bons textos literários, ou de articulistas brilhantes, aprenderá com eles a conca-tenar bem as ideias, argumentar de forma pertinente e original. O problema é que a maioria usa essa fan-tástica ferramenta – que é a internet – para conversas fúteis e improdutivas”, critica Heloísa.
O professor Jerônimo tem opinião semelhante. Segundo ele, as pessoas deveriam se afastar mais da televisão e buscar mais conhecimento sólido. “Ortografi a errônea, o professor corrige; mas, para escre-ver é preciso ter o quê? O crescimento em ideias e conteúdo só a leitura traz, jamais a televisão”, observa.
Ele disse que a situação pode melhorar com a lei-tura e com uma mudança na mentalidade de pais e alunos. “O aluno vê a escola como um castigo. Acha que não é necessário estudar para passar de ano. E é o que parece, pois o governo estabelece normas que difi cultam a reprovação. Quem está no poder não quer formar cidadãos que possam depois questionar este poder”, critica Jerônimo.
Psicopedagoga analisa influência da linguagem
Com vários cursos de especialização na área e sete anos de experiência clínica, a psicopedagoga Vanessa de Almeida Riboli Beirigo analisa a interferência do chamado internetês no padrão de escrita de crianças e adolescentes. Segundo ela, uma corrente de pesquisadores aponta uma interferência negativa, uma descaracterização da língua culta; outra cor-rente não vê problemas na linguagem usada na internet, já que ela estaria atrelada à rapidez que marca o mundo moderno.
“Dizemos que os jovens usam mais o face que o book”, diz Vanessa Beirigo, fazendo um trocadilho com o nome da principal rede social, no momento – o Facebook. Segundo ela, o uso do internetês não tem preocupado os pais, embora possa influenciar no aprendizado da língua materna, em determinadas circunstâncias.
A especialista afirma que é preciso considerar três situações. Os ado-lescentes que têm o hábito da leitura – tanto literária quanto informativa – e uma base alfabética preservada, não constituem preocupação, porque eles sabem usar cada tipo de linguagem nos diferentes contextos e nos diferentes canais.
Já os adolescentes que não têm o hábito da leitura e sequelas na base alfabética podem enfrentar problemas no futuro, na época do vestibular ou mesmo de concursos. “É preciso diagnosticar o problema e iniciar, o quanto antes, uma reabilitação do processo de escrita”, observa a psico-pedagoga.
Outra preocupação é em relação às crianças em fase de fundamenta-ção do processo de alfabetização. “Se elas têm um contato excessivo com a escrita usada na internet, podem se confundir no momento de produzir um texto em língua padrão. A visualização de muitas das palavras de nossa língua é fundamental, pois, a escolha da grafia correta está ligada à me-mória visual,” explica Vanessa.
No seu entendimento, é importante que os pais acompanhem tanto as crianças quanto os adolescentes no uso do computador, orientando-os quando notarem excesso de abreviações, a falta de pontuação e a falta de acentos. “É preciso que os pais mostrem aos fi lhos que aquele tipo de linguagem não é adequado ao meio escolar. Já a escola poderia aprovei-tar essa linguagem e desenvolver projetos com os alunos em seus labo-ratórios de informática que permitissem a reavaliação da linguagem da internet no ambiente escolar”, frisa a especialista. Os professores, por sua vez, poderiam propor a criação de blogs, estimular a pesquisa em deter-minados assuntos, usando a escrita para trabalhar as trocas ortográficas.
“Não podemos descartar o uso da tecnologia associado à educação. Temos de aproveitar da melhor maneira possível, já que não há como re-sistir à linguagem da internet”, frisa a especialista. Outro caminho sugeri-do por ela é investir na leitura. “Aquela criança, aquele jovem que faz uso da leitura, certamente vai escrever muito melhor”, observa Vanessa, que conclui: “ela (leitura) funciona como uma memória fotográfica, uma vez que o leitor vai se lembrar da grafi a correta das palavras lidas e dela fazer uso.”
Por José dos Reis Santos

Fonte: http://www.focomagazine.com.br/materia/925/linguagem-influecircncia-do-internetecircs-vai-aleacutem-da-ortografia

A Linguagem Virtual: uma Nova Identidade dentro e fora da Escola

Atualmente, as trocas de informação, as conversas que a vida corrida do dia a dia não permite e as facilidades de uma linguagem despojada, simples e objetiva, facilitam que as redes sociais façam parte do cotidiano de muitas pessoas.


