Um Feliz Natal aos seguidores deste blog, meus colegas e amigos!
Que o espirito natalino não seja apenas passageiro, mas que perdure no coração e na mente de todos nós dando frutos durante todo o ano que se inicia.
Um grande abraço
Ligia Coppetti
sexta-feira, 23 de dezembro de 2011
domingo, 18 de dezembro de 2011
Educação Especial: O Apoio do Computador para Alunos em Processo de Desenvolvimento da Leitura e da Escrita
por Delton Aparecido Felipe, Paula Edicléia França Bacaro e Anair Altoé
A leitura e a escrita fazem parte da vida de todo ser humano. Além de ser útil e agradável é também fator de sobrevivência, pois é necessária para o desenvolvimento intelectual das pessoas de modo a interagir com mais eficiência nos aspectos financeiros, culturais e sociais. As informações, na maioria das vezes, chegam ao homem por meio da leitura, sendo esta fundamental para seu desempenho no trabalho, na escola, na rua, já que faz parte do seu dia-a-dia. O conhecimento se dá de diversas maneiras, mas seu principal veículo é a leitura, é por meio dela que o homem analisa, faz comparações, reflete e, conseqüentemente, atinge um grau mais elaborado de conhecimento.
O ato de ler e de escrever é um processo cognitivo, mas a busca por seu desenvolvimento depende, muitas vezes, de como ele acontece. Devemos procurar maneiras, caminhos alternativos, que possibilitem o aprendizado da leitura, respeitando o tempo de cada aluno, fazendo com que ele supere a sua própria limitação. Mais ainda quando nos defrontamos com alunos que apresentam necessidades educacionais especiais. A importância de apoio a estes alunos fica mais evidente. Isto porque eles necessitam de apoio pedagógico diferenciado, que atenda ao seu nível de compreensão e especialmente seu ritmo e tempo para a realização das atividades.
Alliende (1987, p. 37), neste sentido, ressalta que o aluno “[...] que confia em si mesmo tende a enfrentar as dificuldades com menos medo e consegue recuperar-se de alguns fracassos com certa facilidade”. Portando, segundo o referido autor, é importante que o aluno se sinta seguro para que a aprendizagem ocorra. Deve-se, também, partir do princípio que todo aluno apresenta ritmos de aprendizagem diferentes e que o conhecimento ocorrerá por meio da interação entre o aluno e o objeto, uma vez que cada experiência é única.
Muitas vezes, os fracassos e os prognósticos de “déficit intelectual” são diagnosticados como permanentes, fazendo com que o aluno se recuse a ler e a escrever por medo de errar. O erro pode ser visto pelo professor como uma etapa do processo de construção de aprendizagem. Neste sentido, deixa de ser obstáculo à aprendizagem do aluno. Passa a ser um espaço de discussão e elaboração de novos conceitos. No processo de avaliação, quando o aluno apresenta muitos erros, interioriza o fracasso e recebe o estigma de aluno que não aprende ou, então, é designado como portador de “déficit intelectual”. No entanto, importa considerar que a eles não foi dado o direito de participar de outras oportunidades de aprendizagem, diferentes daquelas corriqueiras e rotineiras de sala de aula.
O “déficit intelectual” pode não ser, de fato, permanente. Talvez seja possível reverter este prognóstico com atividades que interessem ao aluno e não causem a ele constrangimentos, por causa da má grafia ou uma leitura lenta. Para tanto, devemos entender como o processo de leitura e de escrita pode ser encaminhado e como o computador e a Internet, por meio de uma metodologia adequada, direcionada, podem atender às necessidades dos alunos e colaborar com o processo de ensino e de aprendizagem.
A LEITURA, A ESCRITA: APORTES TEÓRICOS.
A leitura, segundo Alliende (1987) requer do aluno uma atitude ativa de participação. O aluno, ao ler, reconstitui as palavras, como se as ouvisse, dá a elas a entonação e o ritmo que deseja. O ato de ler motiva o cérebro a ter pensamentos e criatividade, isto colabora para que o leitor não apenas reproduza a leitura, mas a interprete à sua maneira ou conforme a sua necessidade.
Os alunos com dificuldade de leitura e, conseqüentemente, de escrita fazem uma leitura codificada. Este tipo de leitura prejudica o seu interesse. Entretanto é necessária, pois, para se alcançar um nível compreensível do conteúdo do texto lido, é preciso promover o desenvolvimento das habilidades de leitura. Estas habilidades estão relacionadas à fluência e à compreensão da leitura. Mas é preciso que se respeite o ritmo próprio de cada aluno (Cagliari, 2003).
O processo que busca uma leitura fluente e compreensível pelo aluno não precisa ser de aspecto maçante, como as leituras obrigatórias, mas pode estar vinculado a leituras de interesses pessoais, as quais fazem parte da vida social dos alunos. Ao ler e escrever, o aluno procura sentido, se não houver, sente-se desmotivado para continuar (Cagliari, 2003).
Quando trabalhamos com alunos com necessidades educacionais especiais que apresentem problemas de aprendizagem na leitura e na escrita, é necessário motivá-los com textos de seu interesse e que façam parte do seu cotidiano. Neste processo, o aluno perceberá a importância que a leitura e a escrita representam para o seu desenvolvimento cognitivo ou intelectual. É necessário, também, que o aluno, mesmo com necessidades educacionais especiais, perceba o valor social da leitura e da escrita e a sua aplicabilidade.
Cabe ao professor elaborar atividades de leitura que atendam ao interesse e às necessidades dos alunos. Cagliari (2003, p. 101) diz que “antes de ensinar a escrever é preciso saber o que os alunos esperam da escrita, qual julgam ser sua utilidade e, a partir daí, programar atividades adequadamente”. A escolha do material de leitura é importante porque ler e escrever vai além da aprendizagem das letras e das palavras. É necessário que o aluno encontre nas atividades sentido e aplicabilidade em sua vida cotidiana.
A perspectiva de ver a importância da leitura através das funções que ela pode ter permite ao educador e a todos os que se empenham no desenvolvimento de um ser humano ligar a atividade de ler com as necessidades da pessoa. Deste modo, evita-se que a leitura seja uma simples destreza mecânica que tende a extinguir-se por falta de aplicabilidade e se chegar a focalizá-la como habilidade relacionada com os mais importantes aspectos da vida pessoal e social (ALLIENDE, 1987, p. 23).
A leitura e a escrita são parceiras da aprendizagem, pois quando se lê surgem às produções da linguagem escrita, as quais são elaboradas no pensamento do leitor. Neste sentido, Alliende (1987, p. 23) diz que “a leitura apresenta ao leitor as palavras como seqüência de letras que lhe proporcionam uma imagem gráfica, a qual lhe permite reproduzir corretamente a escrita”.
As informações que os alunos recebem por meio das leituras fazem com que os mesmos elaborem pensamentos e ações. Ao mesmo tempo, permitem aos alunos opinar sobre as mesmas. Lendo, aprendem a buscar diferenças e igualdades. Esta busca faz com que surjam questionamentos, os quais provocam desequilíbrio cognitivo no aluno, o qual favorece o seu desenvolvimento. O desequilíbrio cognitivo faz com que o aluno busque pelo equilíbrio, procurando outras informações que o ajudem na compreensão. Este exercício colabora com a construção do conhecimento (Valente, 1991).
Ao analisar o processo de leitura e de escrita, podemos perceber outro dado significativo para o desenvolvimento dos alunos. Quando o aluno com necessidades educacionais especiais aprende a ler e escrever e tem compreensão de sua leitura e escrita, pode tornar-se mais autônomo, visto que pela leitura e escrita, ele representa ações e pensamentos. Esta autonomia colabora com o seu processo de socialização e comunicação ao alcançar uma melhor compreensão do universo em que vive.
O inverso acontece quando o aluno com necessidades educacionais especiais apenas aprende a ler e escrever sem ter relação com o que lhe interessa, com suas necessidades e seu cotidiano. O aluno, ao não ter compreensão e fazer uma leitura e escrita codificada, sem conexão e sem sentido, conseqüentemente, pode não alcançar a autonomia.
É fundamental, também, que os alunos saibam, por meio do professor, que a escrita é pensamento e a leitura pode ser do seu próprio pensamento ou pensamento de outras pessoas. Isto faz com que os alunos percebam que a leitura tem fundamento, não representa um ato vazio e sem sentido.
Não podemos deixar de destacar a importância que o professor representa neste processo de ensino e aprendizagem dos alunos. Ele precisa ter sensibilidade e comprometer-se com a aprendizagem dos alunos. É necessário que o professor proponha objetivos e que aceite o desafio em nome da aprendizagem dos alunos (Parga, 2004).
O COMPUTADOR NO PROCESSO DE LEITURA
O trabalho docente para alunos com necessidades educacionais especiais é um desafio tanto nas salas de educação especial como em salas de ensino regular inclusiva. Com a diversidade de comprometimento mental, é necessário que o professor faça um estudo de caso para buscar o caminho, a metodologia de ensinar esses alunos. Este caminho pode ser usado de diversas maneiras, com várias ferramentas educacionais. A informática aplicada à educação, com uma proposta construcionista, pode ser utilizada no processo de ensino e de aprendizagem. Com o uso do computador pode-se elaborar diversas atividades pedagógicas (Papert, 1994).
Neste sentido, o computador pode ser um grande aliado no processo de desenvolvimento da leitura e da escrita. Pois a imagem provoca o aluno a querer saber mais sobre a informação que está visualizando. O computador envolve-o por meio da variação de cores, movimento, imagens, que chamam a atenção do mesmo para novas leituras. Essas atividades de leitura proporcionam novo meio ou maneira do aluno expressar e de se relacionar, pois transmite várias informações, as quais possibilitam ao aluno melhorar sua comunicação. Promove o aluno a desenvolver novas habilidades do uso da máquina, que o levam a novas aprendizagens, as quais proporcionam diferentes formas de pensar e aprender. Pallof & Pratt (2002, p. 90), afirma que “quando os alunos envolve-se com um processo de aprendizagem em que a tecnologia seja utilizada eles aprendem não apenas sobre a matéria do curso, mas também sobre o processo de aprendizagem e sobre si mesmo”.
Valente (1999) destaca que o computador armazena, representa e transmite informações. Estas informações possibilitam ao aluno a construção do conhecimento à medida que recebe as informações que são memorizadas e processadas pelos esquemas mentais. Quando o aluno está diante de um desafio ou problema que precisa ser resolvido, ele busca um novo conhecimento. Caso o aluno não obtenha conhecimento suficiente, busca outras informações que, são unidas ao conhecimento existente, possibilitam ao aluno a execução de sua tarefa.
Outro fator interessante é que por meio do computador os alunos sentem-se mais livres e os erros tornam-se insignificantes. Apagar e fazer novamente torna mais divertido e menos traumático. Deste modo o erro colabora com o desenvolvimento da escrita do aluno. Quando o aluno percebe que errou, entra em conflito e se desequilibra. Ao buscar o equilíbrio novamente, ele reconstrói a palavra. Este processo proporciona ao aluno aprendizado, pois ele pensa, reflete, analisa e realiza sua ação diante da descoberta do erro. O computador, pela variedade de funções, permite ao aluno executar esta tarefa sem perceber sua real dimensão de aprendizagem (Valente, 1999).
Geralmente, nas tarefas realizadas em sala de aula pelos alunos, percebe-se uma recusa em refazê-las, caso estejam erradas (Cagliari, 2003). No computador, dificilmente o aluno se recusa a corrigir a tarefa. E esta correção, geralmente, decorre da necessidade do próprio aluno quando percebe o erro. Em relação às atividades de programação, é importante ressaltar que, quando o aluno executa uma tarefa e percebe que não atingiu seu objetivo, reformula suas idéias, procura pelo erro e executa a tarefa de programação novamente. Quando o aluno com necessidades educacionais especiais atinge seu objetivo, sente-se motivado a efetuar outras tarefas. Neste processo, é fundamental a participação do professor. É ele quem vai planejar e executar ações para que o aluno descubra o próprio erro ( Valente, 1991).
Ao utilizar o computador, o aluno analisa, questiona as várias informações que recebe e este processo contribui na construção do seu conhecimento. Quanto mais o aluno interage com o computador, mais informações ele recebe, as quais colaboram para a construção do seu conhecimento (Valente, 1999). No caso dos alunos com necessidades educacionais especiais, esta interação com a máquina faz os alunos serem mais audaciosos, despidos de insegurança. Estes fatores contribuem com o seu desenvolvimento intelectual de maneira natural. A tentativa, o comando, a construção e a desconstrução do erro e a liberdade do ato de experimentar são ações que contribuem para o processo de ensino e aprendizagem.
As atividades que os alunos realizam no computador podem explorar mais seu intelecto que as atividades repetitivas de alfabetização propostas em sala de aula. Para os alunos, as atividades realizadas no computador são sempre novas, visto que apresentam vários recursos a serem utilizados. Papert (1994, p. 70), diz que “é necessário que os professores desenvolvam a habilidade de beneficiarem da presença dos computadores e de levarem este beneficio para seus alunos”.
Outro fator que, também, contribui neste processo é a ausência da avaliação, pois as atividades pedagógicas podem ser desenvolvidas em um ambiente em que os mesmos não se sentem avaliados pelo professor. Sem a preocupação da avaliação, os alunos se apresentam mais livres em suas atividades e o computador se torna o veículo onde o aluno executa tarefas, elabora pensamentos e ações sem medo de errar.
Esta liberdade pode ser vista quando está relacionada ao uso da internet. O número de informações recebido é numeroso, e sobre os mais variados temas, o que possibilita ao aluno ler, pensar, refletir, procurar, ou seja, classificar o que lhe interessa. Cabe ao professor provocar os alunos a classificar tais informações. Esta ação é essencial no processo de aprendizagem, porque proporciona ao aluno a possibilidade da descoberta.
A classificação é uma função cognitiva que o aluno precisa utilizar quando usa a Internet. Devido ao grande número de informações que recebe, necessita fazer uma classificação das mesmas. Esta classificação informacional proporciona ao aluno autonomia, fundamental para o seu desenvolvimento, sobretudo para os alunos com necessidades educacionais especiais, já que podem apresentar dificuldades em realizar escolhas ou manifestar opiniões. Esta atividade proporciona a este aluno, em especial, mais segurança, a qual, provavelmente, vai ajudá-lo nas tarefas diárias.
Outra questão importante está na cooperação e socialização que o ambiente educacional informatizado oferece. O processo de navegação on-line proporciona aos alunos o despertar de suas potencialidades voltadas para o desenvolvimento coletivo, no qual um aluno ajuda o outro, esta cooperação se torna importante para o desenvolvimento pessoal de cada um. Wadsworth (1997) destaca que a interação social e a colaboração entre os colegas é essencial para o desenvolvimento e a aprendizagem dos alunos.
O ambiente tecnológico informativo, no qual está presente a relação social colaborativa, possibilita aos alunos com necessidades educacionais especiais a descoberta de caminhos alternativos para vencer suas limitações físicas e, ainda, os ajuda a buscar uma vida social normal. Atualmente, em quase todos os encontros sociais de adolescente, podemos perceber o mesmo tópico de assunto, ou seja, a Internet.
Neste sentido, Valente (1991, p. 64) apresenta sua contribuição, ao destacar que
Antes mesmo, de sentir necessidade de desenvolver-se intelectualmente, o individuo deficiente tem grande necessidade de se comunicar com o mundo tanto de imitir quanto de receber informações do mundo exterior. E o computador tem desempenhado um importante papel nesta área.
Além de todas as funções que o computador pode oferecer, há a importância da socialização que o ambiente computacional promove aos alunos. Para Santarosa (2001, p. 6-7), o “[...] computador é um instrumento privilegiado de mediação no processo de ensino-aprendizagem e de apropriação cognitiva [...] socioafetiva, da comunicação, entre outros”. Quanto maior for o acesso à informação, à comunicação, à interação, mais ampla será a socialização.
O ambiente também colabora com a aprendizagem dos alunos. Para os alunos, os laboratórios de informática são lugares de entretenimento e diversão. Por meio de uma atuação pedagógica, podem ser utilizados como ambientes que promovem habilidades de comunicação oral e escrita que se elevam a registros de pensamentos mais elaborados (Papert, 1994).
O computador pode oferecer mais segurança no que se refere à aprendizagem, cooperação, socialização, autonomia e independência. Contudo, necessita da atuação do professor que ao se fundamentarem em uma proposta construcionista de aprendizagem, organiza, por meio do computador, atividades que atendam as necessidades de aprendizagem do aluno.
O computador sozinho não promove aprendizado, cabe ao professor a tarefa de instigar, provocar, questionar o aluno para que ele possa ver, refletir sobre as informações que recebe e elaborar conhecimento. O conjunto de informações, se devidamente trabalhadas, poderá possibilitar ao aluno a construção de seu conhecimento. É importante que a relação entre o professor e o aluno seja interpessoal, em um ambiente de comunicação efetiva e colaborativa (Pallof & Pratt, 2002).