Os desafios que essa nova linguagem usada na rede - o internetês - impõem nas escolas é grande. Garantir que os alunos consigam estabelecer as diferenças entre a linguagem virtual e a acadêmica é algo que requer uma nova postura docente.


É necessário compreender que na sociedade contemporânea o tempo é algo escasso e que, apesar da velocidade, deve-se assegurar a informação e a comunicação.

As abreviações do internetês são tentativas de simplificar e acelerar a informação.


internetês é a linguagem usada nas redes sociais, visando facilitar o entendimento e rapidez da conversa. Se ele é ou não é um gênero textual, não é uma preocupação presente nos diálogos travados nas salas de bate-papo, no Facebook, no Skype ou em quaisquer outras redes sociais. Vários estudos vêm sendo feitos com a intenção de esclarecer esse ponto. Mas até o momento as opiniões ainda não apontam uma conclusão.


Quando uma língua se espalha, ela muda. O simples fato de que partes do mundo diferem tanto umas das outras, física e culturalmente, significa que os falantes têm inúmeras oportunidades de adaptar a língua, para satisfazer suas necessidades de comunicação e adquirir novas identidades. A parte principal da adaptação será no vocabulário – não apenas novas palavras, mas novos significados para as palavras, e novas expressões idiomáticas. (Crystal, 2005, p.36)

Nas salas de aula, o desafio continua lançado. Como o professor deve agir diante de uma produção de textos onde os alunos escrevam com as abreviações das redes sociais? A orientação para a norma culta da língua portuguesa é uma obrigação de todos os regentes. O aluno possui o direito de saber como é a escrita culta, mas também tem a liberdade de se expressar de forma confortável e segura.


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Referências Bibliográficas

ANDRADE, M. L.. O . Textos construídos na internet: oralidade ou escrita? In: SILVA, Luiz Antônio (org.). a língua que falamos - Português: história, variação e discurso. São Paulo: Ed. Globo, 2005.
BAUMAN, Zigmunt. Modernidade Líquida. Rio de Janeiro: Ed. Zahar, 2001.
_______________ Identidade. Entrevista de Bauman a Benedetto Vecci. Rio de Janeiro: Zahar, 2005.
CASTELLS, Manuel. A Sociedade em Rede - a era da informação: economia, sociedade e cultura. São Paulo: Paz e Terra, 1999.
CRYSTAL, David. A revolução da linguagem. Rio de Janeiro: Ed. Zahar, 2005.
HALL, Stuart. A identidade cultural na pós-modernidade. Rio de Janeiro: DP&A Editora, 11ª edição, 2006.
LÉVY, Pierre. As Tecnologias da Inteligência. Trad. Carlos Irineu da Costa. Rio de Janeiro: Editora 34, 1993.
LÉVY, Pierre. O que é o virtual? Trab. Paulo Neves. São Paulo: Ed. 34, 1996.
LÉVY, Pierre. Cibercultura. Trad. Carlos Irineu da Costa. São Paulo: Ed.34, 1999.
MARCUSCHI, Luiz Antônio. Da fala para a escrita: atividades de retextualização. São Paulo: Cortez, 2003.
______________________ O hipertexto como um novo espaço de escrita em sala de aula. Linguagem & Ensino, vol. 4, nº 01, p. 79-111, ano 2001.
_____________________ Hipertexto e Gêneros textuais. Rio de Janeiro: Ed. Lucerna, 2004.
Ramal, A.C. Educação na Cibercultura: hipertextualidade, leitura, escrita e aprendizagem. Porto Alegre: Artmed, 2002.

Fonte: http://www.rioeduca.net/blogViews.php?bid=16&id=3823

terça-feira, 22 de setembro de 2015

10 razões para usar o portal ensina da RTP


Um dos portais que sigo com muito interesse é o Portal Ensina da RTP que contém imensos recursos para professores e alunos. Esta semana recebi um mail deles com dez razões para os professores usarem o portal Ensina e que de uma forma resumida partilho com vocês:

1.Recursos de Português
Para facilitar a vida de quem os procura, preparam uma listagem exaustiva dos principais artigos deste tema, organizada por áreas.

2.Recursos de História
E fizeram o mesmo em relação à área de História. Desde a pré-história à atualidade, uma selecção do que de melhor a RTP produziu.

3.Livros de referência
Memorial do ConventoOs Maias, ou Bichos, são exemplos de obras tratadas em entrevistas, documentários e pequenas reportagens.

4.Consultório de Português
Programas como Cuidado com a Língua ou rubricas como Bom Português, ajudam quem tem dúvidas.

5.Ciência
botânica, a geografia e a astronomia são temas abordados nesta área. A série Visiokids ajuda os mais novos no mundo fantástico da ciência.

6.Artes
Pintoresmuseus e instrumentos musicais são conteúdos disponíveis para enriquecer o conhecimento sobre arte.

7. Interatividade
A partir dos materiais disponíveis, elaboraram alguns recursos interativos sobre o corpo humanoos descobrimentos ou o sistema solar, entre outros.

8.Documentos únicos
A RTP, através dos seus canais de televisão e de rádio, produziu documentos únicos nos últimos oitenta anos. É o caso desta reportagem no vulcão dos Capelinhos.

9. RTP nas escolas
Há vida nas escolas portuguesas, projetos interessantes que, por vezes, são objecto de reportagem por parte do canal público e que apresentamos no Ensina.

10. Atenção à lusofonia
Para além dos autores portugueses, o Ensina disponibiliza conteúdos sobre escritores lusófonos de outras nacionalidades, como Clarice LispectorJorge AmadoPepetela e José Eduardo Agualusa.

Fonte: http://theblogteacher.blogspot.com.br/2015/09/10-razoes-para-usar-o-portal-ensina-da.html

sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Comunicação e Linguagem na sala de aula - PNL para professores

Nós colhemos muito mais informações da linguagem corporal e do tom de voz de uma pessoa do que das palavras que ela diz. As mensagens que nós enviamos por meio da nossa postura corporal, tom de voz, gestos e expressões correspondem ao que chamamos comunicação não-verbal.
Para a PNL (programação neurolinguística), a comunicação é tão não-verbal e inconsciente quanto é verbal e consciente. Ou seja, nas nossas interações com as pessoas, passamos muita informação por outros meios além das palavras. Essas informações são captadas pelas pessoas que, a partir delas, criam suas representações internas e reagem a elas.
Segundo o pesquisador da Universidade da CalifórniaAlbert Mehrabian, 55% das informações que as pessoas recolhem de você são obtidas de sua linguagem corporal, 38% do tom de sua voz e apenas 7% das palavras que você diz.
Com os alunos não acontece diferente. Durante uma aula, as informações visuais e cinestésicas se sobrepõem às verbais. Os alunos recolhem muito mais informações da postura e do gestual do professor do que propriamente do conteúdo de suas palavras.
"O que você é fala tão alto, que não consigo ouvir o que você está dizendo." (Ralph Waldo Emerson)
Embora essas porcentagens mudem dependendo da situação, é importante que tenhamos consciência de que estamos fornecendo informações aos nossos alunos o tempo todo, sobre o que pensamos a respeito deles, quem somos, nosso trabalho, a escola, o assunto tratado.
  Isso significa que muitas das nossas crenças, valores, julgamentos são percebidos pelos nossos alunos, mesmo que não expressemos essasmensagens na forma de palavras.
Você, professor, está seguro de que realmente vem transmitindo aos seus alunos as mensagens que gostaria? Tem consciência do teor das informações não-verbais que emite por meio da sua linguagem corporal? Consegue avaliar o efeito que essas mensagens não-verbais têm sobre os seus alunos?
Quando as mensagens verbais e não-verbais são contraditórias, confundimos nossos alunos que, normalmente, dão mais peso aos sinais não-verbais que às mensagens verbais.
Dependendo do estilo de aprendizagem do aluno (visual, auditivo ou cinestésico) mensagens contraditórias podem criar distrações ou má interpretação da mensagem, com prejuízos ao processo de ensino-aprendizagem.
É o caso de uma professora que, ao ser questionada pelos alunos sobre o assunto que estava ensinando, assumia a postura de braços cruzados e dava um jeito de se colocar atrás da mesa quando lhes respondia a questão. Aquela postura era entendida inconscientemente pelos alunos como insegurança, falta de precisão no conhecimento e medo de se expor. Com o tempo, os alunos pararam de fazer perguntas e as aulas tornaram-se monólogos entediantes que só poderiam ter gerado um resultado: o nível de aprendizagem da turma caiu cerca de 60%.
Esse caso é apenas um dos inúmeros exemplos que revelam como a linguagem não-verbal afeta as reações dos alunos em relação ao professor e interferem grandemente nos índices de aprendizagem.