Fonte: http://www.profala.com/arteducesp135.htm
A leitura e a escrita fazem parte da vida de todo ser humano. Além de ser útil e agradável é também fator de sobrevivência, pois é necessária para o desenvolvimento intelectual das pessoas de modo a interagir com mais eficiência nos aspectos financeiros, culturais e sociais. As informações, na maioria das vezes, chegam ao homem por meio da leitura, sendo esta fundamental para seu desempenho no trabalho, na escola, na rua, já que faz parte do seu dia-a-dia. O conhecimento se dá de diversas maneiras, mas seu principal veículo é a leitura, é por meio dela que o homem analisa, faz comparações, reflete e, conseqüentemente, atinge um grau mais elaborado de conhecimento.
O ato de ler e de escrever é um processo cognitivo, mas a busca por seu desenvolvimento depende, muitas vezes, de como ele acontece. Devemos procurar maneiras, caminhos alternativos, que possibilitem o aprendizado da leitura, respeitando o tempo de cada aluno, fazendo com que ele supere a sua própria limitação. Mais ainda quando nos defrontamos com alunos que apresentam necessidades educacionais especiais. A importância de apoio a estes alunos fica mais evidente. Isto porque eles necessitam de apoio pedagógico diferenciado, que atenda ao seu nível de compreensão e especialmente seu ritmo e tempo para a realização das atividades.
Alliende (1987, p. 37), neste sentido, ressalta que o aluno “[...] que confia em si mesmo tende a enfrentar as dificuldades com menos medo e consegue recuperar-se de alguns fracassos com certa facilidade”. Portando, segundo o referido autor, é importante que o aluno se sinta seguro para que a aprendizagem ocorra. Deve-se, também, partir do princípio que todo aluno apresenta ritmos de aprendizagem diferentes e que o conhecimento ocorrerá por meio da interação entre o aluno e o objeto, uma vez que cada experiência é única.
Muitas vezes, os fracassos e os prognósticos de “déficit intelectual” são diagnosticados como permanentes, fazendo com que o aluno se recuse a ler e a escrever por medo de errar. O erro pode ser visto pelo professor como uma etapa do processo de construção de aprendizagem. Neste sentido, deixa de ser obstáculo à aprendizagem do aluno. Passa a ser um espaço de discussão e elaboração de novos conceitos. No processo de avaliação, quando o aluno apresenta muitos erros, interioriza o fracasso e recebe o estigma de aluno que não aprende ou, então, é designado como portador de “déficit intelectual”. No entanto, importa considerar que a eles não foi dado o direito de participar de outras oportunidades de aprendizagem, diferentes daquelas corriqueiras e rotineiras de sala de aula.
O “déficit intelectual” pode não ser, de fato, permanente. Talvez seja possível reverter este prognóstico com atividades que interessem ao aluno e não causem a ele constrangimentos, por causa da má grafia ou uma leitura lenta. Para tanto, devemos entender como o processo de leitura e de escrita pode ser encaminhado e como o computador e a Internet, por meio de uma metodologia adequada, direcionada, podem atender às necessidades dos alunos e colaborar com o processo de ensino e de aprendizagem.
A LEITURA, A ESCRITA: APORTES TEÓRICOS.
A leitura, segundo Alliende (1987) requer do aluno uma atitude ativa de participação. O aluno, ao ler, reconstitui as palavras, como se as ouvisse, dá a elas a entonação e o ritmo que deseja. O ato de ler motiva o cérebro a ter pensamentos e criatividade, isto colabora para que o leitor não apenas reproduza a leitura, mas a interprete à sua maneira ou conforme a sua necessidade.
Os alunos com dificuldade de leitura e, conseqüentemente, de escrita fazem uma leitura codificada. Este tipo de leitura prejudica o seu interesse. Entretanto é necessária, pois, para se alcançar um nível compreensível do conteúdo do texto lido, é preciso promover o desenvolvimento das habilidades de leitura. Estas habilidades estão relacionadas à fluência e à compreensão da leitura. Mas é preciso que se respeite o ritmo próprio de cada aluno (Cagliari, 2003).
O processo que busca uma leitura fluente e compreensível pelo aluno não precisa ser de aspecto maçante, como as leituras obrigatórias, mas pode estar vinculado a leituras de interesses pessoais, as quais fazem parte da vida social dos alunos. Ao ler e escrever, o aluno procura sentido, se não houver, sente-se desmotivado para continuar (Cagliari, 2003).
Quando trabalhamos com alunos com necessidades educacionais especiais que apresentem problemas de aprendizagem na leitura e na escrita, é necessário motivá-los com textos de seu interesse e que façam parte do seu cotidiano. Neste processo, o aluno perceberá a importância que a leitura e a escrita representam para o seu desenvolvimento cognitivo ou intelectual. É necessário, também, que o aluno, mesmo com necessidades educacionais especiais, perceba o valor social da leitura e da escrita e a sua aplicabilidade.
Cabe ao professor elaborar atividades de leitura que atendam ao interesse e às necessidades dos alunos. Cagliari (2003, p. 101) diz que “antes de ensinar a escrever é preciso saber o que os alunos esperam da escrita, qual julgam ser sua utilidade e, a partir daí, programar atividades adequadamente”. A escolha do material de leitura é importante porque ler e escrever vai além da aprendizagem das letras e das palavras. É necessário que o aluno encontre nas atividades sentido e aplicabilidade em sua vida cotidiana.
A perspectiva de ver a importância da leitura através das funções que ela pode ter permite ao educador e a todos os que se empenham no desenvolvimento de um ser humano ligar a atividade de ler com as necessidades da pessoa. Deste modo, evita-se que a leitura seja uma simples destreza mecânica que tende a extinguir-se por falta de aplicabilidade e se chegar a focalizá-la como habilidade relacionada com os mais importantes aspectos da vida pessoal e social (ALLIENDE, 1987, p. 23).
A leitura e a escrita são parceiras da aprendizagem, pois quando se lê surgem às produções da linguagem escrita, as quais são elaboradas no pensamento do leitor. Neste sentido, Alliende (1987, p. 23) diz que “a leitura apresenta ao leitor as palavras como seqüência de letras que lhe proporcionam uma imagem gráfica, a qual lhe permite reproduzir corretamente a escrita”.
As informações que os alunos recebem por meio das leituras fazem com que os mesmos elaborem pensamentos e ações. Ao mesmo tempo, permitem aos alunos opinar sobre as mesmas. Lendo, aprendem a buscar diferenças e igualdades. Esta busca faz com que surjam questionamentos, os quais provocam desequilíbrio cognitivo no aluno, o qual favorece o seu desenvolvimento. O desequilíbrio cognitivo faz com que o aluno busque pelo equilíbrio, procurando outras informações que o ajudem na compreensão. Este exercício colabora com a construção do conhecimento (Valente, 1991).
Ao analisar o processo de leitura e de escrita, podemos perceber outro dado significativo para o desenvolvimento dos alunos. Quando o aluno com necessidades educacionais especiais aprende a ler e escrever e tem compreensão de sua leitura e escrita, pode tornar-se mais autônomo, visto que pela leitura e escrita, ele representa ações e pensamentos. Esta autonomia colabora com o seu processo de socialização e comunicação ao alcançar uma melhor compreensão do universo em que vive.
O inverso acontece quando o aluno com necessidades educacionais especiais apenas aprende a ler e escrever sem ter relação com o que lhe interessa, com suas necessidades e seu cotidiano. O aluno, ao não ter compreensão e fazer uma leitura e escrita codificada, sem conexão e sem sentido, conseqüentemente, pode não alcançar a autonomia.
É fundamental, também, que os alunos saibam, por meio do professor, que a escrita é pensamento e a leitura pode ser do seu próprio pensamento ou pensamento de outras pessoas. Isto faz com que os alunos percebam que a leitura tem fundamento, não representa um ato vazio e sem sentido.
Não podemos deixar de destacar a importância que o professor representa neste processo de ensino e aprendizagem dos alunos. Ele precisa ter sensibilidade e comprometer-se com a aprendizagem dos alunos. É necessário que o professor proponha objetivos e que aceite o desafio em nome da aprendizagem dos alunos (Parga, 2004).
O COMPUTADOR NO PROCESSO DE LEITURA
O trabalho docente para alunos com necessidades educacionais especiais é um desafio tanto nas salas de educação especial como em salas de ensino regular inclusiva. Com a diversidade de comprometimento mental, é necessário que o professor faça um estudo de caso para buscar o caminho, a metodologia de ensinar esses alunos. Este caminho pode ser usado de diversas maneiras, com várias ferramentas educacionais. A informática aplicada à educação, com uma proposta construcionista, pode ser utilizada no processo de ensino e de aprendizagem. Com o uso do computador pode-se elaborar diversas atividades pedagógicas (Papert, 1994).
Neste sentido, o computador pode ser um grande aliado no processo de desenvolvimento da leitura e da escrita. Pois a imagem provoca o aluno a querer saber mais sobre a informação que está visualizando. O computador envolve-o por meio da variação de cores, movimento, imagens, que chamam a atenção do mesmo para novas leituras. Essas atividades de leitura proporcionam novo meio ou maneira do aluno expressar e de se relacionar, pois transmite várias informações, as quais possibilitam ao aluno melhorar sua comunicação. Promove o aluno a desenvolver novas habilidades do uso da máquina, que o levam a novas aprendizagens, as quais proporcionam diferentes formas de pensar e aprender. Pallof & Pratt (2002, p. 90), afirma que “quando os alunos envolve-se com um processo de aprendizagem em que a tecnologia seja utilizada eles aprendem não apenas sobre a matéria do curso, mas também sobre o processo de aprendizagem e sobre si mesmo”.
Valente (1999) destaca que o computador armazena, representa e transmite informações. Estas informações possibilitam ao aluno a construção do conhecimento à medida que recebe as informações que são memorizadas e processadas pelos esquemas mentais. Quando o aluno está diante de um desafio ou problema que precisa ser resolvido, ele busca um novo conhecimento. Caso o aluno não obtenha conhecimento suficiente, busca outras informações que, são unidas ao conhecimento existente, possibilitam ao aluno a execução de sua tarefa.
Outro fator interessante é que por meio do computador os alunos sentem-se mais livres e os erros tornam-se insignificantes. Apagar e fazer novamente torna mais divertido e menos traumático. Deste modo o erro colabora com o desenvolvimento da escrita do aluno. Quando o aluno percebe que errou, entra em conflito e se desequilibra. Ao buscar o equilíbrio novamente, ele reconstrói a palavra. Este processo proporciona ao aluno aprendizado, pois ele pensa, reflete, analisa e realiza sua ação diante da descoberta do erro. O computador, pela variedade de funções, permite ao aluno executar esta tarefa sem perceber sua real dimensão de aprendizagem (Valente, 1999).
Geralmente, nas tarefas realizadas em sala de aula pelos alunos, percebe-se uma recusa em refazê-las, caso estejam erradas (Cagliari, 2003). No computador, dificilmente o aluno se recusa a corrigir a tarefa. E esta correção, geralmente, decorre da necessidade do próprio aluno quando percebe o erro. Em relação às atividades de programação, é importante ressaltar que, quando o aluno executa uma tarefa e percebe que não atingiu seu objetivo, reformula suas idéias, procura pelo erro e executa a tarefa de programação novamente. Quando o aluno com necessidades educacionais especiais atinge seu objetivo, sente-se motivado a efetuar outras tarefas. Neste processo, é fundamental a participação do professor. É ele quem vai planejar e executar ações para que o aluno descubra o próprio erro ( Valente, 1991).
Ao utilizar o computador, o aluno analisa, questiona as várias informações que recebe e este processo contribui na construção do seu conhecimento. Quanto mais o aluno interage com o computador, mais informações ele recebe, as quais colaboram para a construção do seu conhecimento (Valente, 1999). No caso dos alunos com necessidades educacionais especiais, esta interação com a máquina faz os alunos serem mais audaciosos, despidos de insegurança. Estes fatores contribuem com o seu desenvolvimento intelectual de maneira natural. A tentativa, o comando, a construção e a desconstrução do erro e a liberdade do ato de experimentar são ações que contribuem para o processo de ensino e aprendizagem.
As atividades que os alunos realizam no computador podem explorar mais seu intelecto que as atividades repetitivas de alfabetização propostas em sala de aula. Para os alunos, as atividades realizadas no computador são sempre novas, visto que apresentam vários recursos a serem utilizados. Papert (1994, p. 70), diz que “é necessário que os professores desenvolvam a habilidade de beneficiarem da presença dos computadores e de levarem este beneficio para seus alunos”.
Outro fator que, também, contribui neste processo é a ausência da avaliação, pois as atividades pedagógicas podem ser desenvolvidas em um ambiente em que os mesmos não se sentem avaliados pelo professor. Sem a preocupação da avaliação, os alunos se apresentam mais livres em suas atividades e o computador se torna o veículo onde o aluno executa tarefas, elabora pensamentos e ações sem medo de errar.
Esta liberdade pode ser vista quando está relacionada ao uso da internet. O número de informações recebido é numeroso, e sobre os mais variados temas, o que possibilita ao aluno ler, pensar, refletir, procurar, ou seja, classificar o que lhe interessa. Cabe ao professor provocar os alunos a classificar tais informações. Esta ação é essencial no processo de aprendizagem, porque proporciona ao aluno a possibilidade da descoberta.
A classificação é uma função cognitiva que o aluno precisa utilizar quando usa a Internet. Devido ao grande número de informações que recebe, necessita fazer uma classificação das mesmas. Esta classificação informacional proporciona ao aluno autonomia, fundamental para o seu desenvolvimento, sobretudo para os alunos com necessidades educacionais especiais, já que podem apresentar dificuldades em realizar escolhas ou manifestar opiniões. Esta atividade proporciona a este aluno, em especial, mais segurança, a qual, provavelmente, vai ajudá-lo nas tarefas diárias.
Outra questão importante está na cooperação e socialização que o ambiente educacional informatizado oferece. O processo de navegação on-line proporciona aos alunos o despertar de suas potencialidades voltadas para o desenvolvimento coletivo, no qual um aluno ajuda o outro, esta cooperação se torna importante para o desenvolvimento pessoal de cada um. Wadsworth (1997) destaca que a interação social e a colaboração entre os colegas é essencial para o desenvolvimento e a aprendizagem dos alunos.
O ambiente tecnológico informativo, no qual está presente a relação social colaborativa, possibilita aos alunos com necessidades educacionais especiais a descoberta de caminhos alternativos para vencer suas limitações físicas e, ainda, os ajuda a buscar uma vida social normal. Atualmente, em quase todos os encontros sociais de adolescente, podemos perceber o mesmo tópico de assunto, ou seja, a Internet.
Neste sentido, Valente (1991, p. 64) apresenta sua contribuição, ao destacar que
Antes mesmo, de sentir necessidade de desenvolver-se intelectualmente, o individuo deficiente tem grande necessidade de se comunicar com o mundo tanto de imitir quanto de receber informações do mundo exterior. E o computador tem desempenhado um importante papel nesta área.
Além de todas as funções que o computador pode oferecer, há a importância da socialização que o ambiente computacional promove aos alunos. Para Santarosa (2001, p. 6-7), o “[...] computador é um instrumento privilegiado de mediação no processo de ensino-aprendizagem e de apropriação cognitiva [...] socioafetiva, da comunicação, entre outros”. Quanto maior for o acesso à informação, à comunicação, à interação, mais ampla será a socialização.
O ambiente também colabora com a aprendizagem dos alunos. Para os alunos, os laboratórios de informática são lugares de entretenimento e diversão. Por meio de uma atuação pedagógica, podem ser utilizados como ambientes que promovem habilidades de comunicação oral e escrita que se elevam a registros de pensamentos mais elaborados (Papert, 1994).
O computador pode oferecer mais segurança no que se refere à aprendizagem, cooperação, socialização, autonomia e independência. Contudo, necessita da atuação do professor que ao se fundamentarem em uma proposta construcionista de aprendizagem, organiza, por meio do computador, atividades que atendam as necessidades de aprendizagem do aluno.
O computador sozinho não promove aprendizado, cabe ao professor a tarefa de instigar, provocar, questionar o aluno para que ele possa ver, refletir sobre as informações que recebe e elaborar conhecimento. O conjunto de informações, se devidamente trabalhadas, poderá possibilitar ao aluno a construção de seu conhecimento. É importante que a relação entre o professor e o aluno seja interpessoal, em um ambiente de comunicação efetiva e colaborativa (Pallof & Pratt, 2002).
Fonte: http://www.profala.com/arteducesp135.htm
A língua em todas as disciplinas
por Luis Carlos de Menezes
Por serem essenciais na formação escolar, a leitura e a escrita merecem atenção específica dos professores das diversas áreas.
Por exemplo, para o professor de geografia, examinar um mapa é fazer um exercício expressivo e pessoal sobre a escrita
Desde que nascemos, aprendemos a interpretar gestos, olhares, palavras e imagens. Esse processo é potencializado pela escola, por meio da leitura e da escrita, o que nos dá acesso a grande parte da cultura humana. Isso envolve todas as áreas, pois, mais do que reproduzir o som das palavras, trata-se de compreendê-las - e quem sabe relacionar termos como paráfrase, latifúndio, colonialismo e transgênico aos seus significados faz uso de um letramento obtido em aulas de Língua Portuguesa, Geografia, História e Ciências, respectivamente.