Os 4 princípios da Comunicação

Segundo os pesquisadores de linguagem corporal Pierre Weil e Roland Tompakow, há quatro princípios básicos que devemos levar em conta sempre que estivermos nos comunicando com alguém:
1) Os componentes verbais e não-verbais da comunicação podem estar em acordo ou desacordo;
2) É possível discernir quais componentes da mensagem um indivíduo decide conscientemente exteriorizar e quais deles o indivíduo decide consciente ou inconscientemente ocultar;
3) A percepção e a reação que o receptor tem de todos os componentes da mensagem pode ocorrer de forma consciente ou inconsciente.
4) Quando há acordo entre os componentes verbais e não-verbais de uma mensagem, fica confirmada a crença do emissor na verdade que está exteriorizando. Quando há discordância entre os elementos verbais e não-verbais de uma mensagem, fica revelada a oposição reprimida do emissor à ideia que está sendo exteriorizada.
Considere essas quatro regras básicas da gramática da comunicação quando estiver falando aos seus alunos. Preste atenção nos seus gestos, na postura do corpo, na entonação da voz e demais sinais não-verbais que está emitindo. E se eles estão em acordo ou desacordo com os conceitos e valores que pretende ensinar.
Um ajuste entre componentes verbais e não-verbais durante uma aula, buscando concordância entre essas partes pode fazer grande diferença não só no aprendizado da turma, bem como no nível de relacionamento interpessoal que você estabelece com seus alunos.
Além da comunicação na sala de aula, a liderança também é um fator que determina o sucesso no processo da aprendizagem, sugiro a leitura do artigo Como um Professor pode se tornar um Líder na Sala de Aula onde ensino quais são as habilidades que um professor deve desenvolver para se tornar um líder junto aos alunos.
Fonte: http://www.esoterikha.com/coaching-pnl/comunicacao-e-linguagem-na-sala-de-aula-pnl-para-professores.php

Comunicação em sala de aula: o que fazer; o que não fazer

Passar quase 60 minutos escutando uma pessoa falar sem ao menos parar para tomar fôlego não é tarefa das mais fáceis. Imagine só se esse discurso estiver repleto de vícios de linguagens e pausas? Não há bocejos, sonecas e inquietações da platéia que resistam. Você, professor, já ocupou o papel de aluno e sabe muito bem o que isso significa. Agora, do outro lado do jogo, é preciso traçar estratégias para não cometer os mesmos erros de alguns de seus ex-mestres e companheiros de profissão.
O domínio do conteúdo, ao contrário do que muitos imaginam, não é suficiente para garantir o bom desempenho de um docente em sala de aula. Técnicas de comunicação e socialização são essenciais para a construção de uma melhor relação aluno-professor. Não há ensino sem conteúdo e nem sem comunicação. Um elemento é tão importante quanto o outro e sozinhos se tornam superficiais, garante a professora do departamento de educação da PUC-Campinas (Pontifícia Universidade Católica de Campinas), Suely Galli Soares.
É necessário ponderar que, nem sempre, é isso o que acontece na prática. O excessivo e compulsivo comprometimento com o conteúdo programático, muitas vezes, faz com que as outras etapas do ensino-aprendizagem passem desapercebidas. E a comunicação, na visão de especialistas, é uma das primeiras ferramentas a serem deixadas de lado. Isso porque nem todos os profissionais conhecem o poder da comunicação, que é, inclusive, uma das principais responsáveis pelo fracasso ou pelo sucesso de uma aula, explica o professor dos cursos de graduação e pós-graduação em Psicologia da UFRGS (Universidade Federal de Rio Grande do Sul), William Barbosa Gomes.
É justamente esse o segredo do sucesso das aulas de docentes como o professor de sociologia da Fecap (Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado), Luiz Guilherme Brom, que coleciona mais de 20 anos de experiência na área acadêmica. Sempre obtive excelentes resultados nas avaliações discentes dos cursos de graduação e pós-graduação. Isso é reflexo do meu comportamento dentro de sala de aula, conta. E a comunicação, segundo ele, é a espinha dorsal de suas aulas. É por meio dessa ferramenta e de suas diversas formas que consigo vencer um dos principais desafios da profissão: o de transformar o processo ensino-aprendizado em algo atraente, sem sequer usar medidas de imposição, revela.
Aliada ou inimiga?
Do mesmo modo que a comunicação pode se transformar em mais uma ferramenta de trabalho para o professor, assim com o giz, o quadro negro e o data-show, também pode ser uma grande barreira entre docente e aluno, comprometendo, inclusive, a qualidade do ensino. E aí, já sabe qual caminho escolher? Se você pretende seguir em direção a uma comunicação eficiente, não basta, apenas, saber falar, escutar, ler e escrever. Há muitos outros aspectos que devem ser levados em conta. E quando se trata de uma exposição ao público os cuidados e as exigências devem ser ainda maiores. Qualquer descuido pode ser suficiente para causar ruído na comunicação, o que significa que a ponte entre o ensino e o aprendizado pode estar comprometida, alerta Suely.
A eficiência do diálogo ou da exposição do professor é o primeiro ponto que deve ser observado. Não é recomendável falar muito rápido ou mesmo devagar. É preciso encontrar um meio termo para que a aula não se torne cansativa e para que o aluno acompanhe o raciocínio de seu mestre, aconselha a pedagoga. Modular a voz e o ritmo do bate-papo também pode ser boa estratégia, principalmente quando o objetivo do professor é quebrar a monotonia da aula e despertar a atenção do estudante.