A chamada alfabetização científico-tecnológica mostra essa preocupação no ensino de Ciências. Falta muito, porém, para que as linguagens sejam objetivos da instrução e não só pré-requisitos exclusivos das aulas de Língua Portuguesa e Matemática, como apontamos nesta coluna (edição 215, de setembro de 2008). A competência de ler e escrever, aliás, se desenvolve com a de "leitura do mundo" no sentido usado por Paulo Freire - e todo educador deve fazer isso sozinho e em associação com seus colegas.
Cada estudante que, numa aula de Geografia, examina um mapa ou guia de ruas, assinala locais por onde passa e comenta em texto experiências ali vividas, além de aprender a se situar, faz um exercício expressivo e pessoal da escrita. Isso também pode ser um trabalho coletivo, como a maquete que vi numa cidadezinha mostrando a escola, o estádio, o hospital, a praça e a prefeitura. Estavam ali representados também o rio, com os pontos onde transborda e em que ocorre o despejo irregular de lixo. Cartazes ao lado comentavam o surgimento da cidade, a vida econômica e os problemas ambientais, com linguagem aprendida em aulas de Arte, Ciências, Geografia, História e Língua Portuguesa.
Mas essa prática só muda as estatísticas de alfabetização quando faz parte da rotina escolar. Há uma queixa frequente de que por lerem mal os alunos têm dificuldade com certos conteúdos. Diante dela, a escola deve trocar o círculo vicioso - em que o despreparo na língua dificulta a aprendizagem de outras matérias e perpetua o despreparo - por um círculo virtuoso - em que a leitura e a escrita melhorem em todas as áreas e ajudem na aprendizagem de qualquer conteúdo. De certa forma, todos os professores devem dar continuidade ao processo de alfabetização, em que os pequenos leem e escrevem sobre suas relações pessoais ou sociais e sobre as coisas da natureza, entre outros temas.
Para cumprir esse objetivo, é igualmente importante lançar mão de vários meios e atender aos interesses de crianças e jovens, muitas vezes relacionados às novas tecnologias. Buscas pelo conteúdo de enciclopédias ou por letras de música podem ser feitas pela internet. Nada impede que, além de escreverem agendas e diários e publicarem notas nos murais da escola, eles enviem torpedos por celular, conversem em chats ou enviem mensagens por e-mail. Se houver equipamentos suficientes, os alunos podem registrar e editar seus textos em computadores. Se não, pode-se realizar atividades em grupo na própria escola ou em equipamentos públicos. A crescente importância desses meios é mais um estímulo para o domínio da escrita, até porque os CDs, DVDs e pendrives logo farão - se já não fazem - parte da vida escolar tanto quanto livros e cadernos.
Com esses e outros meios, aprende-se a ler e escrever todo o tempo e em qualquer disciplina, e é ainda melhor quando a coordenação pedagógica orientar a equipe nesse sentido. O ideal é que todos sejam preparados para ações conjuntas, mas já faz uma enorme diferença se, antes de cada aula, os docentes souberem quais linguagens desenvolverão com os alunos e como vão estimulá-los a ler os textos e a escrever o que aprenderam, as dúvidas que restaram e seus pontos de vista sobre aspectos polêmicos.
Fonte: http://educarparacrescer.abril.com.br/aprendizagem/lingua-todas-disciplinas-467281.shtml
Por serem essenciais na formação escolar, a leitura e a escrita merecem atenção específica dos professores das diversas áreas.
Por exemplo, para o professor de geografia, examinar um mapa é fazer um exercício expressivo e pessoal sobre a escrita
Desde que nascemos, aprendemos a interpretar gestos, olhares, palavras e imagens. Esse processo é potencializado pela escola, por meio da leitura e da escrita, o que nos dá acesso a grande parte da cultura humana. Isso envolve todas as áreas, pois, mais do que reproduzir o som das palavras, trata-se de compreendê-las - e quem sabe relacionar termos como paráfrase, latifúndio, colonialismo e transgênico aos seus significados faz uso de um letramento obtido em aulas de Língua Portuguesa, Geografia, História e Ciências, respectivamente.
A chamada alfabetização científico-tecnológica mostra essa preocupação no ensino de Ciências. Falta muito, porém, para que as linguagens sejam objetivos da instrução e não só pré-requisitos exclusivos das aulas de Língua Portuguesa e Matemática, como apontamos nesta coluna (edição 215, de setembro de 2008). A competência de ler e escrever, aliás, se desenvolve com a de "leitura do mundo" no sentido usado por Paulo Freire - e todo educador deve fazer isso sozinho e em associação com seus colegas.
Cada estudante que, numa aula de Geografia, examina um mapa ou guia de ruas, assinala locais por onde passa e comenta em texto experiências ali vividas, além de aprender a se situar, faz um exercício expressivo e pessoal da escrita. Isso também pode ser um trabalho coletivo, como a maquete que vi numa cidadezinha mostrando a escola, o estádio, o hospital, a praça e a prefeitura. Estavam ali representados também o rio, com os pontos onde transborda e em que ocorre o despejo irregular de lixo. Cartazes ao lado comentavam o surgimento da cidade, a vida econômica e os problemas ambientais, com linguagem aprendida em aulas de Arte, Ciências, Geografia, História e Língua Portuguesa.
Mas essa prática só muda as estatísticas de alfabetização quando faz parte da rotina escolar. Há uma queixa frequente de que por lerem mal os alunos têm dificuldade com certos conteúdos. Diante dela, a escola deve trocar o círculo vicioso - em que o despreparo na língua dificulta a aprendizagem de outras matérias e perpetua o despreparo - por um círculo virtuoso - em que a leitura e a escrita melhorem em todas as áreas e ajudem na aprendizagem de qualquer conteúdo. De certa forma, todos os professores devem dar continuidade ao processo de alfabetização, em que os pequenos leem e escrevem sobre suas relações pessoais ou sociais e sobre as coisas da natureza, entre outros temas.
Para cumprir esse objetivo, é igualmente importante lançar mão de vários meios e atender aos interesses de crianças e jovens, muitas vezes relacionados às novas tecnologias. Buscas pelo conteúdo de enciclopédias ou por letras de música podem ser feitas pela internet. Nada impede que, além de escreverem agendas e diários e publicarem notas nos murais da escola, eles enviem torpedos por celular, conversem em chats ou enviem mensagens por e-mail. Se houver equipamentos suficientes, os alunos podem registrar e editar seus textos em computadores. Se não, pode-se realizar atividades em grupo na própria escola ou em equipamentos públicos. A crescente importância desses meios é mais um estímulo para o domínio da escrita, até porque os CDs, DVDs e pendrives logo farão - se já não fazem - parte da vida escolar tanto quanto livros e cadernos.
Com esses e outros meios, aprende-se a ler e escrever todo o tempo e em qualquer disciplina, e é ainda melhor quando a coordenação pedagógica orientar a equipe nesse sentido. O ideal é que todos sejam preparados para ações conjuntas, mas já faz uma enorme diferença se, antes de cada aula, os docentes souberem quais linguagens desenvolverão com os alunos e como vão estimulá-los a ler os textos e a escrever o que aprenderam, as dúvidas que restaram e seus pontos de vista sobre aspectos polêmicos.
Fonte: http://educarparacrescer.abril.com.br/aprendizagem/lingua-todas-disciplinas-467281.shtml
terça-feira, 13 de dezembro de 2011
OFICINA: TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO – O USO DO BLOG PELO PROFESSOR (2ª edição)
Ementa: DISCUSSÃO E PRÁTICA SOBRE TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO – O USO DO BLOG PELO PROFESSOR: oficina voltada à alunos dos cursos de Pedagogia, Letras, Licenciaturas e profissionais da área da educação.
Programa:
Uso do computador
Informação X Pensamento crítico
Planejamento Pedagógico
Recursos virtuais didáticos
Papel do novo professor
Linguagem Digital: leitura e escrita
Ambientes Virtuais de Aprendizagem formais
Ambientes Virtuais de Aprendizagem informais
Objetos de Aprendizagem
Novo aluno Novos recursos = nova realidade
Ministrante: Ms LIGIA SAYÃO LOBATO COPPETTI
Público-alvo: Alunos do curso de Letras e demais interessados
Carga Horária: 10 horas/aula
Local: UniRitter/Porto Alegre
Data e Horário: 17 E 19 DE JANEIRO DE 2012, 14H ÀS 17H30MIN (COMPLEMENTAÇÃO DA CARGA HORÁRIA COM ATIVIDADE EAD)
Número de Vagas: mínimo 15, máximo 15 alunos
Investimento: Alunos e Egressos UniRitter : R$ 50,00 / Demais Participantes: R$ 70,00
Informações:
Campus Porto Alegre
Rua Orfanotrófio, 555
Alto Teresópolis - Porto Alegre/RS CEP 90840-440
Fone:(51) 3230.3333 | (51) 3027.7300
Inscrições: http://www.uniritter.com.br/propex/extensao/catalogo/escola_verao_2012/index.php?secao=letras
Educação aprova distribuição obrigatória de livros didáticos em formato digital
A Comissão de Educação e Cultura aprovou ontem proposta que obriga o Ministério da Educação (MEC) a oferecer suas coleções de livros didáticos e paradidáticos, destinados a alunos e professores, também em formato digital. A medida está prevista no Projeto de Lei 965/11, do deputado Romero Rodrigues (PSDB-PB).
A relatora, deputada Alice Portugal (PCdoB-BA), argumentou que a medida deverá permitir que os docentes e estudantes tenham acesso ao material distribuído pelo MEC a qualquer tempo e em qualquer lugar.
“Hoje, com o advento de novos suportes de informação, os alunos podem ter acesso aos mais diferentes recursos multimídia e de informática. Nesse sentido, os programas de distribuição de livros didáticos podem e devem se adaptar a essa nova realidade”, argumentou.
Tramitação
A proposta, que tramita em caráter conclusivo, será analisada ainda pelas comissões de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.
Íntegra da proposta:
PL-965/2011
Reportagem – Carolina Pompeu
Edição – Marcelo Oliveira
Fonte: http://www2.camara.gov.br/agencia/noticias/EDUCACAO-E-CULTURA/206683-EDUCACAO-APROVA-DISTRIBUICAO-OBRIGATORIA-DE-LIVROS-DIDATICOS-EM-FORMATO-DIGITAL.html
A relatora, deputada Alice Portugal (PCdoB-BA), argumentou que a medida deverá permitir que os docentes e estudantes tenham acesso ao material distribuído pelo MEC a qualquer tempo e em qualquer lugar.
“Hoje, com o advento de novos suportes de informação, os alunos podem ter acesso aos mais diferentes recursos multimídia e de informática. Nesse sentido, os programas de distribuição de livros didáticos podem e devem se adaptar a essa nova realidade”, argumentou.
Tramitação
A proposta, que tramita em caráter conclusivo, será analisada ainda pelas comissões de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.
Íntegra da proposta:
PL-965/2011
Reportagem – Carolina Pompeu
Edição – Marcelo Oliveira
Fonte: http://www2.camara.gov.br/agencia/noticias/EDUCACAO-E-CULTURA/206683-EDUCACAO-APROVA-DISTRIBUICAO-OBRIGATORIA-DE-LIVROS-DIDATICOS-EM-FORMATO-DIGITAL.html
sexta-feira, 9 de dezembro de 2011
Livros aplicativos ampliam experiência dos leitores e exigem inovação das editoras
por Giulliana Bianconi
Os personagens consagrados de títulos infantis precisaram sair dos livros para ganharem vida décadas atrás, na TV e nos cinemas. Agora, nas próprias páginas dos livros, eles não somente se tornaram personagens animados, com voz e movimento, como convidam os leitores a interagirem de maneiras diversas enquanto a narrativa avança. É a era dos livros digitais, cujo impacto para leitores - e também escritores e editoras- vai bem além da mudança do suporte de papel para digital.
Se os primeiros e-books eram arquivos em PDF e a diferença em relação ao livro de papel estava, basicamente, em serem acessados digitalmente, hoje a distância entre os dois formatos, forjada pela engenharia dos softwares, já é imensa. “Agora o céu é o limite, e o que a gente pensa a área de tecnologia faz”, conta a escritora carioca Bia Hetzel, também sócia da editora Manati.
Neste ano, a editora fez parceria com uma agência de tecnologia digital e publicou o clássico “Os Três Porquinhos” para tablets, um livro de imagens que oferece duas narrações em áudio - a do lobo e a da mãe dos porcos - e permite ainda que o leitor grave a sua própria narração. Com cara de aplicativo, o livro, que oferece atividades extras como pinturas digitais, é um dos mais baixados na Apple Store Brasil.
Ao logo das 25 telas, com desenhos caprichados da ilustradora Mariana Massarani, elementos e sons surpresas saltam à tela à medida que o usuário explora o ambiente. “Tudo é encantador”, diz Hetzel, que afirma não sentir falta de qualquer processo de criação que adotou para os mais de 15 livros impressos que escreveu anteriormente. “Você não imagina como é sensacional pensar um livro neste formato! Eu posso dizer que renasci, pois todo o processo é inovador.”
Usuário e conteúdo ao centro
Pesquisador de e-books desde 1998, autor de “O Livro na Era Digital” e editor na Livrus, Ednei Procópio observa que o mercado vive a euforia dos livros digitais, mas nem sempre leva em conta o usuário e o conteúdo. “Estes elementos devem estar no centro”, diz, antes de explicar: “Livros infantis ganham muito com as possibilidades dos softwares, que enriquecem a narrativa, assim como acontece com as narrativas policiais, afinal imagine poder acessar um mapa do local onde o crime da história aconteceu? Mas para outros gêneros pode não funcionar, e aí que sentido faz ter algo saltando ou algum barulho acompanhando a narrativa?”.
Softwares e hardwares fazem parte da discussão diária de quem trabalha no mercado editorial, mas Procópio diz que atrelada a isso está a reflexão sobre distribuição, pois na cultura digital os usuários são muito menos induzidos pelas editoras e livrarias. “Antes o leitor chegava à livraria, e a ‘conversa’ estava estabelecida nas vitrines e nas prateleiras. Se o mercado quisesse induzir os leitores a comprarem livros sobre anjos, por exemplo, eles estariam em destaque por toda a parte no ambiente.Agora não funciona mais assim.”
Para acompanhar esse novo consumidor, Procópio trabalha em um projeto de distribuição que contará com uma biblioteca virtual com mais de 80 mil títulos, onde o usuário poderá encontrar o que lhe interessa por palavras-chave e escolher se quer ler na versão digital ou impressa. Os que optarem pelo digital poderão ainda selecionar em qual tipo de tela querem visualizar - smartphones, tablets, netbooks etc. Os que clicarem em impresso poderão imprimir o seu próprio livro. “As editoras precisam se adaptar. Não adianta ficar apenas tentando entender o rumo do mercado, é preciso fazer parte dele.Os recursos para isso já estão à disposição até mesmo para as pequenas editoras”, diz.
Fonte: livros-aplicativos-ampliam-experiencia-dos-leitores-e-exigem-inovacao-das-editoras
quinta-feira, 1 de dezembro de 2011
Dicas para apresentação ou defesa oral de trabalho acadêmico
by Carol Luvizotto
Matéria extraída do site Praticadapesquisa.com.br
Por: Prof. Alejandro Knaesel Arrabal
Nestes apontamentos, descrevo algumas orientações para a apresentação de trabalho acadêmico (monografia, dissertação e tese) perante banca examinadora.Prepare o conteúdo da apresentação: por mais que você conheça o conteúdo do seu trabalho e tenha segurança em comunicar-se em público, é necessário planejar a apresentação. Ela deverá respeitar o tempo de duração estabelecido pela instituição. O preparo para a apresentação demanda esforço na elaboração de um material adicional à monografia que servirá como “base” ou “roteiro”.
Ansiedade e nervosismo: Encare o nervosismo e a ansiedade como uma condição natural. Mesmo o mais experiente palestrante fica nervoso ao ser submetido à uma avaliação. Caso ocorra algum erro durante a apresentação, não peça desculpas. Errar é humano.Respeite suas qualidades: Não existe um “estereótipo ideal” para comunicação. Todos têm características que podem ser exploradas como qualidades. Por exemplo, pessoas com voz retumbante podem sustentar argumentos com impostação vigorosa; já pessoas com voz baixa podem sustentar seus argumentos com impostação envolvente e reflexiva.Conheça o local: Recomendo que, sendo possível, visite dias antes o local (sala) onde será realizada a apresentação, mesmo que já seja conhecida. Avalie as condições de espaço e recursos disponíveis.Público alvo: mesmo que a sua apresentação seja assistida por várias pessoas, o seu público alvo é a banca. Sua fala deve ser dirigida especialmente aos avaliadores.