Além disso, a linguagem deve ser clara, sem soar informal. Não se pode esquecer que a universidade é um ambiente profissional e de produção do conhecimento. Por isso, a comunicação deve ser rigorosa e ao mesmo tempo agradável, confiável e eficaz, informa. Mas a oralidade também tem lá suas armadilhas, entre elas os vícios de linguagem, as repetições de palavras e as frases cheias de lacunas. São detalhes que podem desviar a atenção do aluno e comprometer o objetivo da aula, afirma Gomes. Desta forma, o professor precisa se policiar para não deixar suas manias e seus vícios interferirem no processo ensino-aprendizagem.
Vale lembrar, no entanto, que a comunicação não se restringe à linguagem oral. É possível também se comunicar com os gestos, os olhos, a postura e até mesmo com as atitudes. O professor é o objeto central de uma aula e até o esparadrapo no aro dos seus óculos pode desviar a atenção do estudante, brinca Suely. Diante disso, é recomendável que o docente evite qualquer exagero que escape do objetivo da aula. Também não se pode esquecer que a postura do professor deve ser condizente com o objetivo que a aula se propõe. Há conteúdos que pedem maior descontração; outros já pedem uma seriedade maior. E é aí que deve entrar em cena o discernimento do docente, alerta.
O ideal é que a comunicação do professor esteja ligada, simultaneamente, a todos os sentidos: visual, auditivo e cinestésico (que envolve percepções pelas partes sensoriais). Isso porque cada aluno tem características próprias para assimilar o conteúdo. O professor deve conhecer seus alunos e saber como atender necessidades individuais e do grupo, garante Gomes. Quanto mais canais forem utilizados na comunicação, maior o número de pessoas atingidas.
Além disso, é preciso abrir espaço para que a comunicação seja interativa. Não basta apenas o professor falar. O aluno também faz parte do processo de ensino-aprendizagem e necessita espaço para apontar suas dúvidas e impressões. Uma boa aula é produzida em conjunto. O docente é um orientador e um agente provocador para o conhecimento, pontua o sociólogo Brom. E mais: esse mecanismo pode ser o termômetro da eficiência da comunicação do professor. A comunicação tem que ser constantemente verificada para evitar ruídos. E o feedback da aula é importantíssimo, até para verificar a qualidade da comunicação. Se o aluno não entendeu é porque a comunicação não foi eficiente, conta.
Seja você mesmo
Alguns cuidados e dicas podem contribuir muito para a performance do professor dentro da sala de aula. No entanto, não é preciso que o docente represente uma personagem. Não se pode caminhar em direção da figura do professor performático. Isso pode transformar o ambiente acadêmico em algo superficial, relata Gomes. O docente deve estabelecer estratégias de comunicação de acordo com sua personalidade e suas habilidades. E, assim, construir sua identidade e sua marca profissional.
Gravar as aulas para avaliação posterior é uma boa maneira de identificar erros e descobrir potencialidades. É importante que o professor observe seus comportamentos diante das diferentes situações e esteja atento aos seus sentimentos dentro de sala de aula, descreve Suely. Além disso, nada melhor do que perguntar sobre o seu desempenho para o próprio receptor da mensagem. Converse com os alunos ou peça para que eles respondam a um questionário, sem identificar os nomes, sobre a sua didática em sala de aula, orienta. Mais eficiente do que o auto-conhecimento e a avaliação externa é a experiência. Mas a dedicação e o grau de comprometimento do professor com o sistema são determinantes no seu desempenho final.