Sequência para a apresentação: recomendo considerar a seguinte sequência para a apresentação:
a) Cumprimente a banca e aos presentes: seja cortês no início, mas registre agradecimentos (se desejar) apenas quando concluída a apresentação, do contrário, o tempo empregado para cumprimentar e agradecer pode comprometer o tempo total disponível;
b) Entrega de material adicional e/ou errata: na sequência, você pode entregar aos membros da banca um material complementar (um roteiro da apresentação, por exemplo) e/ou uma errata. Na errata são registradas possíveis incorreções da monografia e seus respectivos ajustes. Mas atenção, a errata deve apenas ser entregue. Não mencione verbalmente os erros identificados, nem tão pouco, explique as respectivas correções. Apenas entregue a errata e diga algo como “…ao realizar os estudos e preparativos para esta apresentação foram identificadas algumas incorreções no texto da monografia que, por meio desta errata, consideram-se supridas…”;
c) Introdução: na sequência, dedique os minutos iniciais para explicitar claramente o objeto, os objetivos, a estrutura adotada no trabalho e outras questões metodológicas de relevo;
d) Conteúdo: evidencie os aspectos de destaque de todo o trabalho. Não há dúvida que, para tanto, você vai exercitar seu poder de síntese. Não deixe de descrever conteúdos de cada capítulo, pois, do contrário, você poderá ser questionado sobre a importância do capítulo não abordado;
e) Conclusão: recomenda-se retomar o problema e as hipóteses de pesquisa, a fim de explicar, a partir dos estudos realizados, se as mesmas foram ou não confirmadas.
Postura e vestimenta:
também em relação à postura e vestimenta não há uma regra absoluta. Procure não utilizar roupas ou empregar gestos exagerados ou inadequados, de modo que possam chamar mais a atenção do que o conteúdo apresentado.Leitura ou apresentação livre: na apresentação há possibilidade de utilizar inúmeros recursos e técnicas. A leitura de um “texto base” de forma integral ou tópica pode ser um delas. Contudo, esta prática na apresentação deve fluir com muita naturalidade. O olhar deve desprender-se do texto e o ritmo e dicção devem ser envolventes. Na apresentação livre, realizada sem apoio textual direto, é preciso cuidado na distribuição adequada do tempo. Não são raras as situações onde o apego aos detalhes do assunto e explicações prolongadas de partes do trabalho prejudicam a apresentação.Utilização recursos audiovisuais: o fato de utilizar projeção de texto e imagens, em si, não é um aspecto positivo para a avaliação. Uma projeção má empregada pode ser um desastre. Na comunicação do trabalho, a conjugação adequada de som (fala) e imagem (slides) pode contribuir muito para o entendimento do assunto. O texto e/ou imagens apresentadas devem primar pela objetividade e sistematização, de modo a SOMAR à sua fala e não se SOBREPOR. Lembre-se que recursos audiovisuais devem ser encarados como COMPREMENTARES e não autossuficientes.
Proponho a você o seguinte teste: peça para um amigo ver os slides da sua apresentação, mas não explique o conteúdo a ele. Ao final, pergunte se ele entendeu todo o assunto. Se a resposta for sim, sua apresentação corre o risco de ser um desastre. Caso a resposta seja contrária ou seu amigo diga que entendeu a ordem, mas não o conteúdo totalmente, há grande chance de êxito.
Esta orientação parece estranha? Explico. Um bom conjunto de slides não pode ser autossuficiente, ou seja, as pessoas que o virem não podem entender o conteúdo sem que você explique. Este é o sentido da SOMA. Conteúdos autossuficientes SOBREPOEM. Na sobreposição, ou a banca lhe ouve ou a banca lê o slide. Entendeu?
Três recomendações finais:
Utilidade: todo o recurso empregado na apresentação deve ser explorado de forma a somar e não sobrepor ou dispersar.
Ponderação: excessos na apresentação são prejudiciais.
Precaução: esteja preparado para apresentar o trabalho, independente de eventuais adversidades (falta de energia elétrica, falha no computador, dentre outros). Tenha em mãos o material da apresentação em, pelo menos, duas mídias distintas (CD, pendrive) e também impresso. Traga também a via impressa da sua monografia na íntegra. Você pode ser questionado pela banca sobre pontos específicos do trabalho e a via impressa permitirá a consulta.
Fonte: http://carolineluvizotto.wordpress.com/2011/07/05/apresentacao-ou-defesa-oral-de-trabalho-academico/
Biblioteca particular de Fernando Pessoa
Se você gosta de Fernando Pessoa, agora a biblioteca particular do autor está disponível online: http://casafernandopessoa.cm-lisboa.pt/bdigital/index/title/M.htm
Maiores informações a respeito do autor: http://mundopessoa.blogs.sapo.pt/
ou através de: Rua Coelho da Rocha, 16
Campo de Ourique
1250-088 Lisboa
Tel.: +351 213 913 270
E-mail: cfp@cm-lisboa.pt
terça-feira, 29 de novembro de 2011
O dom da palavra nas mídias sociais
O enorme esforço de persuasão que é necessário despender para criar a comunicação com o usuário através da palavra.
Por Bruno Rodrigues
Imagine uma sessão de hipnose. Na penumbra, estão um voluntário e você, o mágico. Na sua mão direita, um pêndulo balança incessantemente. Antes que um de vocês perceba, a experiência surte efeito.
Agora transponha a situação para as mídias sociais: você tem a missão de fisgar o usuário, que está ali de livre e espontânea vontade, e é no uso da palavra que você tem a ferramenta mais eficaz para a tarefa – seu ‘pêndulo digital’, portanto.
Entenda como ‘pêndulo’ o enorme esforço de persuasão que é necessário despender nas mídias sociais para criar a comunicação com o usuário através da palavra – e por isso é essencial saber conversar com os mais diferentes perfis.
E m resumo, todo o esforço de ‘hipnose’ corre o risco de ir por água abaixo se a persuasão não passar de intenção, ou seja, se você não souber fazer o ‘pêndulo’ se movimentar.
Mais uma vez, é bom lembrar: é a palavra que move a persuasão nestes ambientes.
Então, vamos à experiência: palavra como força motora para a persuasão; de um lado, está a informação; do outro, o relacionamento.
O ‘pêndulo’ se movimenta: a informação leva ao relacionamento; o relacionamento leva à informação; a informação leva ao relacionamento.
Um ponto leva ao outro, e quanto mais informação e relacionamento trocam figurinhas, mais a palavra toma força e a persuasão conquista o usuário.
Para lá, pra cá, com rapidez e eficiência.
Que fique claro: informação e relacionamento existem nos dois ambientes mais conhecidos das mídias sociais: redes e microblogs – o que não é novidade para ninguém.
Para que o movimento do ‘pêndulo’ não pare no meio, contudo, é preciso enxergar além do óbvio e perceber que, dependendo do ambiente, é informação *ou* relacionamento quem manda o ‘pêndulo’ de volta.
Em um dos ambientes a informação atrai a palavra, utiliza-a como veículo e manda o ‘pêndulo’ de volta. No outro, é o relacionamento quem usa a palavra e empurra o ‘pêndulo’ para a informação.
Mas em que extremo, em que ambiente manda a informação? E em qual deles o relacionamento dá as cartas?
* Nas redes sociais, o relacionamento leva à informação
É no contato mais próximo possível com uma marca que o usuário conhece seus produtos, serviços e a própria empresa, e nenhum ambiente é tão propício que uma rede. Mas só existe interesse se há informação; e só há informação se os ‘embaixadores’ da marca estão presentes na rede todo o tempo.
É a conversa que gera o interesse pela marca nestes ambientes; quanto mais contato, mais persuasão. Mas, atenção: informação perene e organizada mora em sites, e não em redes – o que não impede que elas *também* estejam lá, é claro. Papo e palavra levam à persuasão, que por sua vez leva à informação, seja onde ela estiver.
* Nos microblogs, a informação leva ao relacionamento
Poucos caracteres e uma precisão cirúrgica sobre o que dizer. Em um post de um microblog, quem faz contato é a informação. O usuário passa rápido, assimila o que quer e o que pode.
Continuidade não existe; a fidelidade só existe na teoria, lá trás, quando o usuário começou a seguir o perfil da marca. Por isso, não conte com encadeamento de ideias. Dê seu recado e continue o trabalho. Dê o que o usuário deseja ali, mesmo, e trabalhe pelo relacionamento. Sempre que possível, encaminhe-o para as redes, onde há mais informação e contato. E, mais uma vez, valorize o site, pois lá estão as informações mais profundas, e – que não caia no esquecimento – as tradicionais ferramentas de relacionamento.
Fonte: http://webinsider.uol.com.br/2011/09/20/o-dom-da-palavra-nas-midias-sociais/
Por Bruno Rodrigues
Imagine uma sessão de hipnose. Na penumbra, estão um voluntário e você, o mágico. Na sua mão direita, um pêndulo balança incessantemente. Antes que um de vocês perceba, a experiência surte efeito.
Agora transponha a situação para as mídias sociais: você tem a missão de fisgar o usuário, que está ali de livre e espontânea vontade, e é no uso da palavra que você tem a ferramenta mais eficaz para a tarefa – seu ‘pêndulo digital’, portanto.
Entenda como ‘pêndulo’ o enorme esforço de persuasão que é necessário despender nas mídias sociais para criar a comunicação com o usuário através da palavra – e por isso é essencial saber conversar com os mais diferentes perfis.
E m resumo, todo o esforço de ‘hipnose’ corre o risco de ir por água abaixo se a persuasão não passar de intenção, ou seja, se você não souber fazer o ‘pêndulo’ se movimentar.
Mais uma vez, é bom lembrar: é a palavra que move a persuasão nestes ambientes.
Então, vamos à experiência: palavra como força motora para a persuasão; de um lado, está a informação; do outro, o relacionamento.
O ‘pêndulo’ se movimenta: a informação leva ao relacionamento; o relacionamento leva à informação; a informação leva ao relacionamento.
Um ponto leva ao outro, e quanto mais informação e relacionamento trocam figurinhas, mais a palavra toma força e a persuasão conquista o usuário.
Para lá, pra cá, com rapidez e eficiência.
Que fique claro: informação e relacionamento existem nos dois ambientes mais conhecidos das mídias sociais: redes e microblogs – o que não é novidade para ninguém.
Para que o movimento do ‘pêndulo’ não pare no meio, contudo, é preciso enxergar além do óbvio e perceber que, dependendo do ambiente, é informação *ou* relacionamento quem manda o ‘pêndulo’ de volta.
Em um dos ambientes a informação atrai a palavra, utiliza-a como veículo e manda o ‘pêndulo’ de volta. No outro, é o relacionamento quem usa a palavra e empurra o ‘pêndulo’ para a informação.
Mas em que extremo, em que ambiente manda a informação? E em qual deles o relacionamento dá as cartas?
* Nas redes sociais, o relacionamento leva à informação
É no contato mais próximo possível com uma marca que o usuário conhece seus produtos, serviços e a própria empresa, e nenhum ambiente é tão propício que uma rede. Mas só existe interesse se há informação; e só há informação se os ‘embaixadores’ da marca estão presentes na rede todo o tempo.
É a conversa que gera o interesse pela marca nestes ambientes; quanto mais contato, mais persuasão. Mas, atenção: informação perene e organizada mora em sites, e não em redes – o que não impede que elas *também* estejam lá, é claro. Papo e palavra levam à persuasão, que por sua vez leva à informação, seja onde ela estiver.
* Nos microblogs, a informação leva ao relacionamento
Poucos caracteres e uma precisão cirúrgica sobre o que dizer. Em um post de um microblog, quem faz contato é a informação. O usuário passa rápido, assimila o que quer e o que pode.
Continuidade não existe; a fidelidade só existe na teoria, lá trás, quando o usuário começou a seguir o perfil da marca. Por isso, não conte com encadeamento de ideias. Dê seu recado e continue o trabalho. Dê o que o usuário deseja ali, mesmo, e trabalhe pelo relacionamento. Sempre que possível, encaminhe-o para as redes, onde há mais informação e contato. E, mais uma vez, valorize o site, pois lá estão as informações mais profundas, e – que não caia no esquecimento – as tradicionais ferramentas de relacionamento.
Fonte: http://webinsider.uol.com.br/2011/09/20/o-dom-da-palavra-nas-midias-sociais/
quarta-feira, 23 de novembro de 2011
VII Semana de Extensão, Pesquisa e Pós-Graduação do UniRitter
VII Semana de Extensão, Pesquisa e Pós-Graduação do UniRitter A Semana de Extensão, Pesquisa e Pós-Graduação (SEPesq) é promovida pela Pró-Reitoria de Pesquisa, Pós-Graduação e Extensão (ProPEx) e este ano está na sua sétima edição. O tema "Internacionalização na Educação Superior" envolve um dos aspectos em discussão no ambiente educacional brasileiro, bem como a associação do UniRitter à rede Laureate International Universities.
O evento concentra várias modalidades de encontros acadêmicos, como apresentações, debates, palestras e exposições que divulguem trabalhos oriundos das atividades de Pesquisa, Extensão e Pós-Graduação.
A VII SEPesq está ocorrendo de 21 a 25 de novembro de 2011, no Centro Universitário Ritter dos Reis (UniRitter).
O CD com os trabalhos inscritos e aceitos, artigos e resumos, é publicado pela Editora UniRitter e identificado com ISBN, mantendo a preocupação do evento em legitimar as publicações.
Maiores informações:
•ProPEx - (51) 3230.3323
Campus Porto Alegre:
Rua Orfanotrófio, 555
Alto Teresópolis
Porto Alegre-RS
CEP 90840-440
Telefone (51) 3230-3333
Campus Canoas:
Rua Santos Dumont, 888
Bairro Niterói
Canoas-RS
CEP 92120-110
Telefone (51) 3464.2000, (51) 3032.6000
segunda-feira, 21 de novembro de 2011
LINGUA E LINGUAGEM
NADIA BETANIA
INTRODUÇÃO
Na sociedade em que vivemos a linguagem perpassa cada uma de nossas atividades individuais e coletivas, verbais e não verbais. As línguas se cruzam, se complementam e se modificam incessantemente, acompanhando o movimento de transformação do ser humano e suas formas de organização social. No presente artigo aborda-se a língua e a linguagem verificando-se no ato da fala estas qualificam-se no processo comunicativos do ser falante. A obra fora confeccionada na visão do estudioso Saussure, onde o mesmo será publicado via on line,para que possa contribuir com os acadêmicos,professores e outros interessados no campo da ciência em prol social.
1. LINGUAGEM E COMUNICAÇÃO
A língua é, portanto como afirma Saussure é um "sistema de signos", ou seja, um conjunto de unidades que estão organizadas, formando um todo. O signo como associação entre significantes (imagem acústica) e significado (conceito).
A linguagem verbal é por sua natureza comunicativa, faz com as pessoas se entendam e possam construir referenciais comuns entre si. Conjunto dos sons emitidos quando se fala tem uma ordem, uma gramática da língua.A língua, como vimos, é a linguagem que utiliza a palavra como sinal de comunicação.
O caráter social da língua é facilmente percebido quando levamos em conta que ela existe antes mesmo de nós nascermos. Cada um de nós já encontra a língua formada e em funcionamento, pronta para ser usada. E, mesmo quando a pessoa deixa de existir, a língua, subsistirá independentemente de nós. A língua pertence a todos os membros de uma comunidade; por isso faz parte do patrimônio social e cultural de cada coletividade.
Linguagem é um conjunto de sinais de que o homem se serve para comunicar-se. A comunicação humana é realizada de várias maneiras, por meios de apelos visuais, auditivos, linguagem corporal e principalmente pela linguagem verbal.
A linguagem não é só um sistema um instrumento utilizado para a comunicação ou veiculação de informações, mas principalmente, uma forma de mostrarmos socialmente aquilo que pensamos que somos o que entendemos do mundo, o que gostaríamos que os outros enxergassem em nós. Para Suassure (1969:26-28)
"Se na dicotomia sincronia versus diacrônica se estabelecem duas maneiras de estudar a língua, na dicotomia língua versus fala há a definição do conceito de língua. Porque a língua é coletiva e a fala e a é particular, portanto, a língua é um dado social e a fala é um dado individual. Além disso, a língua é sistemática e a fala é assistemática".
Baseado em um dos estudos de Saussure sobre a linguagem, destaca-se a relação intrínseca língua e fala. Na definição do lingüista genebrino, língua "é a parte social da linguagem que, em forma de sistema, engloba todas as possibilidades de sons existentes em uma comunidade". Passado desse principio, a língua se caracteriza como ato exterior ao individuo que, não pode criá-la nem modificá-la. De acordo com os lingüistas, a língua evolui de geração em geração.
A língua é uma construção de determinada sociedade e, portanto, um conjunto de escolhas que representam os valores, os modos de se ver, sentir e ser dos grupos sociais. O conjunto de regras de uma língua é estudada pela gramática.
A língua é exterior aos indivíduos, e por isso, este não podem criá-las ou modificá-las individualmente. Ela só existe em decorrência de espécie de contato coletivo que se estabeleceu entre as pessoas e ao quais todos aderiram. A língua portuguesa, por exemplo, pertence a todos que dela se utilizam. Embora popularmente a maioria das pessoas utilize as palavras linguagem, língua e fala para designar a mesma realidade, do ponto de vista lingüístico, esses termos não devem ser confundidos.
É claro que a distinção que se faz entre linguagem, língua e fala tem caráter meramente metodológico, uma vez que esses três conceitos revelam aspectos diferentes de um processo amplo, que o da comunicação humana. Isso, provavelmente, explique a razão por que a maioria das pessoas emprega essas três palavras para designar uma mesma realidade.
Linguagem é todo sistema de sinais convencionais que nos permite realizar atos de comunicação. Ao nosso redor pode-se observar vários tipos de linguagens, tais como, a linguagem dos surdos-mudos, dos sinais de trânsito,a linguagem que usamos,etc.
Além da linguagem verbal, cuja unidade básica é a palavra (escrita, falada), existe linguagens não-verbais que são aquelas que utilizamos para atos de comunicação outros sinais que não palavras, como a música, a dança, etc. Mais recentemente com o aparecimento da informática, surgiu também a linguagem digital, que permite armazenar e transmitir informações em meios eletrônicos.
1.2 As variedades lingüísticas
Cada um de nós começa aprender a língua em casa, em contato com a família e com as pessoas que nos cercam. Aos poucos vamos treinando nosso aparelho fonador (os lábios, a língua, os dentes, os maxilares, as cordas vocais) para produzir sons que transformam em palavras, frases e textos inteiros, e vamos nos apropriando ao vocabulário das leis combinatórias da língua,ate nos tornarmos bons usuários dessas ,seja pra falar e ouvir ,seja para escrever ou ler .
Em contato com outras pessoas na rua, na escola, no trabalho, observamos que nem todas falam como nos isso ocorre por diferentes razões: porque a pessoa vem de outra região, por ser mais velha ou mais jovem; possuir menor ou maior grau de escolaridade; por pertencer ao um grau de escolaridade; por pertencer ou classe social diferente. Essas diferenças no uso da língua constituintes as variedades lingüística.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Portanto a língua é um aspecto da linguagem. Trata-se de um sistema de natureza gramatical. Pertence a um grupo de indivíduos, formado por um conjunto de sinais (palavras) e por um conjunto de regras e combinações desta. É uma instituição social de caráter abstrato, exterior aos indivíduos que a utilizam, que somente concretiza através da fala e que é também um ato individual de vontade e inteligência.
No entanto, se compreendermos a língua como fruto de um processo de construção histórica e social, concluiremos que ela está em constante transformação;sem cristaliza-se em formas eternas, ela muda.Porque o ser humano é assim, mutante e criativo. As necessidades humanas se alteram, e com elas a língua que as representa e cria referenciais históricos.
Fonte: http://www.artigonal.com/ensino-superior-artigos/lingua-e-linguagem-3201224.html
INTRODUÇÃO
Na sociedade em que vivemos a linguagem perpassa cada uma de nossas atividades individuais e coletivas, verbais e não verbais. As línguas se cruzam, se complementam e se modificam incessantemente, acompanhando o movimento de transformação do ser humano e suas formas de organização social. No presente artigo aborda-se a língua e a linguagem verificando-se no ato da fala estas qualificam-se no processo comunicativos do ser falante. A obra fora confeccionada na visão do estudioso Saussure, onde o mesmo será publicado via on line,para que possa contribuir com os acadêmicos,professores e outros interessados no campo da ciência em prol social.
1. LINGUAGEM E COMUNICAÇÃO
A língua é, portanto como afirma Saussure é um "sistema de signos", ou seja, um conjunto de unidades que estão organizadas, formando um todo. O signo como associação entre significantes (imagem acústica) e significado (conceito).
A linguagem verbal é por sua natureza comunicativa, faz com as pessoas se entendam e possam construir referenciais comuns entre si. Conjunto dos sons emitidos quando se fala tem uma ordem, uma gramática da língua.A língua, como vimos, é a linguagem que utiliza a palavra como sinal de comunicação.
O caráter social da língua é facilmente percebido quando levamos em conta que ela existe antes mesmo de nós nascermos. Cada um de nós já encontra a língua formada e em funcionamento, pronta para ser usada. E, mesmo quando a pessoa deixa de existir, a língua, subsistirá independentemente de nós. A língua pertence a todos os membros de uma comunidade; por isso faz parte do patrimônio social e cultural de cada coletividade.
Linguagem é um conjunto de sinais de que o homem se serve para comunicar-se. A comunicação humana é realizada de várias maneiras, por meios de apelos visuais, auditivos, linguagem corporal e principalmente pela linguagem verbal.
A linguagem não é só um sistema um instrumento utilizado para a comunicação ou veiculação de informações, mas principalmente, uma forma de mostrarmos socialmente aquilo que pensamos que somos o que entendemos do mundo, o que gostaríamos que os outros enxergassem em nós. Para Suassure (1969:26-28)
"Se na dicotomia sincronia versus diacrônica se estabelecem duas maneiras de estudar a língua, na dicotomia língua versus fala há a definição do conceito de língua. Porque a língua é coletiva e a fala e a é particular, portanto, a língua é um dado social e a fala é um dado individual. Além disso, a língua é sistemática e a fala é assistemática".
Baseado em um dos estudos de Saussure sobre a linguagem, destaca-se a relação intrínseca língua e fala. Na definição do lingüista genebrino, língua "é a parte social da linguagem que, em forma de sistema, engloba todas as possibilidades de sons existentes em uma comunidade". Passado desse principio, a língua se caracteriza como ato exterior ao individuo que, não pode criá-la nem modificá-la. De acordo com os lingüistas, a língua evolui de geração em geração.
A língua é uma construção de determinada sociedade e, portanto, um conjunto de escolhas que representam os valores, os modos de se ver, sentir e ser dos grupos sociais. O conjunto de regras de uma língua é estudada pela gramática.
A língua é exterior aos indivíduos, e por isso, este não podem criá-las ou modificá-las individualmente. Ela só existe em decorrência de espécie de contato coletivo que se estabeleceu entre as pessoas e ao quais todos aderiram. A língua portuguesa, por exemplo, pertence a todos que dela se utilizam. Embora popularmente a maioria das pessoas utilize as palavras linguagem, língua e fala para designar a mesma realidade, do ponto de vista lingüístico, esses termos não devem ser confundidos.
É claro que a distinção que se faz entre linguagem, língua e fala tem caráter meramente metodológico, uma vez que esses três conceitos revelam aspectos diferentes de um processo amplo, que o da comunicação humana. Isso, provavelmente, explique a razão por que a maioria das pessoas emprega essas três palavras para designar uma mesma realidade.
Linguagem é todo sistema de sinais convencionais que nos permite realizar atos de comunicação. Ao nosso redor pode-se observar vários tipos de linguagens, tais como, a linguagem dos surdos-mudos, dos sinais de trânsito,a linguagem que usamos,etc.
Além da linguagem verbal, cuja unidade básica é a palavra (escrita, falada), existe linguagens não-verbais que são aquelas que utilizamos para atos de comunicação outros sinais que não palavras, como a música, a dança, etc. Mais recentemente com o aparecimento da informática, surgiu também a linguagem digital, que permite armazenar e transmitir informações em meios eletrônicos.
1.2 As variedades lingüísticas
Cada um de nós começa aprender a língua em casa, em contato com a família e com as pessoas que nos cercam. Aos poucos vamos treinando nosso aparelho fonador (os lábios, a língua, os dentes, os maxilares, as cordas vocais) para produzir sons que transformam em palavras, frases e textos inteiros, e vamos nos apropriando ao vocabulário das leis combinatórias da língua,ate nos tornarmos bons usuários dessas ,seja pra falar e ouvir ,seja para escrever ou ler .
Em contato com outras pessoas na rua, na escola, no trabalho, observamos que nem todas falam como nos isso ocorre por diferentes razões: porque a pessoa vem de outra região, por ser mais velha ou mais jovem; possuir menor ou maior grau de escolaridade; por pertencer ao um grau de escolaridade; por pertencer ou classe social diferente. Essas diferenças no uso da língua constituintes as variedades lingüística.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Portanto a língua é um aspecto da linguagem. Trata-se de um sistema de natureza gramatical. Pertence a um grupo de indivíduos, formado por um conjunto de sinais (palavras) e por um conjunto de regras e combinações desta. É uma instituição social de caráter abstrato, exterior aos indivíduos que a utilizam, que somente concretiza através da fala e que é também um ato individual de vontade e inteligência.
No entanto, se compreendermos a língua como fruto de um processo de construção histórica e social, concluiremos que ela está em constante transformação;sem cristaliza-se em formas eternas, ela muda.Porque o ser humano é assim, mutante e criativo. As necessidades humanas se alteram, e com elas a língua que as representa e cria referenciais históricos.
Fonte: http://www.artigonal.com/ensino-superior-artigos/lingua-e-linguagem-3201224.html
Linguagem digital: o desafio da expressão na web
por Jussara Dutra Izac
Arquitetura da informação é a expressão-chave quando se fala em conteúdo web com qualidade. Aplicar um raciocínio arquitetônico para dispor as informações em sites, portais ou intranets, de maneira organizada e atraente, é determinante para valorizar os textos oferecidos e facilitar sua compreensão.
Essa abordagem é tão essencial porque o grande diferenciador da linguagem de internet em relação à escrita e outras formas de expressão é o hipertexto, ferramenta que elimina linearidade própria de outras formas de discurso. Com o hipertexto, o leitor lê o texto na ordem que quer e escolhe as partes de seu interesse.
O jornalista e publicitário Bruno Rodrigues, autor do livro “Webwrinting: Redação e Informação para a Web”, comenta no texto Escrevendo na web que uma das características da linguagem digital é que o texto deve ser estruturado em camadas, de forma que os diversos públicos tenham acesso às informações que desejam de forma rápida e eficiente.
Ele usa como exemplo a publicação do perfil de uma empresa em sua home page e explica: um estudante do primeiro grau pode precisar, para sua pesquisa de escola, de informações sobre a história da empresa; um jovem de segundo grau talvez se interesse pelas ações de responsabilidade social; e um profissional formado pode querer conhecer as relações comerciais da companhia com o exterior. Com a técnica das camadas é possível organizar um grande volume de informação em pequenos blocos de texto, que tornam a pesquisa ágil e atrativa para todos os públicos.
A explicação de Rodrigues demonstra o quanto a linearidade foi suprimida da rede. No caso, nenhum internauta vai ler todo o perfil da companhia em questão, mas todos deverão obter a informação que procuram. Resumindo, ele aconselha: “Dê preferência a textos curtos, mas não deixe faltar informação”.
Para professora da PUC-SP, Pollyana Ferrari, a principal diferença da linguagem digital em relação à expressão escrita está na forma de hierarquizar a informação, com base em um sistema de referências. Nesse sentido, ela considera que, além da estrutura de camadas, comentada por Rodrigues, o fundamental é saber indexar os dados, criar links adequados e usar palavras que sejam facilmente encontradas pelas ferramentas de busca. “As pessoas precisam entender que a internet – e as intranets – são veículos de comunicação, mas também são bancos de dados, onde o que fica armazenado deverá ser encontrado facilmente”, analisa.
Uma regra aceita pelo mercado web é que qualquer informação deve ser encontrada com até três cliques. Parece fácil, mas na prática a maioria dos sites não segue a orientação. “E isso acontece porque a maioria das pessoas ainda pensa na estrutura do texto para o papel”, destaca Pollyana, que também presta consultoria na área e tem dois livros publicados: “Jornalismo Digital” e “Hipertexto, Hipermídia”.
Segundo a especialista, tanto é difícil pensar em termos de arquitetura da informação que um dos cursos mais procurados atualmente por profissionais da área é o de indexação. O webwriting – ou escrita para o ambiente web – é composto pelo conjunto dos elementos texto, design e tecnologia. “É preciso haver uma integração dos três: texto correto e atrativo, design amigável e conhecimento da tecnologia para explorar melhor as possibilidadades”, resume Pollyana.
Referindo-se ao texto propriamente, Rodrigues ressalta que a escrita para web deve ser informativa e criativa, pode conter certo humor e necessita de um toque de persuasão. Mas fundamentalmente, afirma ele, antes de escrever é preciso pensar, exercitar um raciocínio amplo sobre o ambiente web e a conexão entre o conteúdo e as várias possibilidades de exibi-lo.
Como escrever bem em ambiente web
Estilo – A combinação dos estilos jornalístico e publicitário é o ideal para a internet. Essa mistura agrega ao caráter informativo do jornalismo, um toque de persuasão próprio da publicidade.
Estética – Aproveitar os recursos da internet para valorizar o texto. A parceria afinada entre webwrighting e webdesign é essencial para conseguir resultados de qualidade.
Objetividade – Tanto os textos devem ser curtos, quanto o volume de informação visual deve ser bem dosado. Banners e janelas demais confundem e cansam o internauta.
Correção – A norma culta da língua portuguesa deve ser respeitada em qualquer meio de comunicação, seja digital, impresso ou eletrônico. Escrever corretamente é o mínimo que se pode exigir de qualquer pessoa que deseje se expressar na web.
Concepção – Texto para web é para web. Jamais transfira um conteúdo pensado para mídia escrita para o ambiente de rede.
Fonte: http://www.senado.gov.br/portaldoservidor/jornal/jornal99/informatica_linguagem_digital.aspx
Arquitetura da informação é a expressão-chave quando se fala em conteúdo web com qualidade. Aplicar um raciocínio arquitetônico para dispor as informações em sites, portais ou intranets, de maneira organizada e atraente, é determinante para valorizar os textos oferecidos e facilitar sua compreensão.
Essa abordagem é tão essencial porque o grande diferenciador da linguagem de internet em relação à escrita e outras formas de expressão é o hipertexto, ferramenta que elimina linearidade própria de outras formas de discurso. Com o hipertexto, o leitor lê o texto na ordem que quer e escolhe as partes de seu interesse.
O jornalista e publicitário Bruno Rodrigues, autor do livro “Webwrinting: Redação e Informação para a Web”, comenta no texto Escrevendo na web que uma das características da linguagem digital é que o texto deve ser estruturado em camadas, de forma que os diversos públicos tenham acesso às informações que desejam de forma rápida e eficiente.
Ele usa como exemplo a publicação do perfil de uma empresa em sua home page e explica: um estudante do primeiro grau pode precisar, para sua pesquisa de escola, de informações sobre a história da empresa; um jovem de segundo grau talvez se interesse pelas ações de responsabilidade social; e um profissional formado pode querer conhecer as relações comerciais da companhia com o exterior. Com a técnica das camadas é possível organizar um grande volume de informação em pequenos blocos de texto, que tornam a pesquisa ágil e atrativa para todos os públicos.
A explicação de Rodrigues demonstra o quanto a linearidade foi suprimida da rede. No caso, nenhum internauta vai ler todo o perfil da companhia em questão, mas todos deverão obter a informação que procuram. Resumindo, ele aconselha: “Dê preferência a textos curtos, mas não deixe faltar informação”.
Para professora da PUC-SP, Pollyana Ferrari, a principal diferença da linguagem digital em relação à expressão escrita está na forma de hierarquizar a informação, com base em um sistema de referências. Nesse sentido, ela considera que, além da estrutura de camadas, comentada por Rodrigues, o fundamental é saber indexar os dados, criar links adequados e usar palavras que sejam facilmente encontradas pelas ferramentas de busca. “As pessoas precisam entender que a internet – e as intranets – são veículos de comunicação, mas também são bancos de dados, onde o que fica armazenado deverá ser encontrado facilmente”, analisa.
Uma regra aceita pelo mercado web é que qualquer informação deve ser encontrada com até três cliques. Parece fácil, mas na prática a maioria dos sites não segue a orientação. “E isso acontece porque a maioria das pessoas ainda pensa na estrutura do texto para o papel”, destaca Pollyana, que também presta consultoria na área e tem dois livros publicados: “Jornalismo Digital” e “Hipertexto, Hipermídia”.
Segundo a especialista, tanto é difícil pensar em termos de arquitetura da informação que um dos cursos mais procurados atualmente por profissionais da área é o de indexação. O webwriting – ou escrita para o ambiente web – é composto pelo conjunto dos elementos texto, design e tecnologia. “É preciso haver uma integração dos três: texto correto e atrativo, design amigável e conhecimento da tecnologia para explorar melhor as possibilidadades”, resume Pollyana.
Referindo-se ao texto propriamente, Rodrigues ressalta que a escrita para web deve ser informativa e criativa, pode conter certo humor e necessita de um toque de persuasão. Mas fundamentalmente, afirma ele, antes de escrever é preciso pensar, exercitar um raciocínio amplo sobre o ambiente web e a conexão entre o conteúdo e as várias possibilidades de exibi-lo.
Como escrever bem em ambiente web
Estilo – A combinação dos estilos jornalístico e publicitário é o ideal para a internet. Essa mistura agrega ao caráter informativo do jornalismo, um toque de persuasão próprio da publicidade.