O que não fazer
- Não ministre aulas sentado, isso pode causar ruídos na comunicação.
- Não fale muito devagar. Você corre o risco de entediar o ouvinte.
- Não fale muito rápido para que o aluno consiga acompanhar o seu raciocínio.
- Evite frases cheias de lacunas, tiques gestuais e repetição de palavras para não desviar a atenção do estudante.
- Atente-se aos vícios de linguagens: eles podem levar o aluno ao desinteresse
- Não seja informal. Lembre-se que você está em um ambiente acadêmico.

O que fazer
- Dê aula em pé, de forma que os alunos possam te enxergar.
- Não fale nem muito devagar nem muito rápido. Dê ritmo à comunicação.
- Utilize todos os canais da comunicação: visual, auditivo e cinestésico
- Estabeleça uma comunicação rigorosa, agradável, confiável e eficaz.
- Crie estratégias de comunicação condizentes com o conteúdo.
Fonte: http://www.stellabortoni.com.br/index.php/artigos/1175-iomuoiiaiao-im-sala-ii-aula-o-qui-fazia-o-qui-oao-fazia

O desafio de atualizar-se na área da educação

Manter-se constantemente atualizado e em desenvolvimento é um desafio para todos os profissionais. Com professores não é diferente. Estar sempre a par das novidades na área da educação e das novas formas de transmitir conhecimento não é tarefa fácil, especialmente para essa classe, sabidamente portadora de um ritmo de trabalho frenético e uma agenda atribulada. O especialista norte-americano Steven Anderson, que trabalha com desenvolvimento profissional de professores, exclusivamente com relação ao uso de novas tecnologias em sala de aula, escreveu em seu blog sobre o tema. De acordo com ele, a falta de tempo é o principal obstáculo entre professores e cursos de desenvolvimento profissional, mas há alguns problemas relacionados aos próprios moldes dos programas de atualização, que se tornam pouco atraentes. Em seu texto, ele destaca três pontos que o profissional que promove a capacitação deve ter em mente:
Simplifique: Quando o assunto é adotar uma nova tecnologia em sala de aula, é preciso de tempo e dedicação. Não apenas professores, mas qualquer pessoa que não tenha o hábito de utilizar ferramentas ou programas de computador precisa dedicar-se certo período até compreender sua dinâmica. Muitos instrutores costumam explicar tim-tim por tim-tim os detalhes da tecnologia em questão. Sem dúvida, é interessante. Mas, além de sobrecarregar os participantes de informação, essa abordagem pode causar a impressão de a ferramenta ser pouco prática no dia a dia.
Reflita: Essa dica é importante tanto para o instrutor quanto para os professores. O primeiro pode repensar seus métodos de treinamento (sempre há espaço para melhora) e adaptar seus ensinamentos à realidade dos professores. Esses, por sua vez, ao refletir sobre as novas informações que estão absorvendo, percebem de que forma podem usá-las efetivamente em sala de aula.
Aja: Não apenas durante o treinamento, mas depois dele, os professores querem colocar a mão na massa e utilizar o que foi aprendido. Para isso, é necessário o suporte do profissional que os treinou, que não deve mandar o professor de volta para a sala de aula com novas habilidades e não oferecer algum tipo de acompanhamento. Assim como os próprios professores não apenas jogam informações sobre os alunos sem oferecer assistência.
No entanto, por mais atraente que seja a atualização profissional, a questão do tempo (ou da falta dele) ainda permeia as decisões de professores em participar ou não de tais cursos. O próprio Steve Anderson concluiu, em sua experiência, que a melhor maneira é realizar o curso por demanda, utilizando mídias sociais e minimizando os problemas decorrentes da falta de horário disponível. O uso da internet na educação funciona assim, como uma espécie de expansão de tempo e espaço, fazendo com que todos possam participar, apesar dos obstáculos físicos e temporais. Dessa forma, fica mais fácil para os atarefados professores manterem-se sempre atualizados.
Fonte: http://www.desafiosdaeducacao.com.br/desafio-de-atualizar-se-na-area-da-educacao/

quarta-feira, 2 de setembro de 2015

Autoria e trabalho em equipe



       Fazer do aluno um autor é a atitude a ser praticada em
sala de aula, e também fora dela por parte dos educadores, pois
quando praticamos fica mais simples orientar e mediar o trabalho
dos alunos. 
       As atividades mecânicas de cópia e respostas prontas nos
livros e textos devem ser substituídas por desafios que instiguem
as turmas à pesquisa e consequente produção

O aluno, num processo de aprendizagem, assume papel de
aprendiz ativo e participante (não mais passivo e repetidor),
de sujeito de ações que o levam a aprender e a mudar seu 
comportamento. Essas ações, ele as realiza sozinho (auto
-aprendizagem), com o professor e com os seus colegas 
interaprendizagem).  Busca-se uma mudança de mentalidade
e de atitude por parte do aluno: que ele trabalhe individual
mente para aprender, para colaborar com a aprendizagem dos 
demais colegas, com o grupo, e que ele veja o grupo, os 
colegas e o professor como parceiros idôneos, dispostos a 
colaborar com sua aprendizagem. (MASSETO, 2000, p.141)

Sendo assim a mudança deve partir do educador, passando a ser um 
mediador pedagógico do conhecimento, enxergando no aluno mais 
possibilidades do que apenas ouvir e copiar, pois isso limita seu 
desenvolvimento e senso crítico. A cópia nada mais é do que um ato
mecânico que não leva a uma análise crítica do conteúdo. Há que se 
ter mudança de atitudes em ambas as partes. Levar o aluno a uma
construção contextualizada do conhecimento. Segundo Hoffman (2005)
“Por meio da ação mediadora, da tomada de decisão, ele estará 
afetando vidas e influenciando aprendizagens individuais”, cabe ao 
educador o papel de provocador, plantar a semente da dúvida e guiar
os alunos pela pesquisa em busca do conhecimento.

A aprendizagem colaborativa como estratégia de 
ensino encoraja a participação do aluno no 
processo de aprendizagem. Torna a aprendizagem
um processo activo e o conhecimento resulta 
das interacções e consensos gerados no seio do 
grupo. (MOURA, 2009, p.23)

Fonte: https://sites.google.com/site/ousopedagogicodocelular/fundamentacao-teorica/autoria-e-trabalho-em-equipe