Estética – Aproveitar os recursos da internet para valorizar o texto. A parceria afinada entre webwrighting e webdesign é essencial para conseguir resultados de qualidade.
Objetividade – Tanto os textos devem ser curtos, quanto o volume de informação visual deve ser bem dosado. Banners e janelas demais confundem e cansam o internauta.
Correção – A norma culta da língua portuguesa deve ser respeitada em qualquer meio de comunicação, seja digital, impresso ou eletrônico. Escrever corretamente é o mínimo que se pode exigir de qualquer pessoa que deseje se expressar na web.
Concepção – Texto para web é para web. Jamais transfira um conteúdo pensado para mídia escrita para o ambiente de rede.
Fonte: http://www.senado.gov.br/portaldoservidor/jornal/jornal99/informatica_linguagem_digital.aspx
quarta-feira, 9 de novembro de 2011
Prova mostra que mais de 40% dos alunos alfabetizados não sabem ler e escrever
por Carolina Benevides e Sérgio Roxo
RIO e SÃO PAULO - No primeiro semestre deste ano, a Prova ABC (Avaliação Brasileira do Final do Ciclo de Alfabetização) realizada pela primeira vez, nas capitais de todo o país, por crianças que concluíram o 3º ano do ensino fundamental, apontou que 43,9% não aprenderam o que era esperado em Leitura para esse nível de ensino. Em relação à Escrita, 46,6% não atingiram o esperado.
Parceria do Todos Pela Educação com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), a prova foi aplicada em escolas públicas e privadas, e mostrou que mesmo nas particulares nem todos os alunos atingem 100% de aproveitamento. No caso da Leitura, 48,6% dos estudantes da rede pública tiveram o desempenho esperado. Nas particulares, o percentual foi de 79%. Em relação à Escrita, 43,9% dos alunos matriculados na rede pública aprenderam o esperado, e 86,2% dos da rede privada.
- Nenhuma criança pode concluir esse período, chamado de ciclo de alfabetização, sem estar plenamente alfabetizada. O que a prova mostra é que estamos ampliando a desigualdade educacional, já que muitos alunos não têm as ferramentas básicas para os anos seguintes - diz Priscila Cruz, diretora-executiva do Todos Pela Educação, ressaltando que mesmo as escolas particulares enfrentam problemas: - São instituições que ensinam para alunos com mais acesso à cultura e pais escolarizados, por exemplo, mas ainda assim não tem 100% de alfabetização ao término do 3º ano.
- O governo precisa entender que temos um problema. O Brasil não tem método, não tem objetividade na hora de alfabetizar. Sem método, a criança brilhante aprende e as outras não. Desse jeito também, muitas acabam aprendendo por teimosia, porque foram ficando na escola, não porque aprenderam na época correta - diz João Batista de Oliveira, presidente do Instituto Alfa e Beta, que não vê com bons olhos a recomendação do Conselho Nacional de Educação (CNE) de que as crianças não devem ser reprovadas nos três primeiros anos do fundamental, porque cada uma tem um ritmo de aprendizagem:
- É irresponsável dizer que cada criança aprende no seu ritmo. Isso é um atraso. A criança que não é alfabetizada aos 6 anos fica com dificuldade para aprender outras disciplinas. No segundo ano, o professor não é preparado para ensinar o que ela não aprendeu e os livros já exigem que ela saiba ler.
No Rio, 10.500 alunos estão sendo realfabetizados
Mãe de um menino de 9 anos, que cursa o 4º ano do fundamental numa escola municipal da periferia de São Paulo, Vanessa Alves da Silva percebeu, durante uma ida ao mercado, que o filho Marcus Ricardo não sabia ler.
- Ele não conseguiu ver o preço dos produtos nem ler o que estava escrito nas embalagens. Eu tento incentivar, dou recortes de jornal para ele ler, mas ele gagueja e não consegue de jeito nenhum. Além disso, ele tem dificuldade para ler as coisas na cartilha. Na aula, é só cópia o tempo todo. O meu mais velho, de 10 anos, também tem problemas para ler - conta Vanessa, que acredita que a defasagem se acentue com o passar dos anos. - Agora, ele vai para o 5º ano sem saber ler.
No 6º ano do ensino fundamental, a neta do vigilante Hamilton de Souza tem dificuldades para ler e escrever. Responsável pela menina de 11 anos, Souza se preocupa:
- Como ela vai arrumar emprego? Como vai fazer para preencher uma ficha de contratação se não consegue escrever?
Tia de um menino de 9 anos, que cursa em São Paulo o 3º ano do fundamental, Jaqueline Alves Costa atribui as dificuldades dele ao excesso de alunos em sala:
- São 28 alunos. A professora não consegue explicar e só manda eles fazerem cópia. Eu acho que ele precisa de aula de reforço e que as classes deviam ter um segundo professor.
Secretaria de Educação do município do Rio e conselheira do Todos pela Educação, Claudia Costin reconhece que a prova ABC retrata um problema grave.
- A pesquisa não surpreende em termos de Brasil. O país precisa investir muito forte na alfabetização. A escola é o espaço de oportunidades futuras, e a prova mostra que o índice é frágil mesmo nas particulares. Nas públicas, o resultado é pior, e se a gente já começa perdendo, o apartheid educacional cresce - diz Claudia, que ao assumir a secretaria se deparou com 28 mil analfabetos funcionais no 4º, 5º e 6º anos do fundamental. - Isso representava o seguinte: 14% das crianças desses anos sem ler e escrever. Começamos, então, a realfabetizar os alunos, e tivemos sucesso com 21 mil. No entanto, percebemos que a progressão automática sem reforço escolar e sem acompanhamento faz com que a criança se torne invisível. E aí o insucesso também fica invisível. É preciso definir um currículo claro, oferecer aulas de reforço, formar professores e fazer com que entendam que é fundamental alfabetizar no primeiro ano. Ainda assim, este ano, temos 10.500 alunos em processo de alfabetização nessas séries.
Em São Paulo, a Secretaria municipal de Educação também implantou turmas de reforço no 3º e no 4º ano para atender alunos com dificuldades para ler e escrever. Foram criadas salas de apoio pedagógico para esses estudantes. A prefeitura diz ainda que as notas da Prova São Paulo mostraram, em 2010, um aumento de 25,7% no número de alunos alfabetizados no 2º ano.
Coordenadora pedagógica do Fundamental II, da Escola Edem, no Rio, Rosemary Reis destaca a importância da educação infantil para o sucesso da alfabetização:
- As crianças têm uma leitura do mundo antes da palavra. Por isso, é importante levar a para a sala de aula a possibilidade da criança conviver com textos. Na Edem, com um ano os alunos já manipulam livros, depois começam a conversar sobre o que viram, passam a ter contato com a escrita e com quatro, cinco anos escrevem o nome.
Priscila Cruz também aposta na educação infantil para que o país melhore os índices de alfabetização.
- É a melhor política para combater o analfabetismo. Pesquisas mostram que crianças que frequentam a educação infantil chegam ao 1º ano com um repertório melhor. Se elas não têm acesso à cultura em casa, se os pais não são escolarizados, a educação infantil as prepara, dá equidade.
Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/educacao/mat/2011/11/06/prova-mostra-que-mais-de-40-dos-alunos-alfabetizados-nao-sabem-ler-escrever-925746619.asp#ixzz1dEaiI911
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ABL é processada por irregularidades no Acordo Ortográfico
RIO - Mais de dois anos depois de implatado, o novo "Vocabulário Ortográfico da Língua Brasileira" (Voip) - feito a partir do acordo ortográfico, que teve como proposta simplicar a forma de escrever - ainda gera polêmica com relação as regras estabelcidas, principalmente quanto ao uso do hífen. Com o objetivo de sugerir uma simplificação da forma de escrever, o professor Ernani Pimentel líder do movimento Acordar Melhor entrou com uma ação popular contra a Academia Brasileira de Letras (ABL). O processo acusa a Academia de lesar o patrimônio cultural brasileiro com a implantação do Novo Acordo Ortográfico. De acordo com Pimentel, a instituição não respeitou o tratado assinado em Portugal, com os paises de lingua portuguesa, com o objetivo unificar a mesma.
- A ABL impôs o Volp como a voz do acordo ortográfico universalizado, fez alterações no instrumento firmado em Lisboa. As palavras coerdeiro e anistórico que, pelo documento português, deveriam ser escritas com hífen, no Volp foi tirado o sinal e o "h". A academia não tem autoridade para isso. Qualquer alteração teria que ser submetida ao Congresso Nacional e essas não foram - afirma.
A ação também pede para que a oficialização do novo acordo, prevista para janeiro de 2013, seja prorrogada com a intenção de ampliar o prazo de discussões.
- Devemos seguir o exemplo de Angola e Moçambique que ainda não ratificaram o acordo e estão solicitando prazo maior. Portugal também ainda não aplicou as novas regras. Eles estão resistentes. As novas regras só devem ser colocadas em prática a patir de 2015 - justifica.
Ernani Pimentel diz que não é contra o Acordo Ortográfico, mas sim pela forma como foi conduzido.
- Sou a favor do aprofundamento dele. A proposta de simplificar a língua é ótima. Isso traz muitas vantagens ao movimento editorial, os livros ficam mais baratos. Mas nada disso não aconteceu. Hoje temos tantas regras que fica difícil para qualquer um aprender bem o português - diz.
Segundo ele, algumas alterações foram boas, como o fim dos acentos nas vogais duplas (vêem, lêem, crêem).
Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/educacao/mat/2011/11/09/abl-processada-por-irregularidades-no-acordo-ortografico-925767571.asp#ixzz1dEZqyrne
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- A ABL impôs o Volp como a voz do acordo ortográfico universalizado, fez alterações no instrumento firmado em Lisboa. As palavras coerdeiro e anistórico que, pelo documento português, deveriam ser escritas com hífen, no Volp foi tirado o sinal e o "h". A academia não tem autoridade para isso. Qualquer alteração teria que ser submetida ao Congresso Nacional e essas não foram - afirma.
A ação também pede para que a oficialização do novo acordo, prevista para janeiro de 2013, seja prorrogada com a intenção de ampliar o prazo de discussões.
- Devemos seguir o exemplo de Angola e Moçambique que ainda não ratificaram o acordo e estão solicitando prazo maior. Portugal também ainda não aplicou as novas regras. Eles estão resistentes. As novas regras só devem ser colocadas em prática a patir de 2015 - justifica.
Ernani Pimentel diz que não é contra o Acordo Ortográfico, mas sim pela forma como foi conduzido.
- Sou a favor do aprofundamento dele. A proposta de simplificar a língua é ótima. Isso traz muitas vantagens ao movimento editorial, os livros ficam mais baratos. Mas nada disso não aconteceu. Hoje temos tantas regras que fica difícil para qualquer um aprender bem o português - diz.
Segundo ele, algumas alterações foram boas, como o fim dos acentos nas vogais duplas (vêem, lêem, crêem).
Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/educacao/mat/2011/11/09/abl-processada-por-irregularidades-no-acordo-ortografico-925767571.asp#ixzz1dEZqyrne
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segunda-feira, 31 de outubro de 2011
Interação falante/ouvinte
Fundada sobre pilar da heteroglossia , isto é, sobre o conjunto múltiplo e heterogêneo de vozes sociais que habitam a consciência humana ou, nas palavras de Voloshinov, sobre um auditório social interior bem estabelecido, em cuja atmosfera se constroem nossas deduções, nossas motivações, apreciações etc, a interação é a própria concepção de linguagem em Bakhtin. A linguagem é inter-ação. Em “Marxismo e filosofia da Linguagem” , Bakhtin (Voloshinov) diz que “Toda palavra comporta duas faces . Ela é determinada tanto pelo fato de que procede de alguém quanto pelo fato de que se dirige para alguém. Ela constitui justamente o produto da nteração do locutor e do ouvinte” (grifos do autor ). Dessa forma, no próprio dizer de Bakhtin, “a interação verbal constitui, assim, a realidade fundamental da língua”. Mas, o filósofo russo nos chama a atenção para não reduzirmos a interação ao diálogo, no sentido estrito do termo (interação face a face). Este, para o autor, constitui uma das formas primordiais de interação , mas ele deve ser compreendida em uma concepção mais ampla, que engloba toda a comunicação verbal de qualquer tipo. É importante termos em mente que, para Bakhtin, a palavra é ideológica por natureza e comporta nossas avaliações, de forma que a interação é um evento dinâmico onde o que está em jogo são posições axiológicas, confrontos de valores sociais. A interação é, portanto, o diálogo ininterrupto que resulta desse confronto e que constitui a natureza da linguagem . Para Bakhtin [e isso permeia toda a sua obra], viver é tomar posições continuamente, é enquadrar-se em um sistema de valores e, do interior dele, responder axiologicamente.
A interação entre o falante(locutor) e o ouvinte (interlocutor), para Bakhtin, é constituída através dos signos. As palavra s funcionam como um elo entre os sujeito s (interlocutores) e surgem carregadas de valores sociais que já foram também constituídos socialmente. Essa interlocução entre sujeitos é construída por meio da enunciação , dos discursos. Bakhtin atenta-nos, a todo instante, que o sujeito se constitui socialmente, através de suas interações e de seus diálogo s. Ao abordar o diálogo, Bakhtin, em “Marxismo e Filosofia da Linguagem”, explicita que “ a unidade real da língua que é realizada na fala não é a enunciação monológica individual e isolada, mas a interação, isto é o diálogo”. A recepção torna-se fundamental na consolidação do diálogo entre os indivíduos. Ao ser interpelado pela enunciação de outrem, no processo de compreensão e interpretação desses enunciados, o interlocutor oferece suas contrapalavras, o que torna a relação falante-ouvinte dialógica.” Os sujeitos, carregando consigo suas orientações ideológicas, se constituem através do(s) outro (s), dialogicamente, em uma interatividade complexa e dinâmica. Essa concepção de interlocução entre sujeito s, no entanto, não deve se limitar à fala propriamente dita, uma vez que existem outros tipos de diálogo s, outras interações.
Fonte: http://glossariandobakhtin.blogspot.com/
A interação entre o falante(locutor) e o ouvinte (interlocutor), para Bakhtin, é constituída através dos signos. As palavra s funcionam como um elo entre os sujeito s (interlocutores) e surgem carregadas de valores sociais que já foram também constituídos socialmente. Essa interlocução entre sujeitos é construída por meio da enunciação , dos discursos. Bakhtin atenta-nos, a todo instante, que o sujeito se constitui socialmente, através de suas interações e de seus diálogo s. Ao abordar o diálogo, Bakhtin, em “Marxismo e Filosofia da Linguagem”, explicita que “ a unidade real da língua que é realizada na fala não é a enunciação monológica individual e isolada, mas a interação, isto é o diálogo”. A recepção torna-se fundamental na consolidação do diálogo entre os indivíduos. Ao ser interpelado pela enunciação de outrem, no processo de compreensão e interpretação desses enunciados, o interlocutor oferece suas contrapalavras, o que torna a relação falante-ouvinte dialógica.” Os sujeitos, carregando consigo suas orientações ideológicas, se constituem através do(s) outro (s), dialogicamente, em uma interatividade complexa e dinâmica. Essa concepção de interlocução entre sujeito s, no entanto, não deve se limitar à fala propriamente dita, uma vez que existem outros tipos de diálogo s, outras interações.
Fonte: http://glossariandobakhtin.blogspot.com/
sexta-feira, 28 de outubro de 2011
Breve Taxonomia dos Textos Acadêmicos
Sigamos o conselho borgiano: em lugar de multiplicar autores e realizar extensas biografias ou exercícios de exegese do gênio, por que não imaginar simplesmente que toda a literatura universal é resultado de um escritor único e anônimo e fazer a psicologia desse complexo homme de lettres? Melhor ainda, pensemos numa versão atualizada dessa ideia e a apliquemos especificamente ao campo da textualidade acadêmica. Basta imaginar os textos dos pesquisadores e teóricos como produtos de um único computador dotado de diferentes rotinas de mecanismos generativos capazes de produzir escritos (em série), a partir de determinados pressupostos e estruturas semânticas. Assim teríamos uma tipologia dos variados textos, com seus maneirismos particulares e sua infindável repetição de chavões. Eis, portanto, o primeiro esboço de uma tal possível taxonomia:
1. O “filósofo de botequim” – o texto do filósofo de botequim se caracteriza por sua dupla pretensão de ser simultaneamente poesia e teoria (mais a primeira que a segunda), fracassando miseravelmente, porém, em ambos os quesitos. Seu pecado não é pretender que o texto acadêmico tenha valor literário – o que seria bastante louvável -, mas trocar raciocínios por efeitos discursivos e boutades. Não costuma citar muitos autores, mas aprecia usar frases de Nietzsche, Deleuze ou Derrida, especialmente as de caráter mais enigmático. Não quer explicar nada, mas produzir hermetismos que pareçam sedutores – ao mesmo tempo veiculando a impressão de que leu mais que apenas um ou dois livros inteiros desses autores. Para ser ainda mais chique, usa palavras e até cita bibliografias em alemão, não obstante ser incapaz de compreender qualquer vocábulo nesse idioma. Vejamos um exemplo: “o rizomático de Deleuze nos faz adentrar as veredas do múltiplo, produzindo encontros felizes e devires inesperados…a ‘diferância’ derridiana assinala o infinito da linguagem; como diria Heidegger, ‘die Sprache ist das Haus des Seins’”….
2. O “artista-teórico” (ou “teórico-artista”)
Em suas apresentações normalmente se limita a apresentar slides (e, nesse aspecto, é irmão do ‘amigo dos gadgets’) de obras e performances, em exaustivas descrições de casos e exemplos, ao passo que nos seus artigos faz questão de escrever de modo a não fazer sentido. É admirável sua capacidade de construir raciocínios com aparência de encadeamento lógico, mas inteiramente desprovidos de consequências consistentes. Não sabe bem se quer ser pesquisador ou um criador, mas o melhor é fazer as duas coisas, de modo a garantir que pelo menos uma dê certo. É adepto da “moda” (a moda de ser um “outsider”) e fiel aos autores sancionados como “esteticamente corretos”. Cita com frequência, também, os próprios artistas, sabidamente os piores juízes de seu próprio afazer. No fundo, no fundo, acha essa coisa da academia (e do pensamento lógico) um negócio chato e quadrado, mas como ser artista não é também métier dos mais fáceis, acaba recorrendo ao mercado de trabalho universitário.
3. O “amigo dos gadgets”
Sim, existe este novo gadget aqui, este novo videogame aqui, esta nova tecnologia aqui. A atualidade é reduzida a uma série de casos que não são nunca explicados ou referidos a uma totalidade, mas permanece como resultado fragmentário do admirável mundo novo da técnica. Que mais fazer senão exaltar o extraordinário progresso material que experimentamos? Não se pode pensar sobre os gadgets, apenas admirá-los. Não há como negar que suas apresentações são as mais atraentes (e mais contagiantes em seu entusiasmo infantil pelos brinquedos tecnológicos), mas seus textos são comumente chatos e sem vida. Não se preocupam com o conceito, mas sim com a produção de espanto. Estão sempre up-to-date com os mais recentes aparatos, e às vezes até com os autores em voga no campo (tipo Henry Jenkins), mas não lêem nada que tenha sido escrito antes da década de 1980.
4. O apocalíptico de plantão
Este sofre do mal inverso. Considera tudo que tenha sido realizado nos últimos 50 anos um perigo para a cultura e o já depauperado humanismo. É geralmente erudito, mas só consegue pensar em moldes pré-determinados. Seus autores de cabeceira são, obviamente, os frankfurtianos, mas despidos de toda possível contradição ou elogio ocasional ao presente status quo. Seus textos são geralmente pesados, com longos parágrafos blocados e a constante repetição do termo “crítica”. Gostam de usar consecutivos como “destarte” ou “ergo”, e em seu estilo não admitem nada que seja da ordem do humor (no máximo uma ou outra ironia ácida).
5. O moderninho de plantão
Este se recusa a ler qualquer coisa que soe como “crítica”. Considera chique ser “antenado” e “afirmativo” quanto ao presente. Vê os apocalípticos como resquícios deploráveis de um mundo que já deveria estar há muito tempo enterrado. Recusa-se mesmo a ler qualquer pensador que tenha pendores críticos. Gosta de citar fontes heterodoxas, como letras de músicas ou seriados de televisão e procura abordar os objetos normalmente desprezados pelos apocalípticos. Seu vocabulário inclui de bom grado informalismos, e faz citação após citação (apenas dos mais recentes autores canônicos) sem nenhum pudor.
Obs: obviamente, nenhum de nós escapa inteiramente à sujeição a algum tipo de maneirismo. Tenho consciência daqueles que impregnam meus textos, e alguns até me agradam (outros ainda não consigo evitar). Mas em certos casos, a fidelidade às fórmulas prontas é realmente desalentadora. A retórica do magister dixit, a formação dos “grupelhos” de interesse e a lógica discipular estão entre os maiores males da academia de hoje. Escapar desses moldes deve ser desafio constante para nós, mas com cuidado para que a própria busca da independência e ‘originalidade’ não se torne, também, uma espécie de maneirismo. As vanguardas que o digam.
Fonte: http://poshumano.wordpress.com/2011/09/26/breve-taxonomia-dos-textos-academicos/
1. O “filósofo de botequim” – o texto do filósofo de botequim se caracteriza por sua dupla pretensão de ser simultaneamente poesia e teoria (mais a primeira que a segunda), fracassando miseravelmente, porém, em ambos os quesitos. Seu pecado não é pretender que o texto acadêmico tenha valor literário – o que seria bastante louvável -, mas trocar raciocínios por efeitos discursivos e boutades. Não costuma citar muitos autores, mas aprecia usar frases de Nietzsche, Deleuze ou Derrida, especialmente as de caráter mais enigmático. Não quer explicar nada, mas produzir hermetismos que pareçam sedutores – ao mesmo tempo veiculando a impressão de que leu mais que apenas um ou dois livros inteiros desses autores. Para ser ainda mais chique, usa palavras e até cita bibliografias em alemão, não obstante ser incapaz de compreender qualquer vocábulo nesse idioma. Vejamos um exemplo: “o rizomático de Deleuze nos faz adentrar as veredas do múltiplo, produzindo encontros felizes e devires inesperados…a ‘diferância’ derridiana assinala o infinito da linguagem; como diria Heidegger, ‘die Sprache ist das Haus des Seins’”….
2. O “artista-teórico” (ou “teórico-artista”)
Em suas apresentações normalmente se limita a apresentar slides (e, nesse aspecto, é irmão do ‘amigo dos gadgets’) de obras e performances, em exaustivas descrições de casos e exemplos, ao passo que nos seus artigos faz questão de escrever de modo a não fazer sentido. É admirável sua capacidade de construir raciocínios com aparência de encadeamento lógico, mas inteiramente desprovidos de consequências consistentes. Não sabe bem se quer ser pesquisador ou um criador, mas o melhor é fazer as duas coisas, de modo a garantir que pelo menos uma dê certo. É adepto da “moda” (a moda de ser um “outsider”) e fiel aos autores sancionados como “esteticamente corretos”. Cita com frequência, também, os próprios artistas, sabidamente os piores juízes de seu próprio afazer. No fundo, no fundo, acha essa coisa da academia (e do pensamento lógico) um negócio chato e quadrado, mas como ser artista não é também métier dos mais fáceis, acaba recorrendo ao mercado de trabalho universitário.
3. O “amigo dos gadgets”
Sim, existe este novo gadget aqui, este novo videogame aqui, esta nova tecnologia aqui. A atualidade é reduzida a uma série de casos que não são nunca explicados ou referidos a uma totalidade, mas permanece como resultado fragmentário do admirável mundo novo da técnica. Que mais fazer senão exaltar o extraordinário progresso material que experimentamos? Não se pode pensar sobre os gadgets, apenas admirá-los. Não há como negar que suas apresentações são as mais atraentes (e mais contagiantes em seu entusiasmo infantil pelos brinquedos tecnológicos), mas seus textos são comumente chatos e sem vida. Não se preocupam com o conceito, mas sim com a produção de espanto. Estão sempre up-to-date com os mais recentes aparatos, e às vezes até com os autores em voga no campo (tipo Henry Jenkins), mas não lêem nada que tenha sido escrito antes da década de 1980.
4. O apocalíptico de plantão
Este sofre do mal inverso. Considera tudo que tenha sido realizado nos últimos 50 anos um perigo para a cultura e o já depauperado humanismo. É geralmente erudito, mas só consegue pensar em moldes pré-determinados. Seus autores de cabeceira são, obviamente, os frankfurtianos, mas despidos de toda possível contradição ou elogio ocasional ao presente status quo. Seus textos são geralmente pesados, com longos parágrafos blocados e a constante repetição do termo “crítica”. Gostam de usar consecutivos como “destarte” ou “ergo”, e em seu estilo não admitem nada que seja da ordem do humor (no máximo uma ou outra ironia ácida).
5. O moderninho de plantão
Este se recusa a ler qualquer coisa que soe como “crítica”. Considera chique ser “antenado” e “afirmativo” quanto ao presente. Vê os apocalípticos como resquícios deploráveis de um mundo que já deveria estar há muito tempo enterrado. Recusa-se mesmo a ler qualquer pensador que tenha pendores críticos. Gosta de citar fontes heterodoxas, como letras de músicas ou seriados de televisão e procura abordar os objetos normalmente desprezados pelos apocalípticos. Seu vocabulário inclui de bom grado informalismos, e faz citação após citação (apenas dos mais recentes autores canônicos) sem nenhum pudor.
Obs: obviamente, nenhum de nós escapa inteiramente à sujeição a algum tipo de maneirismo. Tenho consciência daqueles que impregnam meus textos, e alguns até me agradam (outros ainda não consigo evitar). Mas em certos casos, a fidelidade às fórmulas prontas é realmente desalentadora. A retórica do magister dixit, a formação dos “grupelhos” de interesse e a lógica discipular estão entre os maiores males da academia de hoje. Escapar desses moldes deve ser desafio constante para nós, mas com cuidado para que a própria busca da independência e ‘originalidade’ não se torne, também, uma espécie de maneirismo. As vanguardas que o digam.
Fonte: http://poshumano.wordpress.com/2011/09/26/breve-taxonomia-dos-textos-academicos/
quinta-feira, 27 de outubro de 2011
57ª FEIRA DO LIVRO - PORTO ALEGRE (RS)
Com a floração dos jacarandas enchendo de cor a Praça da Alfândega, na capital do Rio Grande do Sul, chega também, como em todos os finais de outubro nos últimos 57 anos, a Feira do Livro de Porto Alegre - na sua 57ª edição.
Imperdível a programação na manhã de abertura (sexta-feira, 28/10/11), com a patrona da Feira, a escritora Jane Tutikian, o bibliotecário alemão Frank Rumel e a mediação da Presidente do Conselho Federal de Biblioteconomia, Nêmora Arlindo. Este primeiro painel será sobre "A presença da Biblioteca na Leitura e Aprendizagem".
Na segunda etapa, as queridas professoras da FABICO/UFRGS e do IFRS - Eliane Moro e Lizandra Estabel - incansáveis em sua luta pela melhoria das Bibliotecas Escolares, irão falar sobre "A Biblioteca Escolar no Contexto do Conhecimento e da Aprendizagem".
A Feira do Livro de Porto Alegre, promovida pela Câmara Rio-Grandense do Livro, e que já tem espaço reservado na agenda dos gaúchos a cada primavera, chega a sua 57ª edição com a expectativa de receber mais de 1.7 milhão de visitantes. Ocupará, mais uma vez, a já tradicional área da Praça da Alfândega,estendendo-se até o Cais do Porto, entre os dias 28 de outubro e 15 de novembro. Maior evento do mercado livreiro das Américas a céu aberto e com entrada franca, recebe autores e convidados de vários outros estados e países.
Serão cerca de 700 sessões de autógrafos, aproximadamente 200 palestras e debates, 400 encontros com autores, saraus, contações de histórias e outras atividades específicas para os públicos infantil e juvenil, principalmente alunos de escolas do ensino fundamental e da educação infantil, além da EJA. A intensa e diversificada programação também contará com seminários, oficinas, apresentações artísticas, exibições de filmes e a inauguração da biblioteca infantil Moacyr Scliar, em homenagem ao escrito gaúcho falecido este ano.
A principal novidade desta edição é a inclusão dos Dias Temáticos na programação. Diariamente, um tema diferente será abordado em, pelo menos, uma atividade na programação para adultos e em outra na Àrea Infantil e Juvenil. Os temas escolhidos são: Biblioteca; Livro e Leitura; Suspense; Literatura de Terror; Viagens; Cinema; Humor; Cultura Popular; Conto; Gastronomia; Afrodescendência; História; Antropologia; Corpo/Saúde/Erotismo; América Latina; Direitos Humanos e Acessibilidade; Dia Mundial da Gentileza; Ecologia e Comunicação.
Em 2010, a Feira do Livro foi reconhecida como patrimônio imaterial da cidade pela Secretaria Municipal da Cultura. Em 2006, já havia recebido a medalha da Ordem do Mérito Cultural, concedida pela Presidência da República, que reconheceu o evento como um dos mais importantes do Brasil.
Patrono - Jane Tutikian
A revelação do nome da quarta mulher na história da Feira a ocupar este posto ocorreu em café da manhã nesta terça-feira (27) no Moeda Bar e Restaurante, do Santander Cultural
“Mulheres, cheguei!” Com esta frase vitoriosa e bem humorada a escritora Jane Tutikian recebeu o anúncio de seu nome como Patrona da 57ª Feira do Livro de Porto Alegre. O patrono da 56ª Feira do Livro de Porto Alegre, Paixão Côrtes, e os antecessores Alcy Cheiuche (52ª) e Walter Galvani (49ª) participaram do momento solene da revelação. O presidente da Câmara Rio-Grandense do Livro (CRL), João Carneiro, retirou o envelope e avisou: “A Feira do Livro deste ano não tem Patrono”. A plateia, composta por representantes da CRL, autoridades, imprensa e convidados, fixou os olhos na única mulher posicionada entre os outros três patronáveis, Luiz Coronel, Airton Ortiz e Celso Gutfreind.
Emocionada, a professora de Literatura que há três décadas se dedica aos livros, declarou: “Escrever é uma boa forma de estar entre as pessoas. E não tem forma melhor ainda de estar entre as pessoas do que na Feira do Livro, na ‘feira do povo’.”
E, de fato, a Câmara trabalha para envolver cada vez mais a população nesta que é a maior feira de livros a céu aberto das Américas. Para esta edição, a entidade proporcionou o voto dos leitores sugerindo a livreiros que abrissem seu voto em favor da participação de seus clientes. Além da comunidade, votaram ex-presidentes, associados da Câmara, patronos anteriores, representantes do Conselho Estadual de Cultura e do Conselho Estadual de Educação, titulares de entidades vinculadas ao livro, autoridades, reitores de universidades, representantes dos patrocinadores e apoiadores.
Jane Tutikian vence a eleição na sexta vez em que concorre ao posto, 13 anos depois de uma escritora gaúcha receber a mesma homenagem e pouco menos de um ano depois de os brasileiros terem escolhido a sua primeira presidenta. Na história da Feira do Livro, outras três mulheres já figuram na lista de Patronos: Maria Dinorah do Prado (1989), Lya Luft (1996) e Patrícia Bins (1998).
Formação e principais prêmios recebidos por Jane Tutikian
Jane Tutikian é pós-doutora em Literatura, professora de Literatura e Diretora do Instituto de Letras da UFRGS. É membro da Academia Rio-Grandense de Letras e tem participação em dezenas de antologias e livros organizados e traduzidos para o inglês e o espanhol. Entre os muitos prêmios que recebeu, de 1978 até 2010, estão: Prêmio APESUL – RS, 1978; Prêmio Alfredo Machado Quintella; 1982; Prêmio Jabuti, 1984; Prêmio Erico Verissimo, 1987; Prêmio Gralha Azul de Literatura, 1990; Prêmio Açorianos, 2001; Prêmio Alejandro Jose Cabassa, 2002; Prêmio Livro do Ano, em 2003, 2004 e 2010; e Prêmio O Sul, 2004 e 2007.
Obras publicadas
Batalha Naval (contos). Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1981. Porto Alegre: Movimento, 2003. 2ª ed.
A Cor do Azul (novela infanto-juvenil). São Paulo: Atual, 1984. 24ª ed.
Pessoas (contos). Porto Alegre: Movimento, 1987. 2ª ed.
Geração Traída (novela). Porto Alegre: Mercado Aberto, 1990.
Um Time Muito Especial (novela infanto-juvenil). São Paulo: Atual, 1993.14ª ed.
Inquietos Olhares (ensaio). São Paulo: Arte & Ciência, 1999.
O Sentido das Estações (contos). Porto Alegre: Movimento, 1999.
Alê, Marcelo, Ju & eu (novela infanto-juvenil). Porto Alegre: WS, 2000. 4ª ed.
A rua dos secretos amores (contos). Porto Alegre: WS, 2002. 2ª ed.
Aconteceu também comigo (novela infanto-juvenil). São Paulo: Arte & Ciência, 2002.
J.F. e a conquista de Niu Ei (novela infanto-juvenil). Porto Alegre: WS, 2003. 2ª ed.
Entre Mulheres (contos de amor aprendiz). Porto Alegre: WS, 2005.
Olhos azuis coração vermelho (novela infanto-juvenil). Porto Alegre: Artes & Ofícios, 2005.
Velhas identidades novas (ensaios). Porto Alegre, Sagra Luzzatto, 2006.
Fica Ficando (novela infanto-juvenil). Erechim: Edelbra, 2007.
Por que não agora? (novela infanto-juvenil). Erechim: Edelbra, 2009.
Fonte: http://www.feiradolivro-poa.com.br/feira
e http://bibliotecaets.blogspot.com/2011/10/programacao-completa-clica-aqui-com.html
domingo, 23 de outubro de 2011
9 motivos para estudar Português
Além de falar, é preciso saber ler, escrever e interpretar muito bem. Saiba por quê.
Texto: Luciana Fleury
Nós usamos a Língua Portuguesa desde que temos apenas dois anos de idade - às vezes um pouco menos, às vezes um pouco mais, é verdade. Então por que estudá-la por toda a vida? Simplesmente porque falar não basta. É preciso saber ler, escrever, interpretar. E mais: é preciso fazer tudo isso muito bem, já que dominar o Português é condição básica para a boa comunicação e para o êxito profissional.
Por isso, é importante, além de falar bem, conhecer todas as regras ortográficas e gramaticais da nossa língua. O Português, nossa língua mãe, nos possibilita uma boa comunicação, facilita a vida em sociedade e é essencial para o aprendizado de outras disciplinas. E talvez você não saiba, mas é uma das línguas mais faladas do mundo. Como você pode ver, motivos não faltam para levar a sério a disciplina de Língua Portuguesa. Veja abaixo 9 motivos para estudar a nossa língua.
1. Ensina a se expressar bem
Só estudando Português e treinando (muito) a leitura e a escrita que o seu filho vai aprender a usar a língua da forma correta, tanto oralmente como ao escrever. E você sabe: falar e escrever certo é essencial para conseguir passar em vestibulares, concursos e conseguis bons empregos. Ou seja, já é um grande passo rumo a um futuro brilhante!
2. Estimula o gosto pela leitura
Além de melhorar a escrita, a leitura é um excelente meio de adquirir cultura e até um ótimo passatempo. Passatempo? Sim, é isso mesmo! Só quem já leu um grande romance, daqueles que a gente não consegue largar antes do fim, sabe como ler é um ato prazeroso.
3. Aumenta o repertório
Quem sabe interpretar é capaz de ler qualquer tipo de texto e, com isso, adquirir cultura e aumentar o seu próprio repertório em qualquer assunto. Se o seu filho se interessa por astronomia, por exemplo, vai ser muito mais fácil ler e pesquisar sobre o assunto se ele estiver plenamente alfabetizado e se souber interpretar textos.
4. Evita que o "internetês" saia da internet
É inevitável. Ao usar a internet seu filho terá contato com o "internetês" e suas abreviaturas (você = vc, beleza = blz) e versões de palavras (aqui = aki). É preciso considerar o "internetês" como a linguagem utilizada nos meios eletrônicos. Não force para que ele "corrija" o que escreve neste ambiente. No entanto, o "internetês" deve mesmo ficar restrito à internet, ambiente em que é aceitável. Fora do computador, é preciso que seu filho saiba escrever corretamente - e só um bom professor de Português é capaz de ensinar isso a ele.
5. É essencial para estar bem informado
Hoje saber o que acontece na nossa cidade, no nosso país e no mundo é essencial para compreendermos a realidade em que vivemos. Portanto, estar bem informado é imprescindível quando se vai a uma entrevista de emprego, por exemplo. E é a capacidade de ler e interpretar textos que nos proporciona isso. E não estamos falando apenas de leitura! Para entender uma explicação sobre os conflitos no Oriente Médio em um documentário na televisão também é essencial entender a nossa língua!
6. É a sétima língua mais falada no mundo
Fala-se muito que aprender inglês e espanhol é essencial para os estudos e o trabalho hoje em dia. E ninguém discorda disso, já que ambos estão entre as cinco línguas mais faladas da Terra (a mais falada é o mandarim, no entanto). Mas o que muita gente não sabe é que o português é a sétima língua mais falada no mundo, sendo idioma oficial de mais seis países além de Brasil e Portugal. São eles: Moçambique, Angola, Cabo Verde, Timor Leste, Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe. Um bom motivo para aprender - e bem - a nossa língua, não?
7. É a base para a compreensão das outras disciplinas
Saber Português é essencial para aprender Matemática. Achou estranho? Pois pare para pensar: como o seu filho vai entender as explicações do livro de Matemática se não estiver plenamente alfabetizado? O mesmo acontece com Ciências, História, Geografia... Por isso, o Português é a base de toda a vida escolar.
8. Desenvolve a imaginação
Quem lê uma história de ficção automaticamente está usando a imaginação, afinal é impossível ler a descrição de uma praia, por exemplo, sem imaginá-la. E isso ocorre não só com crianças. Adultos imaginam o tempo inteiro quando estão lendo, muitas vezes sem nem perceber. Então, para incentivar o seu filho a usar a imaginação e torná-lo uma criança mais criativa, nada melhor que uma boa leitura!
9. Treina a coordenação motora
Aprender a escrever é uma atividade que, além de desenvolver o raciocínio, treina a coordenação motora das crianças, já que elas aprendem a "desenhar" letra por letra e depois a juntá-las, para assim formar palavras e textos. Estudar a Língua Portuguesa é, portanto, importante também para desenvolver as habilidades manuais das crianças.
Fonte: http://educarparacrescer.abril.com.br/aprendizagem/9-motivos-estudar-portugues-641098.shtml
Tema da redação do Enem é redes sociais
Exame cobrou dissertação sobre "viver em rede no século XXI"
O tema da redação do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) de 2011 foi “Viver em rede no século XXI: os limites entre o público e o privado”.
Os textos de apoio indicavam aos candidatos que ele deveriam escrever sobre as redes sociais como Twitter e Facebook e como as pessoas se relacionam nesta plataforma.
A informação foi divulgada pelo jornal 'O Globo' às 14h – uma hora antes do horário em que é permitido que os estudantes deixem o local de provas. O MEC (Ministério da Educação) informou que ainda não sabe como o jornal teve acesso a essa informação e está investigando o ocorrido.
Hoje os candidatos respondem a 90 questões de linguagens e matemática, além da redação. A prova termina às 18h30.
quarta-feira, 19 de outubro de 2011
Novo Acordo Ortográfico
Com 2012 batendo à porta, um tema quase adormecido nos provoca: a obrigatoriedade do uso das regras do Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. Dezembro de 2012 é o prazo final do período de transição das novas regras ortográficas, que passaram a vigorar no Brasil a partir de janeiro de 2009.
O objetivo do acordo é promover a unificação da ortografia nos países que falam o idioma: Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau, São Tomé, Timor Leste, Brasil e Portugal. Porém, muitas polêmicas se estabeleceram. Entre os prós, a facilidade no processo de um intercâmbio cultural e científico entre os países participantes do acordo, além de uma divulgação mais ampla do idioma e da literatura em língua portuguesa são os principais argumentos. A ala crítica do acordo acredita que a causa do desinteresse pela leitura de obras entre os países que falam a língua portuguesa vai muito além das mínimas diferenças de grafia. E acreditam que é preciso mais que um conjunto de regras para que a literatura seja difundida nesses países. É preciso vontade política relacionada à educação, seguida de ações para estímulo à leitura.
Polêmicas à parte, a dica para quem ainda não se animou a encarar de perto o assunto é incluir na programação de 2012 um tempo de dedicação ao tema. Pode ser em um curso rápido ou com uma leitura atenta do texto, que está disponível em http://www.academia.org.br/
NOVAS REGRAS ORTOGRÁFICAS
O trema (ü) deixa de existir:
Era assim - Ficou assim
Conseqüência - Consequência
Pingüim - Pinguim
Lingüiça - Linguiça
Exceção: nomes próprios e seus derivados.
Não se usa hífen: Nas formações em que o primeiro elemento termina em vogal e o segundo começa com r ou s.
Era assim - Ficou assim
Anti-religioso - Antirreligioso
Anti-semita - Antissemita
Contra-regra - Contrarregra
Contra-senha - Contrassenha
Infra-som - Infrassom
Quando o primeiro elemento termina em vogal e o segundo começa com vogal diferente.
Era assim - Ficou assim
Anti-ácido - Antiácido
Extra-escolar - Extraescolar
Auto-escola - Autoescola
Auto-estrada - Autoestrada
Infra-estrutura - Infraestrutura
Em compostos em que se perdeu a noção de composição.
Era assim - Ficou assim
Pára-quedas - Paraquedas
Pára-quedismo - Paraquedismo
Manda-chuva - Mandachuva
Usa-se hífen: Nos compostos em que o primeiro elemento termina com a mesma vogal com que se inicia o segundo.
Era assim - Ficou assim
Antiibérico - Anti-ibérico
Arquiinimigo - Arqui-inimigo
Microondas - Micro-ondas
Não levam acento circunflexo: As terceiras pessoas no plural do presente do indicativo (eles) ou do subjuntivo dos verbos crer, dar, ler e,ver e correspondentes formas compostas.
Era assim - Ficou assim
Crêem - Creem
Dêem - Deem
Lêem - Leem
Vêem - Veem
Revêem - Reveem
As palavras terminadas em hiato.
Era assim - Ficou assim
Vôo - Voo
Abençôo - Abençoo
Enjôo - Enjoo
Não levam acento agudo: Os ditongos ei e oi da sílaba tônica das palavras paroxítonas.
Era assim - Ficou assim
Idéia - Ideia
Assembléia - Assembleia
Protéico - Proteico
Jibóia - Jiboia
Heróico - Heroico
Paranóico - Paranoico
O i e o u tônicos das palavras paroxítonas, quando precedidos de ditongos:
Era assim - Ficou assim
Baiúca - Baiuca
Feiúra - Feiura
O acento diferencial deixa de existir em algumas palavras:
Era assim - Ficou assim
Pára (verbo parar) - Para
Pélo (verbo pelar) - Pelo
Pêlo (substantivo) - Pelo
Pêra - Pera
Pólo - Polo
Texto elaborado por:
Maria Araujo Reginatto
Revisora de Textos
Miriam Teresinha Pinheiro da Silva
Fonoaudióloga Clínica
Fonte: http://miriamfono.blogspot.com/2011_10_01_archive.html
terça-feira, 4 de outubro de 2011
III Encontro sobre a Mulher na Sociedade Atual: A ERA DIGITAL: DESAFIOS E CONQUISTAS
A tecnologia digital provoca novas formas de expressão e de comunicação, revoluciona a escrita e a leitura; provoca conflitos e deslumbramento; exige de nós compreensão e procedimentos compatíveis com a irreversível e crescente interação do mundo virtual e do mundo real. O evento III Encontro sobre a Mulher na Sociedade Atual que ocorre, 8 de outubro, no Santander Cultural (Porto Alegre - RS) propõe uma aproximação desse universo mediados por especialistas de diversas áreas de conhecimento e atuação. Sendo assim, (...) cabe-nos nesta encruzilhada da conjuntura mundial, enfrentar a esfinge com um sistema objetivo de pensamento e ação, para que possamos planejar o futuro previsível. A primeira medida deverá consistir na renúncia das palavras pretensiosas que conduzem ao pseudoconhecimento conceitualizado, forma neutralizadora do contato direto com a realidade.
PROGRAMA
10h30 - Credenciamento
11h15 - Abertura - Maria Helena Martins - Diretora-Presidente do CELPCYRO
11h30 - 12h00 - A Educação à distância e a Internet - Adriana Beiler - Pedagoga e Coord. do EAD da PUCRS
12h00 - 12h15 - Debate
12h15 - 12h45 - Criação e Arte Digital - Liana Timm - Arquiteta e artista multimídia, Diretora da Território das Artes
12h45 - 13h00 - Debate
Intervalo
14h30 - 14h45 - Leitura na era digital - Maria Helena Martins - Professora e Pesquisadora de Literatura e Leitura
14h45 - 15h00 - Debate
15h00 – 16h15 - Fronteiras entre o virtual e o real: um novo começo do livro
- Fernanda Carvalho - Publicitária e Sócia do Selo Editorial Prólogo (São Paulo)
- Renata Nascimento – Formada em Comunicação e Sócia do Selo Editorial Prólogo (São Paulo)
- Camila Fremder – Publicitária, escritora, blogueira (São Paulo)
16h15- 16h30 - Debate
16h30 – 17h00 - O desafio dos veículos tradicionais nos novos espaços de relacionamento digitais - Barbara Nickel – Jornalista, Mestre em Comunicação/PUCRS, editora de mídias sociais na RBS
17h00 - 17h15 - Debate
17h15- Sorteio de livros para a platéia
17h30 – Lançamento do livro Parece filme, mas é vida mesmo, de Camila Fremder (Selo Editorial Prólogo)
Serviço:
Local: Santander Cultural - Sala Multiuso Oeste (Rua Sete de Setembro, 1028 - Centro Histórico - Porto Alegre)
Dia: 8 de outubro
Realização: CELPCYRO
Coordenação: Maria Helena Martins
Fonte: http://tecnoartenews.com/santander-cultural-sedia-o-iii-encontro-sobre-mulher-na-sociedade-atual-8-de-outubro-0
quinta-feira, 29 de setembro de 2011
Lucia Santaella - Encontros Fnac & CBLD - parte 02
Congresso Brasileiro da Leitura Digital
Educação, Sociedade e Tecnologia
O CBLD tem o objetivo de preparar a sociedade para o impacto desta revolução tecnológica na educação, sociedade e na tecnologia. Sendo um ponto de reflexão e promoção de novas tendências. O pioneirismo aliado divulgação científica e o compartilhamento da informação, ajudaram a consolidar o Brasil junto as vanguardas do conhecimento.
A leitura em uma tela induz novas atitudes e posturas, que se tornou uma prática cultural, onde o culto a leitura e o saber, incrementado pelas novas tecnologias estão impulsionando a adaptação dos meios de divulgação de conteúdos e informações aos leitores do século XXI. Questões como a velocidade, consumo, individualidade e tecnologia, levam a necessidade de um aperfeiçoamento constante com o intuito de acompanhar a rápida evolução do conhecimento e da tecnologia.
“Quando nos preocupamos com o destino dos livros e da leitura, devemos olhar mais de perto para a sociedade e para as suas tendências”
Zygmunt Bauman
O evento
O evento reunirá profissionais nacionais e internacionais, de renomado saber, com o objetivo de discutir as dimensões, processos, tecnologias e o impacto na sociedade da Leitura Digital. As temáticas serão abordadas mediante painéis, palestras e encontros preparatórios em parceria com a rede FNAC. Contando ainda com a Feira da Tecnologia da Informação e Comunicação, onde as principais empresas deste mercado, demonstrarão as mais recentes inovações.
Na constatação da mutação que as revoluções tecnológicas propõem aos Estados Modernos, impõe-se refletir que a inovação obtida pela Leitura Digital é uma tendência consolidada, e que neste momento de transição, trará indubitavelmente um grande impacto no ambiente socioeconômico mundial.
Questões que fazem parte da agenda de discussões do mercado mundial, farão parte da sociedade brasileira. Educação, Sociedade e Tecnologia devem dialogar, pois além da necessária atualização que o mundo moderno incita, indagações devem ser conhecidas e desenvolvidas, para que a sociedade esteja preparada para respondê-las.
O CBLD propõem um desenvolvimento, onde a Educação, a Sociedade e a Tecnologia, sejam os meios de comunicação para o acesso de novas tecnologias, através dos processos de compra, distribuição, suporte, e para que as expectativas futuras sejam analisadas e exploradas de forma criativa e inovadora.
Programação
Sábado, 29 de outubro de 2011
08:00 às 09:00
Credenciamento e Welcome Coffee
09:00 às 10:00
Cerimônia de Abertura
10:00 às 11:00
Galeno Amorim
A importância das novas mídias para o desenvolvimento de políticas públicas.
11:00 às 12:00
Lucia Santaella
Tecnologias para a leitura digital.
12:00 às 14:00
Almoço
14:00 às 15:00
Gil Giardelli
Que humanidade digital é esta?
15:00 às 16:00
Carlos Pinheiro (Portugal)
Inclusão digital de professores e alunos.
16:00 às 16:30
Coffee Break
16:30 às 18:30
Painel de leitura Digital
Galeno Amorim, Lucia Santaella, Gil Giardelli e Carlos Pinheiro
Domingo, 30 de outubro de 2011
08:00 às 09:00
Credenciamento e Welcome Coffee
09:00 às 10:00
Leonardo Brant
Convergência das mídias na sociedade digital.
10:00 às 11:00
Ana Carolina Fonseca Reis
Economia digital.
11:00 às 12:00
Carlos Nepomucemo
Comunicação integrada a mídias digitais.
12:00 às 14:00
Almoço
14:00 às 15:00
Pablo Arrieta (Colômbia)
A indústria da comunicação e seus modelos digitais,
15:00 às 17:00
Painel de leitura Digital
Leonardo Brant, Ana Carla Fonseca Rei, Carlos Nepomuceno e Pablo Arrieta
17:00 às 17:30
Coffee Break
17:30 às 18:30
Dorly Neto
Cultura e educação no ambiente virtual.
18:30
Cerimônia de Encerramento
Lucia Santaella e Gil Giardelli discutiram Leitura Digital na primeira série dos Encontro Fnac & CBLD (Congresso Brasileiro de Leitura Digital). Os encontros que ocorrem na Fnac São Paulo e na Fnac de Porto Alegre visam a apresentar os eixos temáticos que serão debatidos no Congresso Brasileiro de Leitura Digital, fomentando o evento e criando o diálogo com o público.
